Derrotar o imperialismo e o nazismo na Ucrânia!
Frente única com Putin, o diabo e sua avó!
Declaração do Comitê de Ligação pela IV Internacional
"A defesa contra o fascismo não é uma ação isolada. O
fascismo é apenas um porrete nas mãos do capital financeiro. O objetivo do
esmagamento da democracia proletária é elevar a taxa de exploração da força de
trabalho. Aí reside um campo imenso para a frente única proletária: a luta pelo
pão de cada dia, luta estendida e agudizada, conduz diretamente, sob as
condições atuais, a luta pelo controle operário da produção."
Leon Trotsky , El frente único defensivo, Carta a un obrero
socialdemócrata, (23 de fevereiro de 1933), http://www.marxists.org/espanol/trotsky/1933/febrero/23.htm
UM GOVERNO NAZISTA
Não se enganem, os recentes acontecimentos na Ucrânia
sinalizam que o proletariado internacional enfrenta a ameaça mais séria à sua
existência organizada desde os sombrios dias de fevereiro 1933, quando Trotsky
escreveu estas palavras.
Vejamos o que revela o Wikipedia sobre a natureza do partido
Svoboda:
"Em 2004, o líder do partido Svoboda, Tyahnybok, foi
expulso da frente parlamentar ‘Nossa Ucrânia’ por causa de um discurso chamando
os ucranianos para lutar contra uma "máfia moscovita-judia". O
Secretário do Svoboda, Yuriy Mykhalchyshyn, criou um ‘Centro de Pesquisa
Política Joseph Goebbels’, em 2005, posteriormente rebatizado de ‘Joseph
Goebbels’ para ‘Ernst Jünger’. Mykhalchyshyn escreveu um livro em 2010, citando
trabalhos de teóricos nazistas Ernst Röhm, Gregor Strasser e Goebbels. Em
outros lugares, Mykhalchyshyn referiu-se ao Holocausto como um ‘período
esplendoroso da história’."
Svoboda (partido político), Origem: Wikipédia,
http://en.wikipedia.org/wiki/VO_Svoboda
Há sete ministros de extrema-direita no novo governo
ucraniano. O vice-primeiro- ministro Oleksandr Sych é do Svoboda. O Congresso
Judaico Mundial pediu que a UE para proibir este partido, mas a UE não tem nenhum
problema com os fascistas, quando necessário, usa-os para esmagar a classe trabalhadora.
Os revolucionários tem uma política para incluir às minorias étnicas
perseguidas na frente única antifascista – como é o caso dos judeus hoje na
Ucrânia – política que nada tem a ver com a criação de qualquer expectativas no
sionismo.
Esta é uma lista dos primeiros atos votado pelo parlamento
ucraniano no dia 23 de fevereiro sob governo liderado pelos nazistas:
4201 – Lei para proibição a atividade do Partido Comunista
da Ucrânia;
4217 - Lei de reparação antecedentes da ocupação soviética
da Ucrânia;
4176 - Lei de revogação da proibição da propaganda nazista;
4184 - Lei nomeando V. Avakov como ministro do Interior e os
membros do "Setor de Direita" do partido na equipe do ministério
(Avakov também pertence a este partido fascista).
4215 - Lei estabelecendo um "panteão dos heróis
nacionais";
4203 - Lei reduzindo os gastos do Estado;
4215 - Lei homenageando os participantes dos confrontos durante
manifestações pacíficas;
4197 - Lei nomeando Α.Mahnitskogo, o membro do "Svoboda",
como Procurador-Geral;
4204 – Lei delimitando os deveres do Presidente do país;
4191 – Lei nomeando Nalivaychenko, membro da “UDAR" (Aliança
Ucraniana para a Reforma Democrática)”, como supervisor das Agências de Segurança;
4211 – Lei demitindo todos os funcionários efetivos e
pessoal das forças de segurança e substituí-los por novos funcionários (membros
de grupos de extrema direita).
O Imperialismo dos EUA é mais consequente na defesa dos
interesses do capital financeiro e, portanto, preferem logo o fascismo como
seus titeres, não se contentando apenas com uma alternativa de direita
pró-União Europeia.
Mas os revisionistas britânicos do Workers Power acredita
que:
"Este [novo governo ucraniano] foi o resultado dos esforços
bem sucedidos dos EUA para frustrar os planos do imperialismo alemão em nomear
para a cabeça do governo seu fantoche ucraniano, o ex-pugilista Vitali
Klitschko, da “UDAR" (Aliança Democrática Ucraniana para a Reforma) que
não foi nomeado na distribuição antidemocrática do espólio. Os imperialistas
norte-americanos preferem ter pessoas de ‘sua’ confiança no poder – mesmo que
isso signifique ir para a cama com os fascistas do Svoboda".
http://www.workerspower.co.uk/2014/03/ukraine-kyiv-regime-rules-under-fascist-whip/
Ucrânia : as regras do regime de Kiev sob chicote fascista.
