sábado, 11 de agosto de 2012

OLIMPÍADAS DE MUNIQUE, MOSCOU, LOS ANGELES E LONDRES

Um triste e melancólico espetáculo de degeneração imperialista do esporte
As Olimpíadas que se realizaram na capital do famigerado Império Britânico constituem a continuação de um processo que já vem de longa data de perversão do chamado “espírito Olímpico” e do que deveria ser uma festa de congregação das nações através de atletas, que demonstrariam suas capacidades adquiridas ao longo de treinamentos fruto de políticas estatais de seus países de apoio a atividade desportiva. Longe de ser alienador, o esporte promove a saúde física e mental da juventude – quando bem conduzido – afastando-a da alienação das drogas e integrando as comunidades, preferencialmente as mais carentes, onde o Estado deveria investir mais pesado na promoção do desporto em todas suas modalidades. Todavia, o esporte tem servido à publicidade burguesa e à lavagem de dinheiro, e os atletas, sabidamente, fazem uso de esteróides e anabolizantes, criando corpos deformados, como o do americano Michael Phelps, que tem os braços em proporções muito maiores que a maioria dos seres humanos, não por “genética”, mas pelo uso desde a infância de hormônio de crescimento. Tudo em nome da “competitividade”, valores capitalistas que jogam as favas o verdadeiro intuito das Olimpíadas.

O Brasil vive um processo de favelização, em que os campos de futebol dos bairros operários e favelas viram pontos de consumo e venda de entorpecentes, exercendo o papel oposto pelo vértice para aquilo que foram criados. Não recebem manutenção e não tem orientadores, professores de educação física, que eduquem a juventude dos bairros à prática salutar do esporte.


Os profissionais da educação física, diante da proletarização violenta da profissão de professor, ambicionam cada vez mais serem “personal trainers”, atuando em academias da classe média e da burguesia, alimentando o “culto da beleza e juventude eternas”, jogo que a mídia burguesa bombardeia a juventude; não raro, esses profissionais recorrem ao uso de esteróides e anabolizantes, substâncias que não promovem a força muscular, mas simplesmente o “inchamento” da musculatura – com terríveis conseqüências hepáticas e cardíacas, que não raro levam o aluno à morte prematura – e que são qualquer coisa menos prática desportiva. A profusão de povos que compõem nosso país com sua profunda miscigenação fortalece a capacidade de termos atletas de alto nível. Infelizmente, os sucessivos governos não investem no esporte e apesar de termos melhorado nosso rendimento no quadro de medalhas nos jogos Olímpicos das últimas décadas, ainda somos um país fraquíssimo no âmbito dos jogos, expressando nada mais que a condição semi-colonial do Brasil.

POLÍTICA E OLÍMPIADAS:
A FALTA QUE NOS FAZEM OS ESTADOS OPERÁRIOS

As potências burguesas, desde Adolf Hitler em 1936 com sua tentativa de fazer uma “Alemanha ariana” super vencedora, no mega estádio Olímpico de Berlim tentaram caracterizar a política dos Estados Operários, em particular da União Soviética, de fazer “uso político” das Olimpíadas como “propaganda do seu regime”. Contrariando suas pretensões propagandísticas racistas, o nazismo teve que assistir a vitória de vários atletas negros americanos, em especial Jesse Owens, ganhador de quatro medalhas como no atletismo de corrida de velocidade.

