segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

2013: RETROSPECTIVA REVOLUCIONÁRIA

2013 foi um bom ano para a Liga Comunista
Que 2014 seja um ano de muitas vitórias do proletariado!
De participação em grandes lutas da classe operária e de nucleação
em importantes categorias no centro da luta de classes no Brasil

Ao finalizar o ano de 2013, a Liga Comunista se dirige aos seus militantes, simpatizantes e leitores do Jornal Folha do Trabalhador e deste Blog, realizando uma breve prestação de contas à vanguarda classista da classe trabalhadora de nossas contribuições (modestas é certo, mas produto do melhor de nossos esforços) para o avanço da luta pela organização política independente, internacional revolucionária e comunista no interior do movimento operário e do conjunto dos trabalhadores.

Desde 2010 formamos uma organização que hoje atua no movimento metalúrgico, construção civil, bancário, de professores e de trabalhadores da Saúde no Estado de São Paulo. Em 2012 ampliamos nossa atividade militante para os professores e metalúrgicos, em 2013, para os trabalhadores da saúde e construção civil além de refundarmos nosso militante número 1, o Jornal Folha do Trabalhador, ampliado em tamanho e tiragem. Em 2014, trataremos de consolidar o conjunto destas inserções estruturais e orgânicas na classe trabalhadora, pois como dizia o poeta alemão Goethe “uma vez que se consiga uma coisa, há que reconquistá-la muitas vezes para possuí-la efetivamente.” (citado por Trotsky na obra “Stalin, o grande organizador de derrotas - A III Internacional despois de Lênin”). Também não ficaremos na expectativa para saber se a direita tentará se apropriar das manifestações de massa de 2014 em meio ao crescimento da insatisfação social e as vésperas das eleições presidenciais, dentro de nossos limites vamos tomar a iniciativa de disputar a consciência política das massas e o caráter de cada uma de suas lutas em favor da construção do partido da revolução socialista no Brasil.

sábado, 28 de dezembro de 2013

UCRÂNIA - DECLARAÇÃO DO CLQI

Derrota da União Europeia e EUA na batalha
pela Ucrânia acentua declínio da “pax estadunidense”
Declaração do Comitê de Ligação pela IV Internacional
Liga Comunista (Brasil),
Socialist Fight (Grã Bretanha),
Tendência Militante Bolchevique (Argentina)


O acordo da Rússia com a Ucrânia dissipou temporariamente as tensões que criaram a “EuroMaidan”, as manifestações em favor da recolonização da Ucrânia pela União Europeia (UE) na “Praça Maidan” (Praça da Independência), no centro da capital Kiev. Mas o atual talvez não dure meses podendo voltar em forma de guerra civil aberta em um futuro próximo ou já de um conflito de proporções mundiais, pavimentando o caminho de uma III Guerra Mundial.

Está marcada para abril uma nova ofensiva diplomática oficial da União Europeia sobre a Ucrânia. A onda de protestos foi uma resposta contra a negativa do atual governo ucraniano em aceitar as condições estabelecidas ao país em novembro pela Cimeira na Lituânia, no flanco oriental da UE, que pretendia celebrar a integração de seis ex-repúblicas soviéticas da Europa Oriental e do Cáucaso: Bielorússia, Ucrânia, Moldávia, Geórgia, Armênia e Azerbaijão ao bloco das 28 nações da UE.

sábado, 21 de dezembro de 2013

PARA REFLEXÃO DAS NOVAS GERAÇÕES DE LUTADORES

Sem partido, sem centralização política
da ação revolucionária, não há revolução
Do Especial 96 anos da Revolução Bolchevique 4/8, no Folha do Trabalhador # 19
Humberto Rodrigues
Dentre todos os socialistas e rebeldes sociais de toda sorte, incluindo os precussores anarquistas e os terroristas populistas, foram os bolcheviques os responsáveis por conduzir a luta de classes até a expropriação do capital. Isto não foi por acaso. Não foram as bombas populistas contra personalidades e instituições odiadas pelas massas, não foi a mera rebeldia espontânea, nem a “auto-organização” da população, concepções que voltaram a moda hoje, que catapultaram o movimento ao seu estágio superior e universal que a revolução de outubro atingiu. Foi um partido comunista de vanguarda da classe trabalhadora centralizado democraticamente e hierarquicamente disciplinado que dirigiu o maior passo dado pelas massas em toda a história da luta de classes. Sem teoria revolucionária, não haveria movimento revolucionário como já insistia Lenin mesmo antes da revolução de 1905, revolução que criou os sovietes.

