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domingo, 23 de setembro de 2012

O BOLCHEVIQUE # 11 - CARTA AO LEITOR

Enquanto a ofensiva imperialista espera estagnada a reeleição de Obama, a resistência antiimperialista ressurge sob a percepção da falácia da “primavera árabe”

Muito tem se falado das gafes elitistas e reacionárias de Mitt Romney e que de tão imbecil o republicano perderá as eleições presidenciais de seis de novembro. Todavia, para além de revelar mais uma vez que a elite empresarial planetária precisa de quadros profissionais como gestores de seus interesses políticos, o papel principal da candidatura republicana é, sobretudo, pressionar Obama pelas tarefas que a economia imperialista exige neste momento.
O atual presidente foi incumbido de reduzir a maior dívida pública de todos os tempos, potenciada pelas campanhas militares de Bush e pelos “salvamentos” das grandes corporações desde a crise de 2008. Para a elite ianque ele tem vacilado em promover uma recuperação das taxas de lucro com a urgência que ela reivindica. Isto ele só pode fazer dando continuidade à campanha belicista do antecessor na recolonização da África e Ásia, cruzada que tem como escalas fundamentais a Síria e o Irã. Em nível interno, como demanda Romney, Obama precisa eliminar gastos sociais do Estado imperial para reduzir o déficit público e ao mesmo tempo levar a sua própria classe operária à escravidão, fazendo cair os custos de produção nos EUA, ingredientes fundamentais para a recuperação econômica da economia imperialista.

O BOLCHEVIQUE # 11 - CAPA E SUMÁRIO


SUMÁRIO INTERATIVO


Enquanto a ofensiva imperialista espera estagnada a reeleição de Obama, a resistência antiimperialista ressurge sob a percepção da falácia da “primavera árabe”

Por um Encontro Nacional de Base dos Metalúrgicos para organizar uma greve geral da categoria contra o “ACE”

CORRESPONDÊNCIA
Camarada, concordo com o artigo, parabéns!
Camilo de Moncada

Agora sim, começou a verdadeira primavera, a antiimperialista, no mundo árabe e muçulmano!
LC – Brasil
TMB – Argentina

Um triste espetáculo de degeneração imperialista do esporte
Yuri e Humberto

Os que uivaram com os lobos*, CMI e LIT, sofrem na própria pele o preço da traição à luta antiimperialista
Humberto Rodrigues com a colaboração de Ismael Costa

O Sinn Fein ajoelha-se perante a Rainha como parte do seu giro à direita
Socialist Fight – Grã Bretanha

ESPECIAL - ÁFRICA

Toda solidariedade ao proletariado guineano contra a multinacional “brasileira”*!
Pela expropriação da Vale sem indenização e sob o controle da população trabalhadora!

RESISTIR aos policiais e aos capitalistas!
ORGANIZAR: a luta contra o reformismo!
RECUPERAR os sindicatos e quebrar a aliança CNA / COSATU / PC!
Qina Msebenzi Collective – África do Sul

sábado, 15 de setembro de 2012

PROTESTOS ANTI-EUA NA ÁFRICA, ORIENTE MÉDIO E ÁSIA

Agora sim, começou a verdadeira primavera, a antiimperialista, no mundo árabe e muçulmano!

Em mais de 15 países, por três continentes, manifestações de massas tomam embaixadas e multinacionais, invadem e destroem representações diplomáticas, atacam tropas de ocupação e queimam bandeiras dos EUA, Alemanha, Inglaterra e de Israel.

Na Tunísia, o chamado berço da tão reverenciada “primavera árabe”, centenas de manifestantes atacaram com bombas e ocuparam o complexo da Embaixada dos EUA em Tunis e uma escola dos EUA foi saqueada (neste caso, os expropriadores são expropriados) pela multidão.

sábado, 8 de setembro de 2012

COMBATE AO ACE E CAMPANHA SALARIAL METALÚRGICA

Por um Encontro Nacional de Base dos Metalúrgicos para organizar uma greve geral da categoria contra o "ACE"
do O Bolchevique # 11
Às vésperas de completar 30 anos, a CUT, através de seu sindicato mais importante, dos Metalúrgicos do ABC (SMABC), prepara sua maior traição ao proletariado brasileiro, o Acordo Coletivo Especial (ACE). É bem verdade que a central realizou um pacto social com Sarney ainda na década de 1980, se opôs a organizar a classe pelo "Fora Collor", impulsionou as câmaras setoriais, apoiou a reforma da previdência iniciada por FHC e na última década foi testa-de-ferro dos governos federais do PT sabotando nossas lutas, apoiando os ataques anti-operários e pró-imperialistas de Lula e Dilma, defendendo o "mensalão" e juntamente com outras centrais pelegas "mobiliza" em favor das demandas patronais: isenção de impostos, flexibilização de direitos, desoneração da folha de pagamento, etc.

Mas, sem dúvida o ACE representa a mais perversa punhalada contra a classe trabalhadora. O SMABC entregou ao governo Dilma em novembro de 2011 o projeto de lei que objetiva nacionalizar e estender contra o conjunto do proletariado no Brasil as experiências daninhas de negociação realizadas no ABC. No dia 23 de maio de 2012, o Sindicato reuniu-se com o presidente da Câmara dos Deputados reivindicando rapidez na aprovação do ACE. Até agora, todos os acordos de redução salarial, perda de direitos ou flexibilização da jornada realizados entre os pelegos da CUT e as empresas podem ser questionados na justiça, e os trabalhadores lesados pela traição podem “meter a empresa no pau”, conseguindo derrubar o acordo.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

MINERADORA VALE MASSACRA TRABALHADORES NA ÁFRICA

Toda solidariedade ao proletariado guineano contra a multinacional “brasileira”*Pela expropriação da Vale sem indenização e sob o controle da população trabalhadora!

Menos de um mês após o massacre de Marikana, a serviço dos interesses da mineradora britânica Lonmin, quando o aparato repressivo do governo do CNA executou quase meia centena de mineiros sul africanos, outro país africano foi palco de um novo massacre anti-operário. No último dia 04 de agosto, foram assassinados por militares seis manifestantes da Guiné Bissau que haviam protestado contra o regime de contratação de mão de obra pelo consórcio multinacional, VBG, composto pela mineradora Vale “brasileira” e a BSG Resourses, pertencente ao bilionário sionista Beny Steinmetz.

No dia 1º de agosto, os manifestantes da distrito de Zogota ocuparam as instalações do consórcio, destruindo móveis e expropriando equipamentos em protesto contra o não cumprimento por parte da Vale de uma convenção trabalhista assinada com o governo da Guiné em troca da exploração de minério do país. A convenção estabelecia que a multinacional ficaria obrigada a contratar um percentual mínimo de mão de obra das etnias locais, os Guerzé e os Tomas. No entanto, a Vale contratou três mil funcionários deixando de fora as etnias da região e beneficiando a etnia Peuls, que compõe o setor majoritário da burguesia do país e à qual pertence o atual presidente, Alpha Condé, eleito em um processo fraudulento em 2010.