Os jogos e a voracidade imperialista
Despejos, higienização, tubo de ensaio da repressão golpista
e Guerra fria
As Olimpíadas são mais uma tradição inventada pela burguesia
recorrendo a antiguidade clássica greco-romana.
Na Grécia antiga, os festivais sacro-esportivos, realizados
de quatro em quatro anos, no santuário de Olímpia em homenagem a Zeus, ainda
que bem mais sadios que os jogos modernos, já eram eventos controlados pelos
escravocratas. Marcadamente aristocráticos daqueles jogos não podiam participar
escravos, estrangeiros (os "bárbaros", segundo a mitologia grega) e as
mulheres. (Jogos Olímpicos da Antiguidade).
Nos jogos atuais, as mulheres e os escravos modernos e até
os “refugiados” – vítimas das invasões militares, guerras e golpes de Estado
imperialistas, como ocorre hoje no Haiti, Síria, Ucrânia – também participam. Além
disso, ao contrário da regra que valia na cidade de Esparta, depois das
olimpíadas ocorrerão as Paraolimpíadas (7 e 18
de setembro de 2016). Mas todos são controlados e funcionais às grandes
corporações. Basta conferir a lista dos patrocinadores oficiais do Comitê
Olímpico Internacional, COI: Coca-Cola, Atos, Bridgestone, Dow Chemical
Company, General Electric, McDonald's, Omega SA, Panasonic, Procter & Gamble,
Samsung, Toyota, Visa Inc., (IOC). Afora todos os demais setores do grande capital, bancos,
grandes empreiteiras, mídia, etc. que fazem um festival de marketing e super-lucros
do mega-evento mundial em nome do “espírito olímpico”.