A matemática dos carniceiros terroristas imperialistas
dO Bolchevique # 6
dO Bolchevique # 6
Mortos no 11/09/2001, baixas dos EUA no Afeganistão e no Iraque,
vítimas civis no Afeganistão; vítimas cIvis no Iraque
No 11 de setembro de 2001 morreram pouco menos de 3 mil pessoas nos atentados ao WTC e ao Pentágono. Segundo o site Unknown News, que fornece uma estatística detalhada do número de mortos nas guerras no Afeganistão e no Iraque, foram mortos 919.967 pessoas entre civis e militares nos dois países ocupados desde a invasão do primeiro pela coalizão imperialista em 2001 até agosto de 2010. Durante o mesmo período, o site registra um número de 1.739.547 pessoas feridas nos dois países. Sendo que só no Iraque, o total de mortos é de 900.338. http://www.unknownnews.org/casualties.html.
A organização Iraq Body Count, que usa uma metodologia diferente (contabiliza apenas as mortes de civis no Iraque que são registradas em jornais ou na TV), apresenta números bem mais conservadores: 111.937 civis mortos somente no Iraque. Em um país devastado pela violência diária, parece improvável que o relatório de cada homem, mulher e criança morta - ou mesmo a maioria das mortes iraquianas - fosse mencionado nos meios de comunicação daquele país.
UM MILHÃO DE VIDAS durante esta década foi o que o terrorismo imperialista, que atinge o conjunto do globo, impôs de forma direta apenas aos afegãos e iraquianos. 100 mil vidas por ano! Cerca de 333 vezes mais pessoas foram mortas no Afeganistão e no Iraque do que nos EUA nos ataques de 11 de setembro de 2001. De acordo com dados compilados pelo próprio Departamento de Estado dos EUA, mais de 130 vezes mais pessoas foram mortas nestas guerras e ocupações do que em todos os “ataques terroristas” no mundo entre 1993 e 2004.
IMPÉRIO TERRORISTA “CIVILIZADO” VERSUS POVOS OPRIMIDOS BARBARIZADOS
O terrorismo dos Estados imperialistas é maior hoje do que em todos os tempos. Concomitantemente a isto, aumenta a resposta dos povos oprimidos através de atentados suicidas, emboscadas, etc., principalmente na Ásia (Afeganistão, Paquistão e Iraque) e na África (Nigéria, Somália,...).
Parafraseando Engels, reproduzido na primeira parte deste especial da LC, até onde os invasores imperialistas poderão penetrar e manter-se nas nações ocupadas frente a esta crescente resistência antiimperialista? Os terroristas "civilizados” que bombardeiam cidades indefesas, estupram e matam podem condenar este sistema como covarde, bárbaro e atroz; mas que importância darão os povos oprimidos na Ásia e na África a esta condenação se forem seus métodos bem sucedidos? Dado que a OTAN, a ONU e os EUA os tratam como bárbaros, não podem negar-lhes o benefício completo do seu barbarismo. Se seus seqüestros, seus ataques de surpresa e suicidas, seus massacres noturnos são o que nós chamamos de covardes, os terroristas "civilizados” não deveriam esquecer-se nas suas dissertações de que os chineses não poderiam resistir aos meios de destruição europeus fazendo uso de seus meios de guerra ordinários.
Parafraseando Engels, reproduzido na primeira parte deste especial da LC, até onde os invasores imperialistas poderão penetrar e manter-se nas nações ocupadas frente a esta crescente resistência antiimperialista? Os terroristas "civilizados” que bombardeiam cidades indefesas, estupram e matam podem condenar este sistema como covarde, bárbaro e atroz; mas que importância darão os povos oprimidos na Ásia e na África a esta condenação se forem seus métodos bem sucedidos? Dado que a OTAN, a ONU e os EUA os tratam como bárbaros, não podem negar-lhes o benefício completo do seu barbarismo. Se seus seqüestros, seus ataques de surpresa e suicidas, seus massacres noturnos são o que nós chamamos de covardes, os terroristas "civilizados” não deveriam esquecer-se nas suas dissertações de que os chineses não poderiam resistir aos meios de destruição europeus fazendo uso de seus meios de guerra ordinários.