Não é por acaso que, desde a Segunda Guerra Mundial, os EUA
assumiram o papel de polícia mundial e suplantaram o nazismo na arte de manter
o controle do planeta para o capital financeiro. Aprendendo e aplicando o
método oposto e simétrico da revolução permanente, acreditamos que somente a
ditadura do proletariado pode esmagar o fascismo, como a URSS fez contra
Hitler. A "democracia" capitalista é incapaz de realizar uma luta
constante contra o fascismo porque como se sabe, quando o capitalismo se sente
ameaçado leve o fascismo para passear. Como Trotsky observou:
"Nem sempre é possível fazer o exército marchar contra
o povo. Frequentemente, ele começa a se decompor e termina com a passagem de
uma grande parte dos soldados para o lado do povo. É por isso que o grande capital
é obrigado a criar bandos armados, especiais treinados para atacar os operários,
como algumas raças de cães são treinados para atacar a caça. A função histórica
do fascismo é esmagar a classe operária, destruir suas organizações, e sufocar
as liberdades políticas, quando os capitalistas se vêem incapazes de governar e
dominar com a ajuda da maquinaria democrática."
(O desmoronamento da democracia burguesa, Aonde vai a França? 1934)
(O desmoronamento da democracia burguesa, Aonde vai a França? 1934)
FRENTE ÚNICA ANTI-IMPERIALISTA E ANTIFASCISTA
Defendemos uma Frente única anti-imperialista e antifascista
com a Rússia e os trabalhadores ucranianos do armamento do proletariado em
milícias de defesa e pela revolução permanente para vencer a luta. Isso
significa uma frente única, sem apoio político a Putin, com os oligarcas do
Oriente ou com o diabo e sua avó para esmagar essas "tropas de assalto do
capital financeiro".
Putin, a oligarquia russa e parte da ucraniana que é pró-russa,
buscam apenas se apropriar da maior naco possível da Ucrânia, em acordo com o
imperialismo, dividindo o país com os nazistas de Kiev, se necessário. Nós não
nos contentamos com isso, lutamos por Ucrânia independente e soviética e desejamos
esmagar o nazi-fascismo em Kiev, tarefa que só o proletariado ucraniano, armado
e apoiado pelo proletariado russo, pode cumprir. Por isso, reivindicamos o
armamento de toda população trabalhadora ucraniana, a criação de milícias de
resistência proletária, para esmagar o nazismo. Como o nazismo é uma criação do
capitalismo contra o proletariado, as distintas frações do capital não são
consequentes no extermínio do nazismo, pelo contrário, se distinguem entre os
que conciliam ou no máximo fazem uma política de contenção, quando ele não
entre em conflito com seus interesses, e os que patrocinam o grande capital
contra o proletariado, por isso, somente com métodos da ditadura proletária, se
pode esmagar o nazismo.
Se a Rússia aproveita para invadir o leste da Ucrânia, esmagando
assim o fascismo, a classe trabalhadora deve formar uma frente única com ele,
sabendo que no dia seguinte ela teria que lutar contra seus até então aliados e
contra qualquer governo que Moscou pode querer instalar no leste como
representantes dos oligarcas de lá que, então, tendem a flertar com uma nova
aliança com o imperialismo ocidental.
Foi em um episódio da luta de classes em que estava em jogo
duas frações burguesas, sendo que uma delas representava o massacre imediato da
classe trabalhadora, que Lenin desenvolveu uma trégua temporária com Kerensky
contra o perigo principal, a tentativa de golpe de Estado de Kornilov, em
agosto de 30 (12 Setembro) de 1917. Foi uma mudança tática forçada pelos
acontecimentos como ele explicou:
“Nem mesmo agora devemos apoiar o governo de Kerensky. Isto
seria uma falta de princípios. Vamos lutar juntos contra Kornilov? Claro que
vamos! Mas não é a mesma coisa [lutar contra o golpe de Kornilov e apoiar
Kerensky], há aqui uma linha divisória, que
alguns bolcheviques passaram por cima dela desviando-se para uma posição
conciliadora e deixando-se levar pelo curso dos acontecimentos. Vamos lutar e
estamos lutando contra Kornilov, assim como as tropas de Kerensky o fazem, mas
não apoiamos Kerensky. Pelo contrário, nós denunciamos a sua fraqueza. Existe
uma diferença. É uma diferença muito sutil, mas é uma diferença essencial que
não deve ser esquecida.
Em que consiste, então, a nossa mudança de tática após a
revolta Kornilov?
Estamos mudando a forma de nossa luta contra Kerensky. Sem o
menor recuo em nossa hostilidade em relação a ele, sem retirar uma única
palavra dita contra ele, sem renunciar a tarefa de derrubá-lo, dizemos que
temos de levar em conta a situação atual. Não vamos derrubar Kerensky agora.
