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domingo, 24 de março de 2019

43 ANOS DO GOLPE MILITAR ARGENTINO

Lutar contra o terror capitalista de ontem e hoje!


Tendencia Militante Bolchevique 

Em 24 de março de 1976, o golpe genocida foi consumado. Ele foi precedido por várias manifestações de terrorismo capitalista, estatal e paraestatal. O objetivo do golpe foi o extermínio da militância de vanguarda e a contenção do ascenso dos trabalhadores e das lutas populares que vinham ocorrendo, para abrir caminho para o ataque aos trabalhadores e à neocolonialização do país.

O golpe fazia parte de uma política de dominação continental impulsionada pelo imperialismo. Com um aparato repressivo cuja direção foi formada pelo próprio imperialismo. Formatada sob a chamada "doutrina da segurança nacional", onde as forças armadas e de segurança trataram de uma forma abrangente de desempenhar o papel de guardiões do capital imperialista.

Para começar, a partir do econômico de forma definida, um modelo de acumulação de capital baseado na bola de neve do endividamento externo do país, que teve como consequência o atraso produtivo e aprofundamento da dependência do país.

A luta dos trabalhadores desde a ditadura e com a posteridade no regime de democratização - como hoje em face do ajuste do atual presidente Macri - tem sido o maior obstáculo que o imperialismo teve em seu plano de neocolonização do país.

Foi a resistência dos trabalhadores com massivas greves e protestos nacionais que forçou a ditadura a buscar uma saída política e embarcar na questão das Malvinas. Todavia, submetida aos próprios moldes imperialistas da doutrina de segurança nacional, a ditadura recusou-se a fazer da luta pelas Malvinas uma autêntica luta anti-imperialista, o que levou à derrota da Argentina na guerra contra a Inglaterra e precipitou assim o fim da própria ditadura devido ao repúdio popular acentuado pela derrota.

Hoje estamos diante de uma nova crise de um modelo de acumulação dessa natureza, impulsionado pelo macrismo, com novo reendividamento do país. Com Macri - representante e parte dos mesmos grupos econômicos que se beneficiaram da ditadura genocida - estamos testemunhando um reforço do cerco repressivo como o gatilho do "gatilho fácil".

Como no passado, a ditadura genocida era necessária para impor a política econômica neocolonial e atacar os trabalhadores. Atualmente, o Macrismo precisa reforçar o cerco repressivo para impor seu ajuste brutal aos trabalhadores. No decorrer de 2018, o aparato do Estado assassinou uma pessoa a cada 21 horas na Argentina, sendo o mais alto indicador desde o final de 1983. Em outras palavras, o estado de terror sob o macrismo é o que mais assassina desde a ditadura.

Tudo isso segue a serviço de garantir a sua política econômica hiper-concentradora de riqueza a serviço do imperialismo, na base do empobrecimento e da consequente deteriorização das condições de vida da classe trabalhadora. O que é impossível sem aprofundar o cerco repressivo sobre as massas. Isso ocorre em um contexto em que a ofensiva do terrorismo imperialista no continente está crescendo, como visto na sabotagem e bloqueio da Venezuela. A história mostrou que uma luta eficaz contra o terrorismo capitalista exige uma organização independente da classe trabalhadora, que garanta a vitória definitiva dos trabalhadores sobre o próprio estado capitalista.

Punição aos responsáveis ​​e beneficiários do golpe genocida!
Liberdade para todos os presos políticos!