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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

MANIFESTO DE ALERTA PARA AS MANIFESTAÇÕES DO 29S - #ELENÃO

Militares e empresários preparam um golpe dentro do golpe para impor uma nova ditadura

Depois de derrubar Dilma e prender Lula, os golpistas cancelaram o título de 3,4 milhões de eleitores. A maioria desses que serão proibidos de votar são pobres e nordestinos. Depois de cassar a presidenta e proibir o candidato, são os próprios eleitores trabalhadores que estão sendo cassados. Detalhe, a diferença entre Dilma e Aécio, em 2014, foi de 3.459.963 de votos.

Coincidência? Uma clara manobra contra Haddad pela vitória do Coiso. Bolsonaro é o candidato do Exército. Sua candidatura canaliza tudo que existe de mais desumano, opressivo e reacionário do capitalismo no país e possibilita um novo golpe militar legitimado pelas eleições, um “autogolpe”, como defendido pelo vice, o general Mourão. A chapa militarista e o Exército já adiantaram que não admitirão uma vitória do PT e neste caso, dariam um golpe militar. São como Aécio, só que com tanques.

A chapa fascista promete realizar todos os desejos históricos da classe dominante escravagista brasileira, como a extinção do 13o salário, ainda que algumas vezes tenha que se desdizer por meras contingência eleitorais. Também, já se dispôs a apoiar Trump na intervenção contra a Venezuela, a entregar o aquífero Guarani, a base de Alcântara, a Petrobrás,... sua vitória precisa ser impedida pelas trabalhadoras e por todos os explorados e oprimidos da sociedade.

A função de um governo desse tipo é esmagar todo foco resistência crescente depois que eliminaram nossos direitos históricos, com a reforma trabalhista e a aprovação da terceirização; aprovar pela força a reforma da previdência; garantir a continuidade do congelamento dos investimentos com saúde, educação e salários dos servidores públicos federais até 2037 para assegurar o parasitismo dos especuladores e banqueiros.

A consolidação de todos essas medidas exige o incremento da repressão, tomando a iniciativa de uma guerra preventiva contra os trabalhadores. Por isso, além de recorrer à polícia que mais mata no mundo, agora pretendem impor o terror sobre a população com o Exército. Consideramos que a militarização do regime é uma tendência que independe de Bolsonaro e de sua vitória eleitoral nessas eleições.

Não devemos nos acovardar. Nossa classe é muito forte e encurralou a ditadura passada. A esquerda deveria usar as eleições para preparar a população trabalhadora contra a ameaça de uma nova ditadura. Todavia, nenhuma candidatura alerta os eleitores para essa tragédia ou chama-os a organizar-se para derrotar o novo golpe dentro do golpe.

A classe trabalhadora precisa se preparar para esse novo estágio da luta, a guerra de classes que se avizinha, já anunciada em alto e bom som pelos nossos inimigos.

Frente Única contra o Golpe e a ditadura!
Só a mobilização de massas pode garantir a vitória de Haddad e Lula Livre!

#EleNão! Haddad presidente, mas também não aos programas neoliberais e de colaboração com os patrões e golpistas, como defende Haddad.

Derrotar o fascismo! Pela organização da luta direta e comitês populares e de autodefesa nos locais de trabalho, estudo e moradia!

Revogar as contrarreformas e reestatizar sob o controle dos trabalhadores! Defender os sindicatos, movimentos sociais, partidos de esquerda contra a ditadura dos juízes e generais!