Vamos realizar a luta contra ele de uma forma diferente, ou seja, chamando a
atenção das pessoas (que estão lutando contra Kornilov) as fraquezas e vacilações
de Kerensky. Isso já fazíamos também no passado, mas agora isso é o
fundamental, nisto se constitui a nossa mudança de tática".
Https://www.marxists.org/archive/lenin/works/1917/aug/30.htm
Https://www.marxists.org/archive/lenin/works/1917/aug/30.htm
“Embora reconheçamos que qualquer Intervenção militar russa
está destinada principalmente a garantir os privilégios da burguesia russa,
compreendemos que mesmo assim, a atual intervenção russa oferece uma oposição
ao inimigo principal, o capital financeiro imperialista ocidental e o seu
governo títere na Ucrânia, composto por uma frente de partidos nazistas.
A classe trabalhadora luta lado a lado com as tropas russas
e seus apoiadores no leste ucraniano contra os nazistas que tomaram de assalto
o governo para derrotá-los e, em seguida, preparar a derrubada de seus aliados
temporários, no dia seguinte, Assim como fez Lenin em setembro de 1917, quando
aliou-se taticamente com Kerensky contra o golpe de Kornilov.” (Declaração de
solidariedade aos antifascistas ucranianos, Por Socialist Fight e Democracy and
Class Struggle, 7/03/2014) http://lcligacomunista.blogspot.com.br/2014/03/declaracao-de-solidariedade-aos-grupos.html.
E não é uma questão de apoiar o "mal menor", mas de
uma orientação tática para enfrentar o perigo principal. Como Trotsky explicou
em dezembro 1931:
"Nós, os marxistas consideram Brüning, Hitler e Braun incluído,
como partes componentes de um único e mesmo sistema. A questão de saber qual deles
é o "mal menor" não tem nenhum sentido, por que este sistema, contra
o qual estamos lutando tem necessidade de todos estes elementos. Mas, esses
elementos estão momentaneamente envolvidos em conflitos uns contra os outros e o
partido do proletariado deve aproveitar esses conflitos no interesse da
revolução. Há sete notas na escala musical. A questão de saber qual dessas notas
é a "melhor" – si, dó, ré, ou sol – é uma pergunta sem sentido. Mas o
músico deve saber quando tocar e quais notas tocar. A questão abstrata de que é
o mal menor – Brüning ou Hitler – também carece de todo sentido. É necessário
saber qual tecla tocar. Isso está claro? Para o débil mental vamos citar outro
exemplo. Quando um dos meus inimigos me coloca diante de pequenas porções diárias
de veneno e um segundo, por outro lado, está prestes a atirar diretamente contra
mim, então eu vou primeiro tomar o revólver da mão de meu segundo inimigo, isso
me dará uma oportunidade para se livrar do meu primeiro inimigo. Mas isso não
significa em absoluto que o veneno é um "mal menor" em comparação com
o revólver".
(Leon
Trotsky, Por un frente único obrero contra el fascismo, Carta a un obrero
comunista alemán, miembro del partido comunista alemán, Dezembro de 1931)
A classe operária na Ucrânia deve defender todas as minorias
étnicas, tártaros, húngaros, romenos, búlgaros, moldavos, judeus, etc. No
entanto, o sionismo não defende os judeus aqui. Assim como os líderes sionistas
colaboraram com Hitler durante a Segunda Guerra Mundial, o sionismo na Ucrânia
está dando total apoio ao governo golpistas anti-semita. O rabino ucraniano Alexander
Dukhovny reuniu-se com o secretário de Estado John Kerry EUA em 4 de março e
disse: "A maior parte da comunidade judaica apoia os protestos... Os
manifestantes lutaram pela liberdade e pela democracia, pelos valores e padrões
europeus" The Jewish News, 06/03/2014 P. 2)
Na medida em que o Exercito russo não realize expedições
punitivas contra os trabalhadores ucranianos, defendemos a confraternização dos
trabalhadores ucranianos com a tropa russa, o que por sua vez deve estar
combinado a uma política de mobilização do próprio proletariado russo contra o governo
nazista fantoche do imperialismo.
FRENTE ÚNICA OPERÁRIA OU FRENTE POPULAR?
"Ah!", poderão saltar alguns "mas esta frente
que vocês propõem não é uma Frente Única Operária, pois é uma frente com a
Rússia e a burguesia do Leste da Ucrânia, uns oligarcas corruptos. Esta não é uma
Frente Única Operária trotskista, mas uma Frente Popular sem escrúpulos,
oportunista e stalinista!".A Ucrânia não é um país imperialista, mas um
país semi-colonial que fazia parte do Estado Operário Degenerado que foi a URSS
até seu colapso em 1991. Sua classe capitalista nasceu da aliança com Boris
Yeltsin e com o imperialismo dos EUA, nasceu como oligarcas corruptos. No
entanto, o surgimento em 2000 de Putin como presidente da Rússia, marcou uma
afirmação dos direitos da burguesia nacional para reter mais dos lucros
provenientes da exploração dos trabalhadores na Rússia em oposição ao domínio
de Wall Street e do capital financeiro de seus aliados. Um processo semelhante
ocorreu na Ucrânia, com o conflito entre Yushchenko e Yanukovich durante a “Revolução
Laranja” de 2004, e , em seguida, entre Yanukovych e Yulia Tymoshenko em 2010.