Cartaz de convocatória do debate do Comitê Antiimperialista realizado nos 10 anos do 11 de setembro em São Paulo |
Em 2 de maio de 2011, o presidente Barack Obama anunciou oficialmente que Osama Bin Laden tinha sido morto, no Paquistão, por um comando especial dos Estados Unidos que invadiu o país de surpresa naquela madrugada e massacrou o inimigo, afirmando que a justiça tinha sido feita. "Foi feito justiça. Nesta noite, tenho condições de dizer aos americanos e ao mundo que os Estados Unidos conduziram uma operação que matou Osama Bin Laden, o líder da Al Qaeda e terrorista responsável pelo assassinato de milhares de homens, mulheres e crianças."
Os custos financeiros de toda esta cruzada sanguinária, orçada em pelo menos US$ 5 trilhões, segundo a Brown University, são pagos pelo parasitismo imposto aos próprios países ocupados, à classe trabalhadora dos EUA e aos trabalhadores do mundo inteiro.
Mas, diante do maior império do medo de toda a história humana, as vítimas do terror reagem como podem, aprendendo com seus próprios algozes. Nos últimos 20 dias, organizações guerrilheiras de resistência fizeram saltar pelos ares a sede da ONU na Nigéria, a Embaixada dos EUA em Cabul e o quartel general da OTAN no Afeganistão.
Todos os anos, no 11 de setembro nós não podemos esquecer da primeira vez em que esta data tornou-se sinônimo de massacre. Em agosto deste ano, o governo chileno anunciou uma nova estatística de vítimas da ditadura do general Augusto Pinochet iniciada no 11 de setembro de 1973: entre torturados, desaparecidos e mortos, 40 mil pessoas, 14 vezes mais do que o número de mortos no WTC.
A conta do terror imperialista não pára, só uma revolução mundial poderá detê-la. A matança segue na Líbia. Em apenas 100 dias de bombardeios da OTAN sobre o país africano aprovados pela ONU “para poupar a população líbia de um massacre perpetrados por carniceiros” já se soma a trágica cifra de 6.121 civis mortos e feridos. Este foi o saldo parcial da "Operation Odyssey Dawn". Os dados foram apresentados pelo Ministério da Saúde líbio e confirmados pela Sociedade do Crescente Vermelho da Líbia e pela Universidade Nassar de Trípoli.
A conta do terror imperialista não pára, só uma revolução mundial poderá detê-la. A matança segue na Líbia. Em apenas 100 dias de bombardeios da OTAN sobre o país africano aprovados pela ONU “para poupar a população líbia de um massacre perpetrados por carniceiros” já se soma a trágica cifra de 6.121 civis mortos e feridos. Este foi o saldo parcial da "Operation Odyssey Dawn". Os dados foram apresentados pelo Ministério da Saúde líbio e confirmados pela Sociedade do Crescente Vermelho da Líbia e pela Universidade Nassar de Trípoli.
O IV REICH IANQUE É AINDA (E MUITO) MAIS SANGUINÁRIO QUE O III REICH ALEMÃO
Nos territórios ocupados pela Alemanha, a Wehrmacht (forças armadas da Alemanha durante o Terceiro Reich) tinha como prática executar 10 civis inimigos para cada soldado alemão morto. Os números estão aí estão para mostrar que levando-se em conta apenas o quesito contagem de corpos (ou seja desprezando a imensa superioridade militar do Reich ianque com bombas atômicas, armas químicas com urânio empobrecido, mísseis, drones, etc.) e apenas sobre o Afeganistão e o Iraque (excetuando-se Haiti, Palestina, Líbano, Somália, Costa do Marfim), o imperialismo nazi-ianque de Bush e Obama é 33 mais destrutivo que o nazismo do terceiro reich de Hitler.
