TRADUTOR

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

APEOESP - PROFESSORES ESTADUAIS - SP

Unificar a categoria e a oposição
contra toda a direção traidora
Retomar os sindicatos para os
educadores e lutar pela conquista
das nossas reivindicações

Educadores em Luta (Partido da Causa Operária)
Liga Proletária Marxista
NATE - Núcleo de Estudo e Ação dos Trabalhadores em Educação
OCTE (Liga Comunista e El Mundo Socialista)

Professores da rede estadual e da capital paulista, realizaram nos meses de abril e maio duas importantes e combativas mobilizações, contra a política de destruição do ensino público e contra os ataques aos trabalhadores da Educação, por parte dos governos da direita, como o PSDB e da “esquerda”, como o PT.
Após o fim da greve, vai ficando cada vez mais claro que os educadores foram golpeados pelos governos estadual e municipal, com a ajuda das direções sindicais da Apeoesp e Sinpeem:
Na Prefeitura o governo do PT está perseguindo os professores com a exigência de reposição no recesso escolar, sem respeitar o Conselho de Escola como ficou claro na Portaria nº 3.232, no DOC de 05 de junho;
Além não ter qualquer reajuste (só a esmola de R$ 0,20); os professores estaduais continuam com a jornada fora da lei e os professores “categoria O” não têm nada assegurado (a Lei 1093 não foi revogada e, por enquanto, esta mantida a prova guilhotina, a “quarentena” e toda legislação contra quase 50 mil professores).

Categoria X ditadura da direção traidora

Nas duas mobilizações, os trabalhadores tiveram que enfrentar- além dos governos inimigos da Educação – as direções sindicais (da Apeoesp e do Sinpeem) que buscaram bloquear suas lutas, se opõem à unificação dos trabalhadores (arma fundamental em nossa luta) e mantém o controle dos sindicatos por meio de uma ditadura da burocracia contra os trabalhadores.
Ficou evidente que para derrotar esses governos e conquistar nossas reivindicações, é necessário derrotar esta burocracia e estabelecer um verdadeiro controle dos trabalhadores das organizações de luta dos trabalhadores. É preciso forjar, na luta, uma nova direção, classista, vinculada às bases que defenda os interesses dos educadores e não os seus próprios interesses e dos grupos ligados ao governo.
As categorias mostraram uma enorme evolução colocando de forma prática a questão da unificação na luta das redes estadual e municipal.
É necessário avançar na organização de um movimento de oposição ao peleguismo, de base e que defenda a organização dos trabalhadores independente dos patrões, dos seus governos e partidos e que impulsione os métodos de luta que servem à defesa dos interesses da população explorada: a greve, as mobilizações de ruas e ações de massas, a luta comum com os estudantes e toda a comunidade escolar etc.
As greves mostraram uma clara evolução dos educadores nesta direção. A devida desconfiança dos profissionais da educação em relação às suas direções atuais traidoras fez com que as greves fossem sustentadas – principalmente – na organização de comandos de base, por uma esmagadora maioria dos trabalhadores que não integram os aparatos burocráticos dessas entidades e não participam as forças políticas que as dirigem (PT-PCdoB-PSTU-PSOL, na Apeoesp; PPS-PT-PSTU-PSOL, no Sinpeem).

Sindicalistas traidores atacam professores

As duas greves evidencaram também o aprofundamento da crise dessa burocracia. Na greve de 2012, dos trabalhadores municipais da Educação assisitiram o presidente do Sinpeem e ex-vereador kassabista, Cláudio Fonseca, trair a categoria, acabando com a greve contra a vontade da maioria e sem o atendimento das reivindicações. Ele teve de sair escoltado pela PM da assembleia. Agora, foi a vez da presidente da Apeoesp, “Bebel” (do PT/Articulação), aplicar o mesmo golpe, contra a greve e contra a unificação da categoria, e ser “socorrida” pela PM comandada pelo PSDB.
Estão em crise todas as alas da direção sindical, dos setores mais direitistas aos que procuram se disfarçar como “esquerdistas” e até como “oposição” – como é o caso do PSTU e do PSOL, que há 11 anos estão na diretoria da Apeoesp e que, no fundamental, defendem a política da burocracia e do governo contra os trabalhadores. Isso ficou evidente na greve dos professores estaduais, contra a qual o PSTU se posicionou desde o primeiro momento e juntamente com o PSOL colaborou com o restante da direção na sabotagem da greve, quando o governo estava sendo forçado a negociar. Ao final, diante do brutal golpe da Articulação/PT para liquidar a greve, o PSTU tratou de disfarçar a sua política de fura-greve, adotada desde o inicio da paralisação, defendendo a mesma proposta de “Bebel”, apenas com o pedido de que ela fosse assinada pelo secretário tucano.
O bloco PSTU-PSOL faz parte da direção do Sinpeem.  O PSTU desde 2008 e o grupo político da atual APRA/APS/PSOL, há mais de 10 anos. Ambos são coniventes com os golpes de Claúdio Kassab e com a supressão da democracia no Sindicato.
Desesperada , a direção sindical busca atacar os professores e a oposição, buscando ocultar sua crise e se prepara para novos golpes, mantendo e aprofundando a ditadura nos eventos dos sindicatos (congressos e eleições) e na luta dos professores.
               