Por trás dos conflitos entre as oligarquias ucranianas esteve o conflito entre
o capital financeiro EUA/UE e a burguesia nacional, uma "semi- oprimida,
semi-opressora " classe nas semi-colonial, que a Rússia havia se tornado.
Portanto, nossas táticas deve ser baseada não apenas na Frente Única Operária,
mas também na Frente Única Antiimperialista, conforme descrito pelo Comintern
Revolucionária no IV Congresso, em 1922:
"Nos países do Ocidente, que atravessam um período
transitório de acumulação de forças organizadas nós avançamos com a consigna da
Frente Única Operária. Da mesma forma, no Oriente colonial no presente momento
a palavra de ordem para avançar é a da Frente Única Anti-imperialista. Sua
conveniência está ligada a perspectiva de uma luta prolongada contra o
imperialismo mundial, que exigirá a mobilização de todos as forças revolucionárias.
Esta mobilização torna-se ainda mais necessária pela tendência das classes
dirigentes nativas a fazer compromissos com o capital estrangeiro dirigidos
contra os interesses fundamentais da massa do povo. Assim como no Ocidente, a
palavra de ordem de Frente Única Operária ajudou e ainda está ajudando a desmascarar
às traições cometidas pelos social-democratas contra os interesses do
proletariado, assim também a palavra de ordem da FUA vai ajudar a expor as
vacilações dos diversos grupos do nacionalismo burguês. Este slogan também irá
ajudar as massas trabalhadoras a desenvolver sua vontade revolucionária e aumentar
a sua consciência de classe, que irá colocá-los nas primeiras fileiras daqueles
que lutam não só contra o imperialismo, mas contra os resquícios do feudalismo".
(IV Congresso da Internacional Comunista, 5/12/1922, VI. A
Frente Única Antiimperialista) https://www.marxists.org/history/international/comintern/4th-congress/eastern-question.htm
Mas com a diferença de que, hoje, o feudalismo e seus resquícios
são insignificantes e a classe trabalhadora nas semi-colônias mais avançados é muito
mais numerosa, poderosa e melhor organizado do que na época de Lênin ou mesmo no
período posterior de Trotsky. Basta olhar para as federações sindicais na
África do Sul, Brasil, Índia ou Egito, para verificar.
QUE TIPO DE IMPERIALISMO ?
No entanto, como Trotsky explica:
"Nós nunca colocamos todas as guerras no mesmo plano.
Marx e Engels apoiaram a luta revolucionária dos irlandeses contra a
Grã-Bretanha, dos poloneses contra o czar, embora nestas duas guerras
nacionalistas os líderes eram, em sua maior parte, os membros da burguesia e às
vezes até mesmo da aristocracia feudal. .. em todos os casos, reacionários
católicos. ... Falar de " derrotismo revolucionário " em geral, sem
distinção entre países exploradores e explorados, é fazer uma caricatura
miserável do bolchevismo e colocar essa caricatura a serviço dos imperialistas".
(Leon Trotsky , sobre a Guerra Sino-Japonesa, 23/09/1937) http://www.marxists.org/archive/trotsky/1937/10/sino.htm
(Leon Trotsky , sobre a Guerra Sino-Japonesa, 23/09/1937) http://www.marxists.org/archive/trotsky/1937/10/sino.htm
"Mas”, de novo retrucam nossos críticos, “pelo menos
vocês devem admitir que a Rússia é imperialista" e continuam "A
Rússia e a China são imperialistas, como os EUA, Reino Unido, França e Japão, certo?"
Não, Rússia e China não são imperialistas no sentido marxista do termo. Seria
falta de rigor em querer caracterizá-los como tal apenas por buscarem expandir
a sua esfera de influência, como Trotsky explica aqui em relação à antiga URSS,
em 1939:
"A história conheceu o "imperialismo" do
Estado romano baseada no trabalho escravo, o imperialismo da propriedade feudal
da terra, o imperialismo do capital comercial e industrial, o imperialismo da
monarquia czarista, etc .. No entanto, na literatura contemporânea, pelo menos na literatura marxista, o imperialismo é
entendido como a política
expansionista do capital financeiro, que tem um conteúdo econômico muito
bem definido. Ao empregar o termo "imperialismo" para a política
externa do Kremlin – sem esclarecer exatamente o que isso significa –
simplesmente para identificar a política da burocracia bonapartista com a
política do capitalismo monopolista pelo fato de que tanto uma como o outro
utilizar a força militar para expansão, tal identificação, que só será capaz de
semear confusão, é muito mais própria de democratas pequeno-burgueses do que de
marxistas."