A URSS e os Estados Operários certamente investiam muito em esporte, como política de Estado de lazer, educação e entretenimento saudável de sua juventude, afastando-a das drogas e outros contra valores humanos e operários. A prática desportiva estava em todas as escolas do Leste, os campos de todas as modalidades desportivas espalhados por todos os bairros com profissionais que treinavam atletas para as competições nacionais e internacionais. Isso levou a hegemonia no quadro de medalhas da URSS e da Alemanha Oriental durante décadas, muito a frente dos Estados Unidos, para a fúria dos capitalistas estadunidenses, que também usaram do preparo desportivo com conotações racistas e junto às universidades, às quais uma parcela pequena do povo – da pequena e da grande burguesia – somente têm acesso. Somente alguns membros do proletariado negro entram no ensino superior, justamente se demonstrarem habilidades excepcionais no esporte, ganhando “bolsas” com o compromisso de ganhar medalhas para o Tio Sam, sendo muitas vezes cobaias de substâncias químicas que lhes fazem “aumentar o rendimento”. É o vale tudo da propaganda capitalista. Sempre fizeram acusações falsas de que a URSS era uma usina de “atletas químicos”, fatos nunca comprovados, para a humilhação dos EUA.

Quadro histórico de medalhas antes das olimpíadas de Londres
Mesmo sobre o covarde ataque e gloriosamente derrotado dos EUA sobre o povo do Vietnã, a URSS nunca boicotou qualquer jogos Olímpicos, e quase invariavelmente saía como a vencedora do quadro de medalhas, também não raro colocando os EUA em 3º lugar atrás da Alemanha Democrática, que investia pesado no esporte, educação e saúde da juventude (nunca custa lembrar que Christiane F., a famosa viciada em heroína, estava do lado OCIDENTAL do muro de Berlim... provando que a “juventude química” estava no Ocidente capitalista, tomando heroína...). Mas foram os estadunidenses os primeiros a boicotar uma Olimpíada por razões “políticas”....

MUNIQUE - 1972:
UMA OLIMPÍADA TRISTE E GLORIOSA

Mas antes de irmos a 1980, com a maior Olimpíada de todos os tempos, não podemos deixar de recordar aqui os fatos acontecidos em 1972 em Munique, na Alemanha Ocidental. Um de caráter político outro de caráter desportivo.

Foi em Munique que uma fração da OLP que havia sido expulsa da Jordânia pelo Rei Hussein, no mês de setembro, adota a denominação “Setembro Negro” em referência aos quase 20 mil palestinos mortos em setembro de 1970 devido à perseguição desferida por este lacaio do imperialismo. As Olimpíadas eram realizadas justamente no mês de setembro e no dia 05 deste mês, em Munique (1972) a organização invade a sede da delegação olímpica israelense, mantém os atletas reféns e acabando por executar onze desportistas da Entidade Sionista.

Como comunistas respeitamos e admiramos a coragem de grupos que arriscam a vida pela liberdade de seus povos, enfrentando-os com sua coragem somente contra um infinito poder militar edificado pela grande burguesia mundial. Defendemos incondicionalmente os guerrilheiros perseguidos pelo Estado sionista e pelo imperialismo, mesmo não concordamos com os métodos do terrorismo individual, que aparta da luta massas os lutadores abnegados e por vezes só fazem aumentar a repressão dos algozes. Mesmo Steven Spielberg, cineasta de origem judaica e historicamente patrocinado pela grande burguesia sionista dos EUA no filme “Munique (2005)” foi obrigado a demonstrar – de forma politicamente correta e bastante contida – parte do que foi a sangrenta caçada do serviço secreto de Israel, o Mossad, que massacrou dezenas de “suspeitos” de terem participado dos eventos de Munique, mortos a sangue frio sem qualquer julgamento pela “única democracia do Oriente Médio” (sic!).

A mídia imperialista que antes naturalizou o massacre dos 10 mil palestinos e depois justificou o massacre do “Setembro Negro” acusou a delegação da URSS de “cúmplice” dos guerrilheiros palestinos. A rivalidade também esportiva entre EUA e URSS foi então incrementada pelo episódio nestas olimpíadas atraindo atenção, sobretudo para uma disputa travada nas quadras de Munique.

