terça-feira, 16 de abril de 2013

CORRESPONDÊNCIA LC E ISL - 3

O ISL rompe com o LRP (EUA)
e prepara seu casamento com o RCIT
deslumbrado com a 'Primavera Árabe'

Resposta do Comitê de Ligação pela Quarta Internacional
para a International Socialist League (de Israel/Palestina ocupada)


Periódico do grupo LTT do Canadá, em 1996.
Em um artigo Yossi defendia: "A classe operária judia
israelense detém um papel importante para a solução"
e "tal perspectiva internacionalista deve incluir o
reconhecimento da existência da nação de Israel e os
direitos da classe trabalhadora judaica e pobres ... a
um garantir o futuro com os seus irmãos árabes e irmãs".
O CLQI esforça-se por construir um reagrupamento revolucionário principista resgatando o programa da Quarta Internacional de Trotsky, baseado nos quatro primeiros Congressos da Internacional Comunista. Isto significa resgatar o método comunista contido no Programa Transição e, em especial, os métodos de construção da Frente Única Operária e da Frente Única Antiimperialista (FUA) contidos nestes documentos. Procuramos realizar esta tarefa por meio de rupturas e fusões que conduzam a acordos políticos, programáticos e ideológicos, em primeiro lugar, com aqueles que reivindicam o nome do trotskismo. Compreendemos que poucos anos após o assassinato de Trotsky por um agente de Stalin, Ramón Mercader, em Coyoacán, México, em 20 de agosto de 1940, a Quarta Internacional iniciou um processo político degenerativo própria de grupos centristas, a partir do isolamento da seção dos EUA e a pelo alto custo do assassinato de seus melhores quadros pelos nazistas, stalinistas (muitas vezes em colaboração com os primeiros) e pela infiltração da GPU e da CIA em suas fileiras provocando a morte de marinheiros trotskistas americanos, de Leon Sedov, o jovem filho de Trotsky e de seus secretários Erwin Wolf, Rudolf Klement e Ignace Reiss, sendo este último um desertor das fileiras da burocracia stalinista em favor do trotskismo. Mesmo assim, após a II Guerra Mundial, ocorreram sérias lutas para restabelecer as bases principistas da fundação da IV Internacional as quais temos a intenção de defendê-las como conquistas teóricas e políticas sobre as quais avançaremos e nos construiremos.

O processo de reagrupamento atual entre a Liga Socialista Internacional (ISL) da Palestina e a Tendência Revolucionária Comunista Internacional (RCIT) não se baseia nestes princípios. O RCIT rejeita todo o trotskismo existente logo após o assassinato de Trotsky, daí a sua orientação pela 5ª Internacional, e Yossi Swartz, principal dirigente do ISL, tem se agrupado com quase todas as correntes trotskista do planeta sem aderir a quaisquer princípio que não possa jogar no lixo já na relação política seguinte. Daí a proposta de casamento envolve o tradição do sectarismo do RCIT que segue a tradição de sua corrente fundadora, o Workers Power britânico e do oportunismo de Yossi, um camaleão político e seu grupo.

Este documento do CLQI é uma resposta a uma carta enviada por Yossi a Liga Comunista do Brasil, carta com posições centristas e pró-imperialistas claramente influenciadas pelas posições burguesas do Hamas e da "Primavera Árabe". Deslumbrados com o aparente sucesso da "Primavera Árabe", ISL e RCIT não conseguiram ainda identificar a mão do imperialismo controlando os grupos de oposição na Líbia e na Síria. Incapazes de defender uma FUA contra as forças de pró-imperialistas, ambos os grupos repetem tolamente a propaganda de guerra da grande burguesia mundial de que na Líbia e na Síria ocorrem genuínas "revoluções". Paradoxalmente, sua capitulação política para o Hamas em Gaza lhes aproximou da mesma trincheira de Israel e do sionismo na guerra civil síria.

OS ZIG-ZAGS DE YOSSI

Depois de uma ligação de seis anos, a ISL rompeu relações com a Liga para o Partido Revolucionário (LRP) e parece estar se preparando para pular na cama com o RCIT, cuja principal seção é a Organização Comunista Revolucionário de Libertação (RKOB) da Áustria, ex-afiliada da Liga para a Quinta Internacional, dirigida pelo Workers Power britânico. [1] Aparentemente, será um namoro difícil, mas analisando melhor a trajetória Yossi encontramos meia dúzia de manobras semelhantes no passado, e não duvidamos de sua capacidade de realizar esta também. Aceitar a "Quinta Internacional" talvez fosse um obstáculo (tal fusão resultaria em um bloco sem princípios?), mas não para quem abraçou por seis anos os shachtmanistas da LRP, para Yossi não deve ser uma provação insuportável. Conseguir fazer com que sua militância tenha estômago também para isso é o suficiente. Yossi tem acumulado tantos zigs-zags em sua trajetória política (infelizmente nem tudo está disponível online) que é fácil refutar suas posições de hoje a partir de suas posições de ontem. Os espartaquistas (Liga Comunista Internacional) de onde ele se originou, se divertem com isto e o RCIT tem posições reacionárias semelhantes às da ISL na Líbia e Síria.

Yossi foi um dirigente da Liga Trotskista, a seção espartaquista canadense (ICL), por muitos anos, após ter iniciado sua militância no Partido Comunista de Israel. Por volta de 1995, subitamente ele contactou R.P., dirigente da Tendência Leninista Trotskista (LTT). A seção britânica da Liga Operária Internacional, a qual, o atual dirigente da CLQI, Gerry Downing, havia se somado alguns anos antes. Ele declarou o seu acordo incondicional com o principal do nosso programa e nós, em seguida, começou a fazer declarações políticas em Quebec sobre seu direito à auto-determinação. Na época, ele alegou ter superados a linha dos espartaquisas sobre a Palestina, criticando a recusa da ICL a tomar partido na guerra de 1948, a que levou à formação de Israel. Ele se juntou com o seu companheiro fundando a seção canadense da LTT. Ele ajudou RP em mudar a posição da LTT sobre Israel/Palestina de "estado democrático secular da Palestina" para passar a defender um "estado bi-nacional", o reconhecimento de Israel como uma nação e, portanto, seu direito à auto-determinação orientando-se para a classe trabalhadora, incluindo os trabalhadores judeus. Yossi e Gerry sempre se opuseram a todas acerca da posição de dois estados. Ele convenceu Gerry desta posição, naquele momento, a defesa do "estado democrático secular" era, obviamente, uma capitulação a Yasser Arafat, a OLP e a burguesia árabe, que defendiam esta consigna. Voltaremos a este ponto vital mais tarde.

Em 1996 ocorreu uma divergência entre Gerry Downing e Yossi, quando Gerry produzido um documento sobre a tática de guerra de guerrilha para o jornal LTT “Em defesa do marxismo” (o mesmo nome da revista IMT). Yossi, apoiado por R.P., opôs-se caracterizar Mao e ao Partido Comunista chinês como parte do movimento dos trabalhadores. [2] Gerry foi relutantemente forçado a mudar o artigo, mas ele nunca concordou. Ele preferiu levantar muitas dúvidas de que na China se aplicaria a teoria dos Estado operário deformados e não levar em conta o caráter internacional do stalinismo. A caracterização de Trotsky de que o PCCh "se separou de sua classe" quando adotou táticas de guerrilha não representava nada para Yossi. Todavia com a vantagem de analisar os fatos em perspectiva, podemos hoje