Portanto não estamos diante de dois blocos imperialistas, os
EUA e a UE, por um lado, e do bloco da Eurásia, Rússia e China, de outro. A Rússia
é uma nação burguesa imensa com independência militar em relação ao
imperialismo ocidental, responsável pelo fornecimento de 30% do gás para a
Europa, mas a exportação de capitais não predominam sobre a exportação de bens
(gás, armas) na economia russa.
Desde o ataque dos EUA/UE sobre a Iugoslávia, entre 1995 e
1999; passando pelas recentes investidas contra a Líbia e a Síria em 2011 e
agora, na Ucrânia, muitos setores da extrema esquerda centrista vêm
caracterizando que estas são guerras interimperialistas. Portanto, diante
destas guerras deveríamos ou apoiar o lado pró-imperialismo ocidental, lutando
pela "democracia" (que nunca chega a nenhum povo oprimido) ou não podemos
tomar qualquer lado na disputa pois nenhum corresponde aos interesses da classe
trabalhadora. Faz parte dos princípios marxistas que devemos ser duplamente
derrotista em guerras interimperialistas. Mas nem de longe estes grupos de
extrema esquerda atualmente se aproximam dos princípios marxistas. No melhor dos
casos são terceiros campistas [edificam um muro imaginário para subirem em cima
diante dos conflitos], e no pior dos casos são partidários sem vergonha de sua
própria classe dominante. Estas desmoralizadas organizações centristas que não vêem
qualquer alternativa ao imperialismo "democrático", passaram a
defender todas e cada uma das mentiras, todos os itens da propaganda de guerra
da ofensiva global imperialista por mudança de regimes e governos adversários.
Em 1916, Lenin forneceu uma definição meticulosa de
imperialismo, de cinco pontos:
"1) a concentração da produção e do
capital levada a um grau tão elevado de desenvolvimento que criou os
monopólios, os quais desempenham um papel decisivo na vida econômica; 2) a
fusão do capital bancário com o capital industrial e a criação, baseada nesse
"capital financeiro" da oligarquia financeira; 3) a exportação de
capitais, diferentemente da exportação de mercadorias, adquire uma importância
particularmente grande; 4) a formação de associações internacionais
monopolistas de capitalistas, que partilham o mundo entre si, e 5) o termo da
partilha territorial do mundo entre as potências capitalistas mais importantes.
O imperialismo é o capitalismo na fase de desenvolvimento em que ganhou corpo a
dominação dos monopólios e do capital financeiro, adquiriu marcada importância
a exportação de capitais, começou a partilha do mundo pelos trusts
internacionais e terminou a partilha de toda a terra entre os países
capitalistas mais importantes.”
Vladimir Ilyich Lenin , O Imperialismo, Fase Superior do
Capitalismo , A ESBOÇO POPULAR , https://www.marxists.org/portugues/lenin/1916/imperialismo/cap7.htm
Desde que ele fez esta definição uma série de coisas
mudaram. Os resultados de duas guerras mundiais e o colapso da União Soviética,
em 1991, levaram à dominação global dos EUA como a única superpotência mundial.
O "imperialismo" da Rússia e da China são substancialmente
diferentes. A definição de pré-imperialistas
pode ser um termo mais apropriado.
O IMPERIALISMO HOJE
Hoje Londres continua no topo da lista dos principais
centros financeiros do mundo, seguida por Nova York em segundo lugar. De acordo
com a última edição do “The Global Financial Centres Index” (Índice de Centros
Financeiros Globais). Algumas vezes identificadas como o eixo Ny-Lon, estas
duas cidades têm dominado o capital financeiro global nos últimos dois séculos.
Hong Kong e Cingapura, estão ranqueadas como terceiro lugar
e quarto lugar, com Zurique, em quinto lugar. Tóquio, Genebra, Boston, Seul e
Frankfurt completam o top 10. Cidades dos Estados Unidos e Canadá perfilam-se nos
próximos sete lugares, com Chicago, em 11º, Toronto, em 12º, e São Francisco em
13º, Washington DC, em 14º, Vancouver, em 15º, Montreal, 16º, e Calgary (também
no Canadá), em 17º. Neste quesito, Moscou e seu “imperialismo” é tão
insignificante e tão longe dos EUA que consta apenas na 69º colocação, atrás de
Johanesburgo na África do Sul, Manila nas Filipinas e da Cidade do Panamá.
Se olharmos para algumas outras estatísticas econômicas e
militares, descobrimos que alguns países que alguns da esquerda chamam de imperialista
sequer figuram na primeira divisão mundial, pois eles são insignificantes
econômica e militarmente, não têm empresas multinacionais no World’s top 2000,
que reúne as maiores transnacionais planetárias, não têm bases militares
estrangeiras, ou seja, eles sequer podem competir em todas as categorias com os
EUA e seus aliados mais próximos como Reino Unido, França, Japão e Alemanha.