O basquetebol é uma modalidade esportiva notadamente estadunidense na qual eles são praticamente invencíveis, com uma tradição de longa data. Desde 1936 ganhavam todas as medalhas de ouro olímpicas nesta competição coletiva, várias e várias vezes tendo que engolir a prata dos soviéticos, que mesmo sem tradição chegavam às finais invariavelmente. Em Munique, mais uma vez, a disputa do ouro se deu entre URSS e Estados Unidos, numa partida eletrizante. Faltavam apenas três segundos para acabar a partida e os norte americanos venciam por apenas um ponto de vantagem. Num lance espetacular um jogador da equipe capitaniada por Serguei Aleksandr Belov, em dois segundos encesta os EUA e a URSS conquista o ouro, quebrando a hegemonia decenal dos americanos (vídeo da final de basquetebol EUA X URSS, 1972).

A arrogância do Tio Sam não permitiu que eles reconhecessem a derrota e acusaram o árbitro de erro e não foram ao pódio receber a prata, que continua depositada na sede do Comitê Olímpico Internacional até os dias de hoje.

MOSCOU - 1980:
A MAIOR OLIMPÍADA DE TODOS OS TEMPOS E O BOICOTE DOS EUA

As duas cidades que haviam perdido a indicação para os jogos de Montreal em 76 foram as únicas a se candidatarem às Olimpíadas de 1980: Los Angeles, nos EUA e Moscou. Por 39 a 20 votos, em 74, o Comitê Olímpico Internacional escolheu Moscou, tendo os EUA logo anunciado o primeiro grande boicote aos jogos da História das Olimpíadas. O Comitê ficou temeroso da própria extinção dos jogos.

Jimmy Carter, o “Prêmio Nobel da Paz” (sic!) foi o artífice do boicote, incitando todo o bloco ocidental a acompanhar os EUA. O boicote se deu sob a desculpa da ocupação soviética nos Afeganistão. A derrota no Vietnã ainda estava na goela podre do governo estadunidense.

Escritores que nada tem de pró-sovieticos, nos livros “O Livreiro de Cabul” e “O Caçador de Pipas” são unânimes em relembrar os tempos do governo afegão pró-soviético como um período de liberdade – isto mesmo, liberdade – incomum naquele rochoso país esquecido pelo capital, miserável e famélico. Pela primeira vez havia uma carta de leis garantindo direitos civis, liberdade religiosa e principalmente, a maior obra do governo pró-URSS no país, a educação e alfabetização em massa da juventude, particularmente das mulheres, oprimidas pelo ostracismo doméstico, às burcas e coisas que o valha, por regimes fundamentalistas que contrariam até o próprio Islã, refletindo tradições arcaicas tribais de um machismo inaudito.

Enquanto a burocracia stalinista ocupou o Afeganistão para assegurar o controle das fronteiras asiáticas da URSS, fonte de seu parasitismo, os Estados Unidos não podiam suportar que seus inimigos levassem o progresso humano e científico, trouxessem a erradicação do analfabetismo e aumentassem em larga escala a qualidade de vida de um povo miserável, quando sobre suas costas pesava o genocídio do povo vietnamita, as bombas de napalm e a flagrante derrota pela resistência heróica do Vietnam pela sua autodeterminação como nação. Isso era demais para o orgulho e soberba do Tio Sam. A solução, enquanto ainda não fora aprovada no Congresso americano a ajuda militar e financeira à guerrilha islâmica, opositores do soviéticos que defendiam a volta dos costumes bárbaros, não tinha sido aprovada, foi boicotar os jogos de Moscou. Os estadunidenses acabaram aliando-se aos guerrilheiros islâmicos, armando-os até os dentes e enchendo suas burras de dinheiro para depois beber do próprio veneno no 11 de setembro. A História sempre cobra seu preço...

É válido lembrar também que se para o imperialismo o investimento em guerras e forças destrutivas é um dínamo propulsor de sua macabra economia, a guerra no Afeganistão para o Estado operário burocratizado foi a gota d água de sua exaustão econômica.

