quarta-feira, 8 de maio de 2013

PROFESSORES ESTADUAIS E MUNICIPAIS DE SÃO PAULO 08/05/2013

UNIFICAÇÃO das greves dos professores!
Não ao desmonte das lutas pelas burocracias 
do SINPEEM e da APEOESP!
Derrotar os governos patronais de PT e PSDB!
Por uma plenária das oposições classistas e
combativas dos trabalhadores em educação
Panfleto unificado para a assembléia do Simpeem do dia 08 de maio, assinado pela Liga Comunista,
Blog El Mundo Socialista e Núcleo de Estudo e Ação dos Trabalhadores em Educação
No dia 03 de maio, cerca de 8 mil professores do município e mais de 10 mil do Estado realizaram suas assembléias.

Na frente da prefeitura, a categoria votou majoritariamente pela continuidade da greve. Além das reivindicações históricas não atendidas, como condições de trabalho e redução de alunos por sala de aula, o que causou mais revolta foi a “proposta” insultante do prefeito petista: A partir de 2014 até 2016 o reajuste anual seria de 3,68% totalizando 11,46% nos três anos. Tal proposta é um escândalo, pois mesmo a inflação anual oficial é de 6,5 %, mas todos sabemos que a inflação oficial no Brasil é manipulada para baixo. E o que é pior, uma vez que tal acordo fosse assinado pelo sindicato, não caberia reivindicar porcentagens maiores nesses 2 anos. Na prática tal acordo serviria para garantir ao governo Haddad um brutal arrocho salarial e impediria a categoria de se manifestar com mobilizações ou greves nos próximo anos, ou seja, o sonho de qualquer patrão.

A categoria não só rejeitou por quase unanimidade, como aprovou na mesma sexta-feira uma passeata pelo centro da cidade para um encontro com os professores do Estado. O ato conjunto só não aconteceu porque as direções, Apeoesp e Sinpeem fizeram de tudo para impedir.

Os Professores Estaduais em assembléia também dedicidiram pela continuidade da greve e gritaram em coro pela UNIFICAÇÃO, mas a direção da APEOESP manipulou toda a assembleia para evitar a unidade da categoria em luta uma vez que já está com dificuldade para acabar com a greve no Estado e quer evitar o desgaste do prefeito do PT. Burocratizando, impôs o rebaixamento da pauta para conciliar com o governo tucano, que até agora nem se dignou a fazer qualquer contraproposta, atrasou a assembleia e a passeata por mais de 2 horas para evitar que ela fosse à Praça da República onde lhe esperavam os professores municipais (boa parte dos quais trabalha no Estado e prefeitura).

Diante da pressão das bases a presidenta da Apeoesp, a petista Bebel, chegou a se opor abertamente a unificação e a elogiar a política salarial de Haddad: “não há como unificar a luta dos professores da rede estadual com os da rede municipal da capital paulista”, pois – segundo ela - “a luta dos servidores da rede municipal não tem nada a ver com a nossa. Eles terão a nossa solidariedade, mas não tem como unificar se do governo do Estado eu estou ganhando 30% a menos do que o município. Estou lutando para ter uma recomposição salarial enquanto eles têm 12 % e mais 13% no ano que vem” (Portal Terra, 03/05/13). Mas, sabemos que é exatamente o contrário. A união dos educadores do Estado (APEOESP) e do município (SINPEEM) com reivindicações muito parecidas seria uma vitória das categorias e uma demonstração de que ambas as administrações, PT e PSDB, não diferem em nada quando se trata de fazer arrocho salarial, retirar, direitos, aumentar jornadas, privatizar, usar avaliações externas, e principalmente culpar os educadores pelas mazelas que os próprios governos causam.

As direções traidoras são obrigadas pelas categorias a aceitar a greve, mas não querem de modo algum a unificação das lutas o que fortalece as greves, pois também são governo. A direção do Sinpeem – seguindo uma proposta da corrente petista O Trabalho – está enviando por email um questionário para supostamente sentir como está o movimento. Mas tal questionário não pode substituir a mobilização verdadeira que é estar nas ruas e assembleias.

A manobra da direção Sinpeem é que no questionário não existe espaço para informar a porcentagem da paralisação por unidade escolar. Isso gera a possibilidade de manipulação, pois não existe em quase nenhuma escola 100% de paralisação, mas pode ser de 50%; 60%; ou mesmo 90% de educadores em greve nessa unidade. Obviamente um sucesso, mas a lógica do governo e da direção do Sinpeem é afirmar que “poucas escolas” estão com paralisação total, portanto, supostamente a greve está enfraquecida. Estaria aberto o caminho então para que o governo Haddad e a direção do Sinpeem, sob o comando de Claudio Fonseca, entrassem em acordo para “melhorar” a proposta com migalhas adicionais, e tais migalhas serem usadas como argumento para terminar com a greve, da mesma forma que fez Claudio Fonseca na última greve a de 2012, com manipulação de resultado causando revolta do presentes e seu quase linchamento.

Para barrar os ataques dos patrões e as manipulações das direções e pelo atendimento das nossas reivindicações devemos nesse dia 08 de maio decidir pela continuidade da greve, e no dia 10 sexta-feira estarmos presentes na assembleia da Apeoesp fortalecendo assim a unidade dos trabalhadores em educação. Nenhuma confiança nos patrões ou nas direções conciliadoras e oportunistas.

► Greve por tempo indeterminado!
► Nenhuma confiança no governo Haddad ou no SINP (Sistema de enrolação Permanente)!
► Reposição de todas as perdas salariais já!
► Aumento real de salário
► Aprovação das duas referências também para os aposentados!
► Fim das PPPs (Parcerias Público Privado), do “Mais educação”, das privatizações..
► Fim das avaliações externas
► Comitês de base acompanhando as futuras negociações
► Redução de alunos por sala de aula
► Volta dos 180 dias letivos
► Transformação do Agente escolar em ate!
► Direito à evolução funcional de ATE em mais três referências!
► Garantia da JEIF a todos que optarem por essa jornada!
► Atendimento das reivindicações do Quadro de Apoio!
► Reabertura das salas de eja!
► Contra a perseguição política do PT de Cubatão aos professores!
► Liberdade de organização dos trabalhadores
► Pela revolução socialista!