Saudação da Unidade Revolucionária ao
I Congresso da Frente Comunista dos Trabalhadores
A
Unidade Revolucionária de São José do Rio Preto-SP saúda o I Congresso da
Frente Comunista dos Trabalhadores, em um dos hipocentros de tensões de uma
crise de dimensões globais.
Os
resgates estatais dos grandes bancos e corporações, e a injeção de dinheiro nos sistemas financeiros e em
ativos, não levaram à uma recuperação econômica, mas à recessão, o baixo
crescimento dos países centrais e a rápida desaceleração com quedas
vertiginosas dos emergentes que, por seu turno, também convivem paralelamente
com a criação das bombas-relógios; as consequências resultantes por mexer
nesses vespeiros; conduzindo não só à enormes dividas estatais e a diminuição
dos investimentos públicos, mas levando a economia e a política à beira do
abismo, e à deterioração da classe trabalhadora abandonada e embrutecida que se
mantém majoritariamente silenciosa sob a superfície tumultuada, manifestando à luz dos holofotes, a dualidade
das classes no curso histórico, estampadas em manchetes e com tratamentos de
luxo nos noticiários movidos pelas suas opções políticas, enquanto as patronais mais concentradas, aproveitam-se dos
agravamentos para aumentar a taxa de exploração e a produtividade,
beneficiando-se da geração de um enorme exército industrial de reserva,
sufocando pela violência declarada a luta das massas. No caso brasileiro,
clamam até para que reduza os gastos, nem que seja sacrificando os benefícios
históricos adquiridos pelos trabalhadores no setor produtivo.
A burguesia, despreparada e envergonhada em última instância,
cede às pressões em momentos decisivos e buscam nas crises políticas a sua
válvula de escape, tornando um obstáculo adicional na força consistente do
valor de trabalho, nos níveis produtivos, levando os capitais internos à sua
parcial destruição, com taxas de desemprego em massa, criando o epicentro de
uma crise pré-revolucionária, em países que provaram ser, até agora, os elos
mais fracos do sistema, para provocar o surgimento de uma força política
hegemônica capaz de garantir a harmonia necessária para que uma nova
administração governe o processo.
Essa nova força política não existe no cenário brasileiro e as direções reformistas contaminadas pelo espírito democrata-constitucionalista enveredado pelo caminho da Social-Democracia, impediram que os triunfos parciais da classe trabalhadora se materializassem em raízes estratégicas para elevá-la à compreensão da necessidade da conquista do poder e do Socialismo e a não conduzem além dos limites da propriedade capitalista e do Estado burguês.
Eivado na superestrutura, arrefece seus órgãos vitais, como uma via inadaptada no tempo e no espaço, ficando pouco sensível às diversas matizes da esquerda, conduzindo as relações políticas a uma efêmera polaridade; transformando-se em catalisadores de tendências conservadoras.
Mas esses retrocessos nos níveis de organização é produto de uma crise prolongada de direção revolucionária, ou seja, de uma crise proletária; ausente de estratagemas.
A organização de um Partido Revolucionário capaz de dar
respostas velozes e flexíveis às necessidades mais prementes da revolução é uma
solução histórica, temperada pelo fogo da prática na antecâmara do leito de morte do
Capitalismo.
PELA UNIFICAÇÃO INTERNACIONAL DOS MOVIMENTOS SINDICAIS DE
ESQUERDA!
PELA FRENTE COMUNISTA DOS TRABALHADORES!
PELA SOBERANIA OPERÁRIA-CAMPESINA!
PELO SOCIALISMO!