Nas olimpíadas de Moscou, o boicote americano foi, de certa forma, um fracasso. Somente a Alemanha Ocidental e o Japão aderiram a ele. Aliados históricos como a própria Grã-Bretanha e França foram aos jogos, competindo não sob sua bandeira nacional, mas sob a bandeira olímpica. Na abertura dos Jogos, em 19 de julho de 1980, a delegação soviética lamentou o boicote com a frase “ó jogos, tu são a paz”. Como tradição, são hasteadas as bandeiras Olímpicas, do país sede e do país que vai sediar as próximas competições; no lugar da bandeira americana os soviéticos hastearam a bandeira branca da paz ao som do hino nacional estadunidense, cantado em plena Moscou...

O Estado Operário deu um espetáculo no verdadeiro espírito olímpico nunca antes visto pela humanidade em tempo algum. As Olimpíadas de Moscou impactaram o mundo todo, mesmo com o boicote da imprensa norte-americana. A abertura foi a primeira em que se apresentou um espetáculo de proporções colossais de beleza, música, plasticidade e dança, no estádio Luzhniki, antigo estádio Lênin.

O símbolo das Olimpíadas de Moscou, o mascote “Mischa”, apelido de Mikail, um ursinho (o urso sempre foi o símbolo da Rússia) foi o primeiro mascote olímpico a ganhar fama internacional e a paixão e admiração dos povos, principalmente das crianças. A URSS difundia pacificamente o esporte por todo o mundo, de uma forma bela e impactante. Na cerimônia de abertura um painel móvel composto por placas coloridas, Micha derrama uma lágrima. A imprensa da ditadura no Brasil manipulou as imagens, mostrando esta cena magnífica – que significava o lamento soviético pelo boicote aos jogos – na cerimônia final, afirmando que Mischa “chorava pelo fim dos jogos”...

A organização impecável e a superioridade absoluta dos Estados Operários no quadro de medalhas, a mensagem de paz e de verdadeiro espírito olímpico marcaram para sempre Moscou como os maiores Jogos Olímpicos de todos os tempos. Mischa tornou-se o mais famoso mascote olímpico, lembrado por todas as gerações que viram aquele maravilhoso evento. Mesmo as empresas americanas, como a Kellogs, vendiam “figurinhas” de Mischa, que todos nós que éramos crianças na época colecionávamos. Mischa tornou-se o mascote de todas as Olimpíadas, em todos os tempos.

LOS ANGELES - 1984:
A DEFORMAÇÃO DOS JOGOS COM A AUSÊNCIA DA URSS

O governo burocrático da URSS infelizmente paga na mesma moeda e boicota as Olimpíadas de Los Angeles, nos EUA. Perdeu a chance de dar um tapa de luva nos EUA e derrotá-los em sua própria pátria, levando o espírito olímpico, sempre renegado pelos estadunidenses, à pátria mãe do imperialismo.

Com a ausência da URSS e sua não intervenção temporária no Comitê Olímpico, as potências imperialistas fazem mudanças que deformam de vez os jogos. Até então, só atletas amadores eram permitidos participarem dos jogos; partir de 84, profissionais são admitidos. Foi quando o Brasil pode enviar o Internacional de Porto Alegre, um time profissional, para representar a seleção brasileira. Atletas super treinados e pagos a peso de ouro, usuários sabidos de substâncias químicas para alterar seu desempenho passam a participar dos jogos.

Mesmo assim, tendo os EUA ganho quase todas as medalhas em Los Angeles, a URSS permanecia impávida como a primeira colocada no quadro de medalhas na História do jogos, mesmo não tendo participado de vários deles e sempre mandando atletas amadores, o que fez até o seu colapso. A memória da postura do Estado Operário soviético nos jogos olímpicos será eternamente considerada como a mais conforme ao espírito olímpico que rege a competição.

