Em defesa da Coréia do Norte, pela revolução social que
derrube o governo pró-imperialista da Coréia do Sul!
Protesto de massas contra a presidenta sul coreana, representada por uma cobra a qual estão presos os logotipos das multinacionais chaebols Samsung, Hyundai |
O governo da Coreia do Sul, os EUA e a mídia
capitalista mundial impulsionam uma campanha sórdida e distracionista contra a Coreia do Norte
(República Popular Democrática da Coreia, RPDC), a partir de uma denúncia do governo da
Coréia do Sul, acusando o regime do Estado operário de ter envenenado o irmão pro-capitalista e amante da Disney do dirigente da Coreia do Norte. As explicações
da Coreia do Norte deixam dúvidas sobre a propaganda anti-RPDC da burguesia
mundial. Por outro lado, fica cada vez mais crível o envenenamento de Chavez pelos métodos que agora o imperialismo acusa a Coreia do Norte.
Na entrevista coletiva do representante norte coreano, ele levanta a suspeita que a
Coreia do Sul construiu a denúncia do assassinato político do irmão de Kim Jong
Un quase que instantaneamente ao incidente, sugerindo que a Coreia do Sul forjou
a trama para deslocar o foco para a rival depois que a Coreia do Norte começou a tirar vantagens políticas dos protestos de massas contra o governo da direitista presidenta Park Geun hye cuja crise política ao impeachment.
Ver "Rechaço à acusação absurda dos EUA e Coreia do Sul no caso do cidadão morto"
Ver "Rechaço à acusação absurda dos EUA e Coreia do Sul no caso do cidadão morto"
Chaebols, conglomerados burgueses que produzem miséria, que alimenta a simpatia da população do sul com o Estado do Norte |
O imperialismo demoniza a RPDC e agora
esse escândalo serve para encobrir que a vitrine capitalista montada pelos EUA
ao sul da península é um antro de corrupção em larga escala, um regime que
engana seus cidadãos e drena fortunas de sua força de trabalho. A verdadeira
natureza do regime de Park Geun hye, do conservador Grande Partido Nacional. O
próprio Ministro da Defesa de Park, Han
Min-koo, admitiu em uma seção do parlamento que havia um plano secreto para assassinar o líder norte coreano, Kim-Jong un.
O regime ditatorial de Park persegue a rival vizinha, os seus próprios operários, muralistas, cineastas opositores que denunciaram a ditadura em suas obras.
Park Geun hye é herdeira política de uma ditadura venal sul
coreana. É filha de Park Chung-hee (que foi presidente de 1963 a 1979), cujo
governo foi marcado pelo forte anticomunismo e pelo Milagre do Rio Han, período
de significativo crescimento econômico. Em 1979, seu pai foi morto por um tiro
disparado pelo diretor da Agência Central de Inteligência da Coréia do Sul (NIS).
Park Geun-hye, assim como seu predecessor e companheiro de partido Lee
Myung-bak adotaram uma política mais dura contra a RPDC.
O escândalo sul coreano
teve início com a revelação de que quem verdadeiramente decidia os rumos do
governo de Seul era a confidente de Park Guen hye, Choi Soon-sil, de 60 anos e
amiga íntima da presidente Park, que tinha acesso a documentos confidenciais e
intervia em assuntos de Estado sem ostentar cargo público algum, além de usar
sua influência para captar apoios em grandes multinacionais do país e se
apropriar de fundos. As duas são acusadas de conspirar para que grandes
empresas doassem US$ 64 milhões a fundações administradas por Choi Soon-sil. Choi
é filha do falecido Choi Tae-min, fundador da seita "Igreja da Vida
Eterna" - um estranho culto picareta que mistura várias religiões. A
história se repete de forma mais escabrosa com a geração seguinte de Rasputin e
governante reacionário (a). Choi Tae-min convenceu Park Chung-hee de que
através de sua religião ele poderia se comunicar com a esposa morta por um tiro
de um norte coreano em 1974.
Nos regimes stalinistas, e mais ainda um regime baseado na
hereditariedade como o norte coreano, as purgas familiares não são raras.
Todavia, a propaganda ideológica anti-RPDC é completamente reacionária e feita
por um regime mundial que utiliza em larga escala contra os adversários o que neles critica. O
episódio vem servindo para isolar mais ainda diplomaticamente a RPDC e realizar
uma contrarrevolução em um dos poucos Estados operários que se mantém de pé. Esmagar
a última nação rebelde do continente é vital para o projeto escravocrata da
burguesia mundial, e em particular da burguesia chaebol, temerosa que a Coréia do norte sirva de exemplo para o
imenso proletariado asiático.
Defendemos que a crise política sul coreana
evolua para a tomada do poder pelos trabalhadores superexplorados sul coreanos contra o "novo governo" baseado no parlamento,
o fim de todos os bloqueios impostos pelo imperialismo a RPDC, pela revolução
política proletária em direção ao socialismo e a unificação operária e
comunista da península, como parte da luta pela conquista da Federação Socialista
do Sudoeste Asiático com novas revoluções sociais em toda região, incluindo nos
países governados por burguesias restauracionistas oriundas do PC na China e
Vietnã.