Lutar
contra as demissões e as máfias sindicais!
Erwin Wolf
Na
GM de São Caetano do Sul, e na Karmann Ghia de São Bernando do Campo, operários
protestam contra as demissões e a contra as burocracias sindicais pelegas da
Força Sindical e da CUT, respectivamente.
Os
operários da General Motors realizaram protesto no Portão 4 da empresa, na
principal avenida da cidade, a Goiás, contra as 180 demissões desde o início do
ano. O protesto foi liderado pela Chapa da CTB, a chapa de Oposição a diretoria
do Sindicato, dirigida pela Força Sindical.
O
Diário do Grande ABC informou que a manifestação “contou com a presença de pequeno
grupo de pessoas que estão de lay-off (com
contrato de trabalho suspenso), para mostra descontentamento com os cortes e
também com a situação dos cerca de 950 funcionários da companhia que estão
afastados.” Esses trabalhadores, “além terem o receio de não voltar ao trabalho
quando terminar o prazo do afastamento (dia 9 de abril), ainda enfrentam
problemas, porque a montadora não está aceitando atestado médico quando eles
têm de passar em consulta, e a montadora, diz, está descredenciando clínicas que
atendiam pelo convênio médico dos funcionários.”, conforme informou o dirigente
que encabeça a Chapa de Oposição. O PDV da empresa contou com 40 adesões.
Os
operários da Karmann Ghia até o dia 13/02/2015 não haviam recebido a segunda
parcela do 13º salário e férias pendentes prometidos pela empresa. Na Karmann
Ghia foram demitidos 137 operários, sendo que a empresa conta hoje com 362.
Todavia, a burocracia cutista da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
não faz nada para organizar a luta.
A
receita das montadoras estrangeiras sediadas no ABC é clara: jogar o peso da
crise nas costas dos trabalhadores. Assim, há necessidade da urgente convocação
de uma Assembleia do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para unificar a luta
contra o arrocho salarial e as demissões, amplamente divulgadas nas fábricas da
região.