Mobilizar a categoria

A situação cria condições muito favoráveis para fazer avançar na categoria dos professores – da mesma forma que acontece em outras categorias, já se materializando em algumas delas como é o caso dos correios – um amplo movimento de luta dos trabalhadores, de oposição à burocracia sindical, que aponte uma perspectiva classista, combativa para a luta dos educadores, de mobilização pelas reivindicações da categoria (reposição das perdas salariais, redução da jornada, redução do número de alunos por sala de aula, salários e direitos iguais para todos os professores, defesa do ensino público, gratuito e de qualidade para todos etc.)
As greves acabaram, mas os problemas que as tornaram necessárias não foram resolvidos e a necessidade de sair à luta contra os ataques dos governos e em defesa do ensino público gratuito continua colocada e vai levar a novas mobilizações.
Diante dessa situação fazemos um chamado a uma luta comum da base da categoria, dos setores classista de oposição à ao peleguismo, para organizar um amplo movimento de luta não apenas nos sindicatos e nos eventos convocados pela direção sindical, mas principalmente na luta dos educadores.
Entre as primeiras tarefas desse movimento propomos:

1)            Levantar uma ampla campanha em defesa das reivindicações fundamentais dos professores que não foram atendidas nas greves como a Reposição das perdas salariais; Salários e direitos iguais para todos os professores; Estabilidade para todos os professores,fim das terceirizações; Redução do número de alunos por sala de aula, redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários etc.
2)            Defesa da mobilização dos professores e da sua luta contra a repressão do governo e dos ataques caluniosos da burocracia sindical contra a oposição e suas lideranças, que visam atingir toda a categoria;
3)            Realizar debates em todas as regiões sobre as lições das greves e a necessidade do fortalecimento de amplo um movimento de oposição ao peleguismo, de luta pelas reivindicações dos trabalhadores, com seus próprios métodos;
4)            Buscar uma intervenção comum, contra a ditadura nos sindicatos e a favor das reivindicações dos trabalhadores, nos congressos do Sinpeem e da Apeoesp e demais fóruns da categoria.
Os grupos de oposição que assinam este documento fazem um chamado a todo o ativismo classista, aos demais grupos de oposição e aos professores em geral a construir uma frente de luta, se somando a esta iniciativa, apresentando sugestões nesta perspectiva e a se somarem à esta luta de toda a categoria: pela derrota da burocracia, pela construção de uma nova direção para as nossas lutas, para avançar no combate contra os governos inimigos da Educação e pela conquista das reivindicações dos educadores, da classe trabalhadora e de todos os explorados diante da crise e pela conquista, por meio da revolução social, do governo dos trabalhadores e do socialismo.
Com base nesta perspectiva, propomos a realização de uma Plenária unificada de educadores do Município e do Estado em agosto (em data e local a definir), precedida de uma ampla discussão na base na categoria.

São Paulo, 10 de junho de 2013.

Educadores em Luta / PCO
(Fones: 11-98344-0068/19-81214234/ 18 - 81145614 – E-mail: educadoresemluta.pco.org.br
Facebook: facebook.com/groups/educadoresemluta)

Liga Proletária Marxista

NATE - Núcleo de Estudo e Ação dos Trabalhadores em Educação
contato de email: natenaluta@hotmail.com

Organização Classista dos Trabalhadores em Educação - OCTE

LIGA COMUNISTA
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EL MUNDO SOCIALISTA
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