1. MULTINACIONAIS:
A lista da Forbes com as duas mil maiores multinacionais do
mundo que nos dá uma boa indicação do equilíbrio global entre as forças
econômicas: Dentre as corporações capitalistas que se encontram no topo do
mundo em 17 abril de 2013, os EUA possuem 543, Japão 251, China 136, Reino
Unido 95, França 64, Coréia do Sul 64, Canadá 64, Índia 56, Alemanha 50, Suiça
48, Hong Kong (China) 46, Austrália 42, Taiwan 41, Brasil 31 , Itália 30 ,
Rússia 30 , Espanha 28 , Holanda 24 , Suécia 23. http://www.economywatch.com/companies/forbes-list
Os Bancos e diversas companhias financeiras dominam a lista
das duas mil, sendo deste setor do capital 469 empresas (9a menos que no ano anterior).
Os próximos três maiores setores industriais membros da lista são de petróleo e
gás (124 empresas), equipamentos diversos (122 empresas) e companhia de seguros
(109 empresas).
Quando a lista apareceu pela primeira vez em 2004, os EUA
tinham quase 1.000 companhias nela, mas seu declínio real vem sendo compensado
pela posição dominante do dólar como moeda de negociação de reserva do mundo,
imposto pelo seu poderio militar e transferindo a sede (HQs) de suas empresas
para o exterior para tirar proveito das pequenas economias com regimes de
tributação das sociedades muito mais favoráveis a partir dos
quais os lucros são repatriados para os EUA. Por exemplo, com 17 grandes
empresas, a Irlanda aparece praticamente na mesma colocação que a África do
Sul, México e Arábia Saudita, o que projeta artificialmente uma comparação
ridícula. Na realidade, metade dessas empresas não são realmente inteiramente irlandesas,
exceto pelo nome. Uma das companhias top, a Accenture plc, dirigida para "a
prestação de serviços de consultoria de gestão, tecnologia e terceirização"
aparece como a 318 colocação na lista, com uma capitalização de mercado de $
53,34 bilhões, mas se trata claramente de uma corporação transnacional dos EUA.
2. BOLSA DE VALORES
As 10 principais Bolsas de Valores avaliadas na estatística
por volume de papéis negociados (em bilhões de dólares, US $ bilhões) são: 1 .
NYSE Euronext, Estados Unidos/Europa, 14.085 dólares; 2. NASDAQ OMX Group,
Estados Unidos/Europa, $ 4.582; 3. Bolsa de Tóquio, Japão 3.478 dólares; 4.
London Stock Exchange, 3.396 dólares; 5. Hong Kong Sock Exchange, 2.831 $; 6.
Bolsa de Xangai, 2.547 dólares; 7. TMX Group, Canadá, 2.058 dólares; 8.
Deutsche Börse, Alemanha, $ 1.486; 9. Australian Securities Exchange, 1.386
dolares; 10. Bombay Stock Exchange, 1.263 dólares. Observe que as duas bolsas
de valores estadunidenses são tão grandes quanto as outras oito bolsas juntas.
3. PRODUTO INTERNO BRUTO
No ranking da ONU (2012) dos 20 países com maior Produto
Interno Bruto (em Milhões de dólares dos EUA): PIB mundial: 72.689.734 dólares.
1. Estados Unidos 16.244.600 $; 2. China $ 8.358.400; 3. Japão 5.960.180 dólares;
4. Alemanha $ 3.425.956; 5. França $ 2.611.221; 6. Reino Unido, 2.417.600; 7. Brasil
2.254.109; 8. Rússia 2.029.812; 9. Itália $ 2.013.392; 10. Índia $ 1.895.213;
11. Canadá $ 1.821.445; 12. Austrália $ 1.564.419; 13. Espanha $ 1.322.126; 14.
México $ 1.183.655; 15. Coreia do Sul $ 1.129.598; 16. Indonésia $ 878.043; 17.
Turquia $ 788.299; 18. Holanda $ 770.067; 19. Arábia Saudita $ 711.050; 20. Suíça
$ 631.183. Mais uma vez os EUA , com seus aliados Japão, França e Reino Unido
superam todos os outros por uma margem enorme.
4. MAIORES DESPESAS MILITARES
Os 15 principais gastos militares (em bilhões de dólares) de
acordo com o Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI) no ano de
2013: 1. Estados Unidos $ 682; 2. China $ 166; 3. Rússia $ 90,7; 4. Reino Unido
$ 60,8 . 5. Japão $ 59,3; 6. França $ 58,9; 7. Arábia Saudita $ 56,7; 8. Índia
46,1 dólares; 9. Alemanha $ 45,8; 10. Itália $ 34,0; 11. Brasil US $ 33.1; 12.
Coréia do Sul $ 31.7; 13. Austrália $ 26,2; 14. Canadá $ 22.5; 15. Turquia $
18,2; Note-se a despesa militar dos EUA é igual ao total combinado de todos os
outros 14 países da lista.
