sábado, 31 de outubro de 2015

BALANÇO DA GREVE DOS TRABALHADORES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

O que perdemos? Por que vencemos?
Raimundo Dias, trabalhador do INSS, membro da FCT e colaborador do Folha do Trabalhador

Seis anos após a greve de 2009 do INSS, quando a categoria saiu totalmente desmoralizada em virtude da derrota sofrida, os trabalhadores da Previdência Social se levantaram novamente em greve por reajuste salarial, condições dignas de trabalho e contra a política salarial do governo em relação às aposentadorias.

Esta greve foi diferente das demais em todos os aspectos: representou a ruptura com o quadro de letargia dos últimos anos, radicalizou-se pela base, inclusive com a adesão espontânea de gerentes, e aconteceu no momento em que o governo promove uma grande ofensiva contra os direitos trabalhistas e previdenciários do conjunto da classe trabalhadora.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

BALANÇO DA GREVE NACIONAL DOS BANCÁRIOS

Aliança patronal-pelega impede a
forte greve dos bancários de conquistar mais

V. ativista da frente sindical "Avante, bancários!"

A greve nacional dos bancários em 2015, que durou 21 dias, reúne vários elementos que apontam para uma avaliação de vitória no aspecto político, em comparação com a campanha salarial do ano passado. Já no plano econômico, foi o pior reajuste das últimas campanhas, pois o aumento real é de míseros 0,12%.

A derrota econômica e política da greve de 2014 animou o governo e os banqueiros a avançarem nos planos de privatização da Caixa Econômica Federal (abertura do capital da Caixa Seguridade), no assédio moral sistemático e cobrança de metas em todos os bancos (metas individuais na Caixa e no BB) e ainda desatou uma perseguição política contra a atuação sindical de ativistas, como Juliana Donato (BB), ativista da oposição bancária de São Paulo.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

MARXISMO E ANARQUISMO I

Em defesa da Revolução Proletária, desmascarando a mitologia makhnovista na revolução russa

Reproduzimos abaixo um documento do camarada turco Zuo Lecra, a qual consideramos a mais completa refutação marxista dos mitos anarquistas e liberais sobre Kronstadt e Makhno fabricados contra o bolchevismo

Com a Revolução Russa próxima de completar um século, correntes de diversos matizes políticos continuam a empreender uma verdadeira cruzada contra o bolchevismo e os principais líderes da Insurreição de Outubro - Lênin e Trotsky. Os anarquistas, em particular, não se cansam de repetir os velhos mitos já derrubados pela história. Como se sabe, durante o longo processo revolucionário na Rússia, o Partido Bolchevique foi a única fração que ofereceu de fato uma direção revolucionária aos trabalhadores e pôs um fim definitivo na questão da dualidade de poder; os anarquistas ou se esconderam em seu reduto periférico ou atuaram em união com os bolcheviques. Após a revolução, uma parcela dos que se proclamavam "anarquistas", alheios ao processo revolucionário de 1917, passou para o lado da reação contra-revolucionária com a intenção de derrubar o nascente Estado operário e o poder soviético. De todos eles, o movimento de Makhno na Ucrânia (1918-21) e a malfadada rebelião de Kronstadt (1921) são apresentados ainda hoje como alternativas "revolucionárias" ao bolchevismo. Ambos os episódios continuam gerando uma enorme polêmica e despertando até mesmo a curiosidade e simpatia dos setores mais reacionários da burguesia.[1] Não sem razão, Trotsky declarou em 1938 que a rebelião de Kronstadt parecia não ter ocorrido há dezessete anos, mas apenas ontem... O que diria hoje o velho dirigente bolchevique quando as inúmeras falsificações reproduzidas ao longo do tempo transformaram-se praticamente num mito?

MARXISMO E ANARQUISMO II

O golpe militar na fortaleza de Kronstadt 
Reproduzimos abaixo uma elaboração do camarada turco Zuo Lecra, a qual consideramos a mais completa refutação marxista dos mitos anarquistas e liberais sobre Kronstadt e Makhno fabricados contra o bolchevismo
A rebelião de Kronstadt é, sem dúvida, um dos episódios mais explorados pelos oportunistas de todos os matizes políticos para atacar Lênin e Trotsky e assemelhá-los à figura grotesca de Stálin. Os críticos identificam os elementos desmoralizados que tomaram parte na rebelião como "revolucionários", porém, não é o que confirma as centenas de documentos encontrados por diversos historiadores - entre eles burgueses e anarquistas. Esses indivíduos tomaram o poder de uma fortaleza fortemente armada e fizeram numerosos reféns, encarcerando-os e ameaçando-os de morte; mantiveram até mesmo contato com as forças Brancas situadas no estrangeiro. A maioria dos anarquistas proclamou a rebelião como uma "Terceira Revolução", não há dúvida que se os bolcheviques tivessem esperado um pouco mais para sufocá-la haveria a "Quarta Revolução" e, diante da situação incontrolável, o retorno inevitável ao antigo regime - só que desta vez ainda mais cruel e brutal. Como na Espanha, os anarquistas chorariam o sangue derramado e passariam os anos seguintes lamentado-se do fracasso dessa suposta "Terceira Revolução".

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

SOBRE A QUESTÃO DO REGIME DE PARTIDO 1

Centralismo democrático,
greves e militância trotskista

Documento do Congresso da FCT proposto por Humberto Rodrigues, elaborado a partir do documento “A consciência de classe e o partido revolucionário”, de Gerry Downing, do Socialist Fight britânico, publicado na Revista “En Defesa del Trotskismo” #3, inverno de 2011-2012.

O Centralismo Democrático deve ser mais democrático e menos centralizado quanto mais democrático for o regime político do país onde ele se desenvolve. O regime partidário está condicionado então ao grau de liberdades públicas existentes, e da relação de forças entre os trabalhadores, a burguesia e seu Estado. Centralismo e Democracia não são elementos contraditórios ou inflexíveis. São variáveis que se combinam a partir da discussão livre e da ação centralizada da militância, estabelecendo um regime partidário onde a disciplina seja justa às necessidades do partido de combate em cada momento da luta de classes. A função do regime centralista democrático é propiciar as condições para a elaboração e execução do programa partidário que deve expor aos oprimidos a verdade para abrir-lhes o caminho para a revolução.

domingo, 11 de outubro de 2015

A 3A GUERRA MUNDIAL E AS TAREFAS DOS TRABALHADORES REVOLUCIONÁRIOS

A III Guerra Mundial e as tarefas
dos trabalhadores revolucionários

Declaração do Comitê de Ligação para a Quarta Internacional (CLQI)
Frente Comunista dos Trabalhadores - Brasil
Tendencia Militante Bolchevique
Argentina e Socialist Fight – Grã Bretanha
e do grupo turco Dordunku Blok (Bloco Quarta Internacionalista)

1. Os acontecimentos atuais na Síria são um prólogo da 3a guerra mundial. O imperialismo fabricou o “Estado Islâmico” (EI) e seu barbarismo, para realizar um Golpe de Estado na Síria e para justificar a recolonização do Oriente Médio. Mas o tiro saiu pela culatra. O imperialismo pôs o EI para justificar sua intervenção, mas a existência do EI acabou por justificar a intervenção militar russa. Por isso, neste primeiro momento, o imperialismo está confundido.