Lenin aprimora suas concepções de “O Que fazer?” de 1902, quando teve como principais adversários o espontaneísmo, o tradeunismo e o populismo. Sob as ricas experiências do combate a degeneração social democrata, tanto dos mencheviques quanto da social democracia alemã, do curso do processo revolucionário de 1917 quando lança suas famosas “teses de abril”, da derrota da revolução alemã de 1918 e da própria guerra civil russa, as concepções se aprimoram e se desdobram nas principistas resoluções dos quatro primeiros congressos da III Internacional.

domingo, 15 de dezembro de 2013

FUTEBOL

Nem guerra entre torcidas!
Nem paz entre classes!
Antonio Junior, botafoguense, trotskysta, operário metalúrgico
e definitivamente um torcedor anti-CBF e anti-FIFA
Faixa da torcida organizada Resistência Coral
O campeonato brasileiro chega ao fim com o Cruzeiro campeão e Fluminense, Vasco, Ponte Preta e Náutico rebaixados para a segunda divisão.

Uma análise mais apurada do campeonato brasileiro nos mostra que a oscilação do campeão brasileiro de 2012 e agora rebaixado Fluminense é um retrato fiel do que aconteceu com Palmeiras, Corinthians, Grêmio e Flamengo. Os acordos de co-gestão do futebol feito pelo Fluminense com a Unimed, são semelhantes aos que foram feitos entre Palmeiras e Parmalat, Corinthians e MSI, Grêmio e Flamengo com a ISL. Todos esses acordos foram prejudiciais aos clubes que na grande maioria, acabaram rebaixados (exceto o flamengo).

GREVES NA AMBEV E PRYSMIAN NO ABC PAULISTA

Rompendo o cerco da burocracia cutista
Erwin Wolf
Após 18 dias de greve os trabalhadores da fábrica de cabos especiais de alta-tensão e fios da Prysmian, em Santo André (a Prysmian tem sua matriz na Itália, tendo quatro unidades no Brasil), conquistaram algumas reivindicações, como redução do desconto em razão de absenteísmo (falta ao trabalho) no cálculo no PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 100% para 25%, conforme noticiou o Diário do Grande ABC de 14/12/2013.

Ainda segundo o Diário do Grande ABC, o Tribunal Regional do Trabalho acenou com garantia de emprego de 90 dias aos grevistas.

sábado, 14 de dezembro de 2013

CAPITALISMO ASSASSINO

Copa serial Killer
mata mais dois operários

A medida que se aproxima da Copa, aumentam os ritmos de trabalho e o número de trabalhadores assassinados pela pressão dos capitalistas donos das construtoras. Mais dois trabalhadores foram assassinados pelo ritmo alucinado das obras voltadas para a Copa. Ambos os "acidentes" ocorreram no dia 14/12/2013 no Arena da Amazônia, em Manaus, capital da Amazônia.

A primeira morte ocorreu quando Macleudo de Melo Ferreira, cearense de 22 anos, natural de Limoeiro do Norte, funcionário contratado por uma terceirizada da construtora Andrade Gutierrez, estava colocando a membrana de proteção da cobertura da área lateral do Arena da Amazônia. Os trabalhadores estão submetidos à pressão intensa para trabalhar horas extras, e sem proteção adequada e sob privação de sono, para entregar o Estádio no prazo previsto, no próximo mês, janeiro de 2014, o acidente ocorreu de madrugada, às 4h da manhã. Nesta hora o companheiro despencou de uma altura de 40 metros em cima de uma cadeira do estádio. O operário chegou a ser encaminhado ainda com vida ao Pronto-Socorro 28 de agosto, na zona centro-sul da capital amazonense, mas não resistiu aos graves ferimentos e morreu.

TRABALHO ESCRAVO

Chega de exploração, expropriação
sem indenização dos escravocratas!
Davi Lapa e Humberto Rodrigues

Segundo levantamento do Ministério do Trabalho, as construtoras ocuparam o primeiro lugar entre os maiores flagrantes de exploração de trabalhadores em situação análoga à escravidão, em 2013. Das empresas que foram autuadas, as empreiteiras respondem por 66%.

