segunda-feira, 4 de setembro de 2017

SIONISMO

O falso “anti-semitismo de esquerda”
no Partido Laborista da Grã Bretanha

Gerry Downing, Socialist Fight, publicado no Folha do Trabalhador 28
Original and full text in English
Em 26 de julho, o jornal Jewish Chronicle sinalizou que estava retomando sua caça às bruxas racista contra o ex-deputado de Brent East e ex-prefeito de Londres, Ken Livingstone, e contra a esquerda trabalhista inteira. O artigo foi obviamente “plantado” por fontes de direita do laborismo. Desgraçamente, Jeremy Corbyn disse em abril passado: “A incapacidade do Sr. Livingstone em pedir desculpas por comentários ‘grosseiramente insensíveis’ foi profundamente decepcionante”. Os sionistas estão exigindo sua expulsão porque ele falou a verdade sobre a relação entre o sionismo e os nazistas antes e nos primeiros anos da Segunda Guerra Mundial.

O artigo diz:
“Ken Livingstone está enfrentando uma nova investigação pela comissão disciplinar do Partido Trabalhista sobre os comentários que fez desde que ele foi suspenso do partido por vincular Adolf Hitler com o sionismo. As fontes trabalhistas confirmaram ao JC que outra sonda no ex-prefeito de Londres ‘está em andamento’. Diz-se que se centra em reclamações contra o Sr. Livingstone desde que ele foi primeiro suspenso do partido em junho de 2016 e também a sua incapacidade de demonstrar algum remorso. Se for considerado culpado das novas acusações, o Sr. Livingstone quase certamente enfrentará a expulsão do partido”.
O artigo diz que as acusações se relacionam com as observações da mídia que ele fez depois da suspensão, como “você não pode pedir desculpas por dizer a verdade”. O presidente do Movimento Trabalhista Judaico, um poderoso lobby dentro do laborismo, é Jeremy Newmark, um sionista racista de extrema direita. Em 2013, ele ajudou em um caso de falso anti-semitismo contra o University and College Union (UCU), que ultrajava tanto o juiz Anthony Snelson que ele observou que a evidência de Newmark era: “falsa, absurda, extraordinariamente arrogante e perturbadora”.

Jonathan Arkush, presidente do Conselho de Deputados dos judeus britânicos, disse em 2016: “existe um problema real de anti-semitismo na extrema esquerda, que agora eclipsa o anti-semitismo que sempre vimos vindo da extrema direita”. Certamente que o verdadeiro anti-semitismo fascista da extrema direita é pior do que o suposto “anti-semitismo” da esquerda, farsa que de forma ultrajante o sionismo tenta atribuir a toda crítica ao estado racista de Israel.

Os EUA decidiram financiar o Batalhão Azov, os fascistas banderistas modernos da Ucrânia em janeiro de 2016. Isso enfureceu o Centro Simon Wiesenthal em Jerusalém:
“Este passo não é surpreendente para qualquer um que tenha acompanhado o crescente perigo de distorção do Holocausto na Europa pós-comunista, e especialmente nos países bálticos, na Ucrânia e na Hungria. Nos últimos anos, os Estados Unidos deliberadamente ignoraram a glorificação dos colaboradores nazistas, a concessão de benefícios financeiros àqueles que lutaram ao lado dos nazistas e a promoção sistemática do boatos [canards] de equivalência entre crimes comunistas e nazistas por parte desses países por causa de fatores diversos e interesses políticos”.
Esses fascistas são as pessoas que a “extrema esquerda do laborismo” vem eclipsando de acordo com Arkush, mas não de acordo com o Centro Simon Wiesenthal.