5. FROTAS E PORTA-AVIÕES
Em todo o mundo, os EUA possuem cinco frotas de navio de
guerra, a Segunda Frota no Atlântico, a Terceira Frota no Pacífico Oriental, a
Quinta Frota no Golfo Pérsico e no Oceano Índico, a Sexta Frota no Mediterrâneo
e a Sétima Frota no Pacífico Ocidental. Nenhuma outra nação possui frota capaz
de rivalizar com este poder militar. Lista de porta-aviões em serviço em 2013:
Estados Unidos 10; Itália 2; Reino Unido 1; França 1; Rússia 1; Espanha 1;
Índia 1; Brasil 1; China e Tailândia 1, cada.
6. BASES MILITARES
O Instituto Transnacional de relatórios sobre bases
militares no exterior contabiliza mais de 100 países e territórios. Os EUA
atualmente mantém uma rede mundial de cerca de mil bases militares e
instalações (fora os EUA, incluindo 2.639 bases domésticas nos EUA). Além disso,
outros países da OTAN, como a França e o Reino Unido têm mais de 200 bases
militares dentro da rede de controle militar global.
Os principais países "hospedeiros" são os
perdedores das grandes guerras em que os EUA estiveram envolvidos. Alemanha,
Itália, Japão e Coréia são os quatro maiores “hospedeiros”. Não por acaso,
apesar de possuírem economias imperialistas, as forças militares e governos da
Alemanha e Japão não passam de fantoches dos EUA.
França e Reino Unido, principalmente, têm bases nos restos
mortais de seus impérios coloniais. O Reino Unido é forte no Atlântico Sul e em
todo o Mediterrâneo. A França é forte no Pacífico Sul e na África. A Rússia tem
atualmente seis instalações militares nas ex-repúblicas soviéticas, como na
Criméia; e a Índia tem uma no Tajiquistão. A China atualmente não possui bases militares
no exterior ao estilo estadunidense.
Não basta orientar-se apenas por um índice para determinar
se um país é ou não imperialista. Por exemplo, se tomarmos o ranking do PIB isoladamente,
imediatamente a questão do PIB per capita surge. O parâmetro fundamental é a
relação entre as nações. É isto que define se uma nação é oprimida pelas
grandes potências imperialistas ou se sua economia é integrada às estruturas
imperialistas mundiais para explorar outras nações pelo benefício mútuo de
ambos. No ultimo caso, trata-se de países que tomam carona nas potências
imperialistas; eles penetram nos mercados abertos pelas grandes potências. Todavia,
em todos os índices Brasil, África do Sul e Índia não são potências
imperialistas. Nem o são a Rússia e a China na maioria deles. Mas, “qual é a
diferença entre o papel da Rússia e da China para o mercado mundial e o que
cumpria a Rússia até 1917, quando Lenin acertadamente qualificava seu país de uma
potência imperialista a partir de estatísticas económicas?" Questionam
nossos críticos.
Em seu “Imperialismo, fase superior do capitalismo”, na seção
sobre capital financeiro Lenin faz essa diferenciação que tem avançado
enormemente desde 1945. Ele ressalta que em 1910:
"Juntos, esses quatro países (Inglaterra, França, Estados
Unidos e Alemanha ) possuem 479 mil milhões de francos, isto é, cerca de 80 %
do capital financeiro mundial. Quase todo o resto do mundo exerce, de uma forma
ou de outra, funções de devedor e tributário desses países, banqueiros
internacionais, desses quatro "pilares" do capital financeiro
mundial.".
ONDE ESTÁ O CAMINHO PARA A LIBERTAÇÃO HUMANA,
NA MORAL CRISTÃ HIPÓCRITA OU MARXISMO REVOLUCIONÁRIO?
A questão não é apoiar Assad ou os talibãs ou forças
anti-imperialistas reacionárias quando estas forças exploram e oprimem a sua
própria classe trabalhadora ou as mulheres. Não, a questão é a luta contra o imperialismo
e a busca por sua derrota. Claro que é verdade que regimes nacionalistas
burgueses como o de Gaddafi na Líbia ou Assad na Síria lutariam em nome do
imperialismo se lhes conviesse. Lembre-se dos muitos favores Gaddafi fez para o
Ocidente, como podemos esquecer que o terrível massacre de Tel al-Zaatar
durante a Guerra Civil Libanesa, em 12 de agosto de 1976, que foi facilitado
pelo pai de Assad, Hafez al-Assad? E também os fundamentalistas lutaram em nome
do imperialismo no Afeganistão durante a ocupação soviética, na Líbia, e agora
na Síria. Mas quando eles estão lutando contra o imperialismo como no Mali, a
Palestina ou o Hezbollah no Líbano, devemos estar com eles. A questão é, eles
estão lutando a favor ou contra o imperialismo agora? Os marxistas tem como
princípio lutar contra o imperialismo ao lado daqueles que estão lutando agora
mesmo ao ponto de formar uma Frente Única Anti-imperialista na prática, seja
por meio de acordo formal, se possível, mas de qualquer forma politicamente apoiando
estas forças contra o imperialismo e seus aliados. Insistimos este é um
imperativo absoluto para cada socialista revolucionário. O imperialismo impõe
um modo desumano de produção em todo o planeta que induz a alienação, a opressão
que degenera todas as relações humanas em todos os lugares, que provoca grande
infelicidade pessoal e insanidade, que traz a guerra e a fome para a humanidade
em um momento de nossa história que os recursos materiais e os avanços
tecnológicos são tantos que se poderia suprir todas as carências e necessidades
de cada ser humano do planeta se estes recursos fossem racionalmente
planificados. E isso sem contar o grande salto em termos de riqueza e cultura
humana que uma economia planificada mundial poderia propiciar. O imperialismo
dá à humanidade um panorama de todo um novo mundo possível somente para negar
seus benefícios para a grande maioria da humanidade e deixar-nos contemplar o
espetáculo obsceno do maior fosso entre os pobres e os ricos que o mundo já
conheceu: o 1% mais rico dos adultos sozinho é dono de 40% dos ativos globais e
os 10% mais rico dos adultos são proprietários de 85 % da
riqueza total mundial. Em contraste, a metade mais pobre da população adulta do
mundo possui apenas 1% da riqueza global.
