Dos seis bilionários mais ricos do Brasil, que concentram mais dinheiro que os 100 milhões mais pobres, três são donos da ABInbev. Os outros são donos de banco, da Globo e do Facebook |
golpista da indústria de bebidas!
Davi Lapa
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Pela mercadoria que vendem, são também responsáveis pelo acentuado
entorpecimento popular. Fazem fortuna por conta dos benefícios dados pelo
governo, pagando menos impostos do que o alto custo que causam ao país. Esse
Cartel da AB Inbev foi o principal patrocinador do golpe contra o governo Dilma
e tem um lobby fortíssimo no Congresso Nacional para continuar explorando esse
mercado lucrativo. Agora, na privatização da Eletrobrás, Lemann espera
recuperar seus ‘investimento’ no Golpe apropriando-se da estatal.
Sendo o principal
patrocinador na mídia, vende o consumo de bebidas como uma recreação,
escondendo os verdadeiros danos que causam aos trabalhadores, suas famílias e o
país. Enquanto outros setores da economia estão estagnados, a indústria de
bebidas alcoólicas prevê crescimento, com o aumento do consumo de bebidas.
Na década de 90 o índice
das pessoas que desenvolviam a doença do alcoolismo era de 10%. Hoje chega a
13,7%, um claro indicador de que o incentivo ao consumo aumentou, pois
desenvolverá a doença aquele que fizer uso da bebida alcoólica. No Brasil as
cervejarias são as patrocinadoras de grandes eventos; Carnaval, festas e etc,
onde se estimula o consumo de bebidas. Com agravante que a bebida alcóolica é
porta de entrada para outras dependências, favorecendo assim o tráfico de
drogas.
Os comunistas não são
ascetas, nem antialcoólicos como certas seitas religiosas. Livre da exploração
capitalista, o consumo do álcool não necessariamente conduz ao alcoolismo,
desde que, sejam superados os elementos que induzem a adiccção e ao vício, e
ainda que o possam fazer, por certo se um sistema de saúde público abordar o
alcoolismo como una enfermidade social, o mesmo pode ser superado como uma
epidemia funcional ao controle social e ao enriquecimento de um punhado de
parasitas burgueses.
Em todos os países, mas
sobretudo no Brasil, a expropriação sob controle operário da indústria
alcoólica (incluindo a cachaça, o vinho e outros) é essencial para a classe
trabalhadora libertar-se da exploração, do entorpecimento e do golpismo. Como
nos relegou a grande revolução russa:
A revolução foi herdeira da liquidação do monopólio da vodka; sancionou o facto, fundando-se, porém em considerações de princípio. É só depois da conquista do poder pela classe operária — poder construtor consciente de uma economia nova — que a luta do governo contra o alcoolismo, luta ao mesmo tempo cultural, educativa e coerciva, adquire toda a significação histórica.
Leon Trotsky
(Questões do modo de vida,
1923).