Vale destacar que o regime nazista de Hitler durou 12 anos (1933-1945). A governança dos EUA sobre o planeta seguiu do fim da segunda guerra até agora, um domínio pelo menos cinco vezes maior. Os nazistas não tiveram oportunidade de desenvolver plenamente nem lançar a bomba atômica sobre os outros povos. Os EUA exterminaram milhares em Hiroshima e Nagasaki. Anos depois, despejaram toneladas de agente laranja sobre milhares de vietnamitas. As guerras de rapinas do imperialismo ianque não cessam, só se multiplicam.
Vale destacar que o regime nazista de Hitler durou 12 anos (1933-1945). A governança dos EUA sobre o planeta seguiu do fim da segunda guerra até agora, um domínio pelo menos cinco vezes maior. Os nazistas não tiveram oportunidade de desenvolver plenamente nem lançar a bomba atômica sobre os outros povos. Os EUA exterminaram milhares em Hiroshima e Nagasaki. Anos depois, despejaram toneladas de agente laranja sobre milhares de vietnamitas. As guerras de rapinas do imperialismo ianque não cessam, só se multiplicam.
O nazismo ianque é o sucessor turbinado do nazismo alemão. Como assinalava Trotsky, “a crença em um automatismo do desenvolvimento é o traço mais característico do oportunismo”. Longe das perspectivas ilusórias em torno do aprimoramento democrático do capitalismo, a tendência do imperialismo é o aumento da repressão, mais belicismo e o recrudescimento do domínio pela força para controlar as contradições crescentes e as disputas inter-imperialistas, que, ainda não avançaram do terreno comercial e diplomático para o militar. O extremo oposto, mas não menos estúpido, é a crença no catastrofismo fatalista, a fé de que um dia o imperialismo chegará a uma situação sem saída e se auto-implodirá.
Os revolucionários devem reconhecer como legítimas as ações de resistência das organizações guerrilheiras contra o imperialismo e defendê-las politicamente da perseguição do império. Afinal, como nos ensinou um dos fundadores dos EUA, Thomas Jefferson, “quando a injustiça torna-se lei, a resistência torna-se um dever”. Mas, tanto pelos limites superestruturais destas ações, quanto pela política das direções guerrilheiras, subordinadas às vacilantes e traidoras burguesias nacionais, estas ações não são suficientes para conquistar a libertação nacional dos povos subjugados. O imperialismo sobreviverá destruindo a humanidade e a natureza até que a única classe revolucionária da sociedade moderna, o proletariado, organize o justo ódio do conjunto dos oprimidos para liquidar o capitalismo através de um partido internacionalista. A possibilidade de libertação da humanidade do vale de lágrimas causado pelo regime de terror imperialista depende inteiramente da revolução mundial.
Os revolucionários devem reconhecer como legítimas as ações de resistência das organizações guerrilheiras contra o imperialismo e defendê-las politicamente da perseguição do império. Afinal, como nos ensinou um dos fundadores dos EUA, Thomas Jefferson, “quando a injustiça torna-se lei, a resistência torna-se um dever”. Mas, tanto pelos limites superestruturais destas ações, quanto pela política das direções guerrilheiras, subordinadas às vacilantes e traidoras burguesias nacionais, estas ações não são suficientes para conquistar a libertação nacional dos povos subjugados. O imperialismo sobreviverá destruindo a humanidade e a natureza até que a única classe revolucionária da sociedade moderna, o proletariado, organize o justo ódio do conjunto dos oprimidos para liquidar o capitalismo através de um partido internacionalista. A possibilidade de libertação da humanidade do vale de lágrimas causado pelo regime de terror imperialista depende inteiramente da revolução mundial.