Muitos poderão dizer que este texto é uma grande apologia ao stalinismo. Nada mais falso. Nós comunistas de fato não comemoramos o fim do Estado Operário, mesmo sob o comando da casta parasitária burocrática, como fazem os renegados do trotskismo da LIT (PSTU), Partido Obrero argentino, FT (PTS-LER), Workers Power britânico, etc.

DESENVOLVIMENTO DESIGUAL E COMBINADO,
A TEORIA DA REVOLUÇÃO PERMANENTE FRENTE A RESTAURAÇÃO CAPITALISTA
E O DESEMPENHO NAS OLIMPÍADAS DOS PAÍSES QUE REALIZARAM TAREFAS DEMOCRÁTICAS
E NACIONAIS VIA EXPROPRIAÇÃO DA PROPRIEDADE PRIVADA

Até as olimpíadas de 1984, quando os atletas competidores ainda eram amadores, o quadro de medalhas refletia quase diretamente o investimento universal de cada Estado no esporte. Hoje, com a possibilidade de poder competir com atletas profissionais, criados para esta função propagandística desde a infância, como Phelps, esta expressão é imensamente mais deformada e desigual entre as nações. Como os Estados imperialistas parasitam as riquezas dos demais países capitalistas para seus cofres, podem prover um investimento imensamente maior em seus atletas, que também são patrocinados pelas matrizes das grandes corporações multinacionais. Assim, a competição aparentemente com as mesmas regras na hora das olimpíadas é completamente injusta na preparação dos competidores. Aplicando as concepções revolucionárias permanentistas ao caso, nós da Liga Comunista entendemos que para os países semi-coloniais e dominados pelo imperialismo, a solução verdadeira e completa de suas tarefas democráticas e nacionais só é concebível por meio da ditadura do proletariado e portanto, somente os países que atravessaram uma ditadura proletária (mesmo burocratizada ou deformada) conseguiram um genérico avanço relativo para suas equipes de atletas.

O fim dos Estados Operários foi uma derrota histórica para classe operária, com a restauração capitalista. Estamos convencidos disso. Basta ver que mesmo não sendo Estados imperialistas como EUA, Inglaterra, Alemanha, França e Japão, no quadro de medalhas de Londres, China e Rússia ainda se destacam, todavia hoje como Estados capitalistas pelo simples fato de que possuem a vantagem sobre as outras semi-colônias e até sobre alguns países imperialistas de que quando foram Estados operários terem realizado uma série de tarefas da revolução burguesa (fim do analfabetismo, reforma agrária, superior investimento estatal na educação e esporte, etc.).

Vale também destacar que pelo mesmo motivo, apesar de terem retrocedido econômico e culturalmente com a restauração capitalista que sofreram, países como Hungria, Cazaquistão, Ucrânia e Bielorússia, República Tcheca estão entre os 23 melhores colocados no quadro de medalhas de Londres. Coréia do Norte e Cuba, os dois últimos Estados operários deformados remanescentes do século XX, apesar do intenso bloqueio que sofrem, com territórios e população bem menores que o Brasil, por exemplo, também estão entre os melhores medalhistas.
Quadro final de medalhas de Londres, dos 23 países com mais medalhas de ouro, 9 foram semi-colônias que passaram por revoluções sociais

Dos 23 países com mais medalhas de ouro em Londres, nove foram semi-colônias que passaram por revoluções sociais, demonstrando que a expropriação da propriedade privada dos meios de produção - apesar da burocracia stalinista cuja política de "convivência pacífica" com o imperialismo pavimentou o caminho da restauração - possibilita (notado aqui apenas em forma de resquício) um enorme salto adiante para nações que um dia se viram livres da exploração capitalista e do parasitismo imperialista. Novas revoluções, com a construção de verdadeiros Estados Soviéticos, reconstruirão cenários muito mais belos que os mencionados acima, possibilitando um desenvolvimento superior e harmônico das capacidades humanas.

Yuri e Humberto