Pela unidade da classe trabalhadora
contra a superexploração machista capitalista!
do FDT # 10 - março de 2012
contra a superexploração machista capitalista!
do FDT # 10 - março de 2012
Os capitalistas aproveitam-se das crises econômicas para justificar o aumento da exploração sobre os trabalhadores. As mulheres, que são a parte mais oprimida da classe, que recebem em média 30% a menos que os trabalhadores homens, são ainda mais oprimidas pelo machismo capitalista para serem ainda mais exploradas em tempos de crise.
Ao contrário de melhorar a situação das trabalhadoras, o governo burguês de mulheres como Cristina Kirchner na Argentina, Angela Merkel na Alemanha ou Dilma no Brasil, apenas dão uma aparência rosa ao aprofundamento dos cortes de gastos do governo com saúde, educação, transporte, previdência social. Foi do Ministério da Saúde que Dilma realizou o maior corte no orçamento de 2012 para desviar dinheiro para os grandes capitalistas, retirando R$ 5,4 bilhões, justamente a área do Estado que é mais requisitadapelas trabalhadoras.
Nem o direito sobre seu próprio corpo as mulheres possuem. Por trás da demagogia de Dilma, não avança a legalização do aborto, e milhares de mulheres trabalhadoras continuam morrendo vítimas da criminosa opressão que as obriga a recorrer a clínicas clandestinas sem as mínimas condições de higiene ou segurança, e depois, ainda sendo criminalizadas pelas leis burguesas.
O machismo tem como objetivo, antes de tudo, a desvalorização do trabalho feminino para aumentar o lucro capitalista. Nasceu com a propriedade privada e é utilizado pela burguesia, assim como todas as outras opressões (contra homossexuais, negros, indígenas, etc) para superexplorar esses setores da classe trabalhadora.
Desgraçadamente, as organizações que dizem representar os trabalhadores, como PT, PCdoB, PSOL, PSTU, etc, se recusam a fazer com que a luta pela emancipação das mulheres seja parte da luta contra o capitalismo e seu Estado. Pelo contrário, esses partidos apostam abertamente na colaboração entre as classes quando se trata da “defesa das mulheres”, comprometendo assim a independência política de nosso combate ao machismo, que só pode ser vencido pela unidade de toda a classe trabalhadora por meio da luta revolucionária contra a exploração econômica imperialista e capitalista. Fazendo isso, combateremos o machismo também em nosso meio.
O que temos hoje é um movimento de “defesa das mulheres” que está voltado apenas para fazer demagogia com a metade feminina da classe trabalhadora, pois possui um programa burguês que se auto-declara socialista. Mas, como pode ser socialista se está centrado no aumento do poder repressivo do Estado burguês, através da reivindicação de mais delegacias da mulher, da “aplicação e ampliação” da Lei Maria da Penha? Por que será que com a criação destes orgãos as agressões continuam e até aumentam com a crise social, e aumentam também o trabalho escravo e o tráfico sexual? Porque ao contrário da chamada emancipação feminina, o capitalismo só arruína a vida das trabalhadoras. O fortalecimento do aparato repressivo do capital só piora as coisas porque fortalece os inimigos e divide a nossa classe, impedindo que as mulheres e os homens trabalhadores identifiquem o inimigo comum.
Fortalecer o Estado burguês divide a classe trabalhadora porque faz as mulheres acreditarem que seus inimigos são os companheiros homens miseráveis como elas, superexplorados e contaminados pelo machismo, e não o sistema de domínio dos patrões que se alimenta dia após dia do sangue e do atraso da consciência de classe dos homens e mulheres cuja força de trabalho produz toda a riqueza tomada pela burguesia.
É preciso jogar por terra essas bandeiras que exigem mais repressão burguesa e substituí-las pelas reivindicações classistas que estão sendo desprezadas e esquecidas, como a de salário igual para trabalho igual, de um dia a mais de descanso por semana para as mulheres trabalhadoras e de pensão alimentícia paga pelo Estado e não imposta sobre os miseráveis salários dos trabalhadores que já foram previamente roubados pelos patrões.
É necessário que toda a classe trabalhadora, todas as mulheres e homens proletários, se organizem em comitês operários, por locais de trabalho e locais de moradia, para que seus problemas, como por exemplo a violência doméstica e sexual, possam ser discutidos e resolvidos coletivamente, sem interferência do Estado capitalista burguês e sua polícia torturadora, machista, racista e assassina e assim caminhem em direção à autodeterminação como classe, construindo um partido revolucionário para organizar a luta pela Revolução Socialista, única forma de pôr fim à opressão machista, capitalista, patriarcal e imperialista.
►por um dia de folga extra por semana para as trabalhadoras
►salário igual para trabalho igual
►salário mínimo vital de r$ 3.800,00
►licença-maternidade por 2 anos com pagamento integral de salário pelo estado mais auxílio-maternidade de mais 60% do salário
►licença-paternidade de 3 meses intercambiável com o tempo de licença maternidade com salário integral mais auxilio paternidade de 60% do salário
►por escolas, creches, hospitais, restaurantes, lavanderias e modernas bibliotecas com pleno acesso à internet, públicas, gratuitas e estatais, em período integral, controladas pela classe trabalhadora
►pleno direito aos métodos contraceptivos e ao aborto legal, seguro, gratuito e estatal para as mulheres trabalhadoras