Em geral, as pessoas tendem a acreditar que o trabalho escravo seja uma forma de exploração quase restrita a atividades ligadas a agropecuária, em desmatamento, carvão vegetal e silvicultura, que seja um modo de exploração do trabalho em extinção, nas fazendas, que seria um resquício isolado no interior do país. Ledo engano! O agronegócio lança mão sim do trabalho escravo, mas neste ano as fazendas ficaram em segundo lugar. Em terceiro lugar no levantamento, estão as fábricas de confecção que fornecem peças para varejistas como a Restoque, dona das marcas Le Lis Blanc e Bo.Bô, localizadas no coração das grandes metrópoles como São Paulo.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

PORQUE OS SINOS DOBRAM POR MANDELA

O regime capitalista pós-apartheid
sob a crítica da economia política marxista
Humberto Rodrigues


A África do Sul de Nelson Mandela,
renda e população por grupo racial, 1910 - 2010
Fonte: The Economist
Em 1985, David Cameron, o atual primeiro ministro conservador inglês, fazia parte da direção executiva da Federation of Conservative Students (FCS), a juventude do Partido Conservador, então sob o governo de Margaret Thatcher que, ao lado do governo de Israel, era a maior defensora do apartheid fora do governo sul africano. Sob a direção de Cameron, a FEC elaborou o cartaz que pregava: "Enforquem Nelson Mandela e todos os terroristas do CNA: eles são sanguinários". Ainda em 1989, quando Cameron estava trabalhando para o Departamento de Investigações do Partido Conservador ele foi a África do Sul com todas suas despesas pagas pelo regime do apartheid. Hoje, o primeiro ministro inglês diz que "Nelson Mandela foi um herói do nosso tempo."

A ultra-hipocrisia de Cameron é compartilhada pelo conjunto do imperialismo que apoiou ao apartheid sul africano assim como segue hoje apoiando ao sionismo israelense, as mais recentes encarnações do nazismo por regimes de Estado. Os funerais do ex-“terrorista” que deveria ser “enforcado” tornaram-se a mais importante homenagem política feita pela burguesia mundial em 2013, da qual participaram mais de 90 dos principais líderes de nações burguesas.

Obama, Cameron e Cia se apoiam em uma visão parcial acerca de Mandela comungada por milhões de pessoas simples que também prestam homenagem ao líder negro neste momento. A visão de que o fim do apartheid como regime de Estado foi produto unicamente do sacrifício de muitos lutadores negros, incluindo crianças, e das campanhas internacionais de solidariedade, greves e boicotes contra o apartheid. Estes elementos da luta de classes pressionaram pelo fim do apartheid, mas é ingenuidade não perceber que em um dado momento da luta o imperialismo e a própria burguesia branca compreenderam que era preciso ceder alguns anéis para não perder os dedos e acabar levando a melhor com essa concessão. Como provaremos abaixo, o fim do apartheid foi uma medida necessária e lucrativa para a burguesia racista branca sul africana e para o grande capital no mundo todo.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

PROFESSORES ESTADUAIS - SÃO PAULO

Dia 13, Todos à Assembleia na Praça da República
CONTRA O GOLPE DO CONCURSO
E REDUÇÃO DA JORNADA JÁ!
Derrotar os ataques do governo do PSDB e a política de colaboração da direção sindical que não quer lutar

Delegado da LC defendendo a Tese 3
no XXIV Congresso da APEOESP
Por indicação da Tese 3 do Movimento Unificado de Oposição Classista (MUOC) foi aprovado no XXIV Congresso da APEOESP a realização de uma Assembleia Geral da categoria, no próximo dia 13, sexta-feira. Esse é um passo importante, mesmo com as limitações e vacilações da direção sindical.

Para fazer vitoriosa essa mobilização, a categoria deve tomar em suas mãos essa luta. Organizar caravanas das escolas, levar faixas e cartazes com suas denuncias e reivindicações contra o concurso que esta golpeando mais de 300 mil professores. 

Vamos deliberar pela anulação ou pela reformulação total do concurso, sob o controle de uma comissão eleita pelos professores na assembleia.

Não vamos aceitar a tentativa do governo de usar o concurso para desmoralizar nossa categoria.

GANGSTERISMO DO PO ARGENTINO

Liga Comunista repudia agressões
do Partido Obrero contra a TPR

Camaradas da TPR,

Nos opomos incondicionalmente ao ataque físico desferido por comandos do PO contra o ato da TPR.