Se entendermos o que é o imperialismo de forma completa devemos
tomar o lado de todos os lutadores anti-imperialistas, mas não de forma
acrítica, não concedendo-lhes o manto do socialismo ou do comunismo ou mesmo acreditando
que realizem a luta anti-imperialista de modo consequente. Mas de uma forma
baseada em princípios de lutar juntos para derrotar o inimigo principal de toda
a humanidade oprimida, a fim de expor as inconsistências das direções de massas
existentes nas semicolônias e os desvios burocráticos nos sindicatos em todos
os lugares, e assim estabelecer as bases para uma verdadeira revolução internacionalista
e anti-imperialista, reconstruindo a Quarta Internacional. Isso irá fortalecer
o internacionalismo e a capacidade de luta mutuamente da classe trabalhadora
nos países semi-coloniais e nos países metropolitanos que lutam em seu nome
contra seus próprios imperialistas. E isso vai incentivar a classe trabalhadora
nos países metropolitanos a rejeitar seus próprios governantes imperialistas e
abraçar a causa comum do internacionalismo operário. Trabalhadores do mundo uni-vos,
nada têm a perder a não ser seus grilhões!
E o que faz o imperialismo? Há uma boa citação de William
Blum (ex-funcionário do Departamento de Estado dos EUA, escritor e crítico da
política externa de seu país, que ganhou maior notoriedade mundial depois de
citado por Osama Bin Laden) em sua obra “Matando a Esperança” (Killing hope:
U.S. military and C.I.A. interventions since World War II, 2003) que não deixa
qualquer dúvida sobre quem é inimigo principal:
"Pós-Guerra Fria, o tempo da Nova Ordem Mundial, isto
soa muito bem para designar a política internacional do MI-IC (complexo de
inteligência militar-industrial) e seus criminosos parceiros mundiais, o Banco
Mundial e o FMI. A sua Organização Mundial do Comércio, o NAFTA (Tratado
Norte-Americano de Livre Comércio) e o GATT (Acordo Geral de Tarifas e
Comércio) estão ditando o desenvolvimento econômico, político e social em toda
a Europa do Leste e no Terceiro Mundo. Agora a reação de Moscou a esta ofensiva
global não vai além de considerações de restrições. O Código de Conduta sobre
Empresas Transnacionais, há 15 anos em elaboração na ONU, está morto. Tudo que
se vê está sendo desregulamentado e privatizado. O capital ronda o mundo com
uma liberdade voraz que não tem desfrutado desde antes da Primeira Guerra
Mundial, operando livre de atrito, livre da gravidade. O mundo foi feito seguro
para a corporação transnacional.
Se você levantar a pedra da política externa norte-americana
do século passado para ver o que rasteja por baixo verá invasões, bombardeios,
governos derrubados, ocupações, esmagamento de movimentos de luta por mudança
social, assassinato de líderes políticos, eleições fraudadas, manipulação de
sindicatos, fabricação de "notícias", esquadrões da morte, torturas ,
guerra biológica, ataques com urânio empobrecido, tráfico de drogas,
mercenários... É o suficiente para identificar o imperialismo com algo ruim".
Temos demonstrado exaustivamente que a dominação dos povos pelo
imperialismo dos EUA e pelo capital financeiro é a principal ameaça para toda a
classe trabalhadora e todos os oprimidos do planeta. Os governos e a burguesia
nacional das nações oprimidas são inimigos de classe também, mas inimigos secundários
quando entram em conflito com o imperialismo. Em toda a política e em todas as
guerras e ameaças de guerra devemos identificar o inimigo principal, seus
agentes e estratégias para derrotá-los através de alianças táticas com o diabo
e sua avó quando necessário. Tal é o programa marxista para a revolução
mundial.