Nós compreendemos que essa agressão corresponde ao atual curso social democrata e oportunista do PO. Quanto mais frágil e contraditória é o conteúdo da política que o PO defende mais precisa blindar esta política por todos os meios até contra a mais tímida crítica vinda de sua esquerda. Sendo assim, não é por acaso que apela para métodos mafiosos típicos da própria burocracia sindical que assassinou Mariano Ferreyra.

sábado, 7 de dezembro de 2013

AFRICA DO SUL

A luta pela libertação do proletariado africano
e o verdadeiro legado de Mandela

Há motivos de sobra para a mídia mundial realizar agora toda esta adulação a figura de Mandela. Não se trata apenas de demagogia em torno de um líder popular. Tampouco estão se apropriando de um dirigente revolucionário para descaracterizá-lo e usá-lo para seus interesses. Embora pessoas do mundo todo identifiquem o líder negro, falecido no dia 05 de dezembro de 2013, como um lutador que pôs fim ao hediondo regime do apartheid, a política executada por Mandela principalmente depois que assumiu o poder em seu país em 1994 é bem distante destas legítimas aspirações. 

Na década de 1960, Mandela, então membro do Comitê Central do PC sul africano na clandestinidade, defendia a construção de um exército revolucionário que ganhasse o apoio popular para derrotar o apartheid pela via guerrilheira armada. Foi preso e condenado a prisão perpétua em 1964. Ele é solto somente em fevereiro de 1990, em plena restauração capitalista nos Estados operários do Leste Europeu, elemento que influi em seu giro político em direção a conciliação e a transição política pactuada com o regime do apartheid.

O "fim do apartheid" preservou e desenvolveu o capitalismo para que o acirramento da guerra civil no país onde a dominação imperialista assumiu claramente ares nazi-sionistas não descarrilhasse em uma situação pré-revolucionária. A política da frente popular, impulsionada pelo stalinistas do PC e pelos reformistas sul africanos do CNA desviou a luta de classes para uma transição pactuada para um regime de sociedade entre a velha elite branca e uma nova elite burguesa negra. A poderosa luta anti-apartheid foi desviada não para uma "democracia racial" mas para a criação da mais desigual nação do planeta, que recentemente ultrapassou a Namíbia e o Brasil. 

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL

PAC, COPA, Minha Casa Minha Vida, Especulação Imobiliária... Alicerçados na exploração sangrenta dos trabalhadores da construção civil
Davi Lapa, operário da construção civil e militante da LC

Nos últimos dias com os acontecimentos da morte de 02 operários vem trazer a tona, a vergonhosa exploração do capital sobre o trabalho no setor da construção civil. As empresas desse setor, tem obtido lucros vultosos à custa da rotatividade de mão de obra, baixos salários, terceirizações com salários ainda mais baixos, tudo isso com apoio e incentivo do governo do PT, e acobertado como sempre por Sindicatos pelegos, como o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo (Força Sindical) e pela Mídia nacional que não mede esforços para transformar esta tragédia dos operários e suas famílias, em bajulações interesseiras, para que nada atrapalhe a realização da Copa do Mundo da FIFA.

Os trabalhadores da construção civil estão pagando com a própria vida, a ganância das construtoras, em todos os setores desde grandes obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), hidrelétricas, estádios de futebol para Copa do Mundo, as obras mais simples como do programa Minha Casa Minha Vida, já chegamos ao triste índice médio de 400 mortes anuais.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

TEORIA MARXISTA - PARA ENTENDER A REVOLUÇÃO 8/8

O que foi a revolução bolchevique?
Do especial 96 anos da revolução bolchevique, no Folha do Trabalhador #19

Trotsky, discursa, abaixo no palanque: Lenin e Kamenev
O acontecimento da grande revolução bolchevique está a quatro anos de completar um século. Ela ocorreu no dia 7 de novembro de 1917. Foi o maior passo dado pelos trabalhadores em toda sua luta contra as classes dominantes. E este passo fundou pela primeira vez na história o primeiro Estado dos trabalhadores. Ele se chamou União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), ou simplesmente União Soviética.

Esta revolução social foi possível pela fusão entre a consciência teórica dos objetivos estratégicos da luta e os próprios trabalhadores em luta contra a guerra entre as grandes nações burguesas, contra o imperialismo, contra o latifúndio e contra o capital. Esta consciência foi adquirida pelos dirigentes da luta que estudaram e compreenderam as experiências das lutas anteriores, aprendendo com seus erros e seus acertos. Os principais dirigentes deste partido bolchevique e desta revolução foram Vladimir Lenin e de Leon Trotsky. Organizados neste partido os trabalhadores tomaram a força, dos representantes dos patrões, o poder político e os seus locais de trabalho.

domingo, 1 de dezembro de 2013

XXIV CONGRESSO DA APEOESP 3/3

Crise interburocrática abre o caminho para aprovação do plano de lutas do Movimento Unificado de Oposição Classista, MUOC
Construir uma forte Assembleia no dia 13/12 contra o
concurso-fraude tucano e pela redução da jornada de trabalho!

Militante da LC (no destaque) e delegado do
MUOC, tese 3, discursa para a
Plenária final do XXIV Congresso da Apeoesp
O Congresso da APEOESP teve um desfecho imprevisível, mas extremamente favorável ao MUOC, a partir da crise interburocrática entre os dois blocos dirigentes do sindicato.

A expressão concreta desta situação mais propícia a nossa agitação e propaganda está no fato da Articulação ter sido obrigada a deliberar por uma Assembleia da APEOESP para o dia 13 de dezembro, tendo como ponto de pauta o repúdio ao concurso, ou seja, a aprovação formal de uma proposta defendida até então exclusivamente pelo MUOC no Congresso.

Vale lembrar que até a plenária final do Congresso, o conjunto da burocracia contava vantagem que o Concurso fraudulento tucano era uma conquista de nossa categoria e queria impor um calendário de desmobilização que constava apenas de um ato sobre a jornada do piso em 06 de dezembro e a primeira assembleia pós-Congresso ficaria somente para março ou abril de 2014.

Todavia, contrariando os planos da burocracia, foi aprovada a proposta defendida insistentemente pelo MUOC na nossa defesa de tese para o plenário, nos grupos de debate, na plenária final e no boletim que distribuímos no Congresso.

Mas, obviamente, isto não quer dizer nem deve ser nutrida qualquer ilusão que a Articulação vai encaminhar de forma real o conteúdo de nossa política.

O BLEFE DIVISIONISTA DA MINORIA DA DIREÇÃO
PROVOCA RECUO DA ARTICULAÇÃO, MAS...

A crise interburocrática foi desatada quando o setor minoritário da direção, PSTU, PSOL e grupos de pressão que orbitam em torno destes partidos oportunistas, apela paro blefe da ruptura com o sindicato e retira-se da Plenária Final do Congresso, supostamente reivindicando mais democracia no Congresso, mas verdadeiramente exigindo em negociações paralelas um recuo das pretensões da Articulação de aumentar o controle do Conselho Estadual de Representantes (CER, instância controlada pela Articulação) sobre as subsedes (de acordo com a proposta de substituição do artigo 48 do Estatuto da APEOESP que consta na página 15 da tese 1, assinada pela Articulação e ArtNova), o que aflinge profundamente estes setores burocráticos minoritários da direção, controladores de algumas subsedes, e viciados nos privilégios do aparato burocrático após mais de uma década de co-gestão com a Articulação.

HORÁRIO DE VERÃO

Economia de energia duvidosa, lucrativo para os patrões
E mais sufoco para a população trabalhadora
Pelo fim do horário de verão!
Pela redução da jornada de trabalho!

Os governos justificam a adoção do horário de verão em nome da economia de energia. Foi instituído para durar quatro meses, começando no terceiro domingo de outubro e se prolongando até o terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte. Em 2013, começou no dia 20 de outubro e vai até o dia 16 de fevereiro de 2014. Foi adotado pela primeira vez em 1931, abrangendo todo país. Depois foi suspenso por várias décadas. Voltou a ser adotado nacionalmente em 1985, mas sua abrangência vem sendo sucessivamente reduzida até hoje ser usado em 10 Estados mais o Distrito Federal. Em 2011, a Bahia aderiu ao Horário de Verão, mas a população reclamou e desde 2012 o Estado não participa mais desde 2012. O Tocantins aderiu em 2012, mas voltou atrás em 2013.

A medida, criada em países localizados em regiões de grande latitude (acima de 45 graus do Equador), onde há grande variação da duração de dias e noites ou que possuem muitos dias do ano sem sol, não se justifica em países equatorianos como o Brasil cuja maior latitude sul é 33 graus. Não é por acaso que o Brasil é o único país localizado abaixo da linha do Equador que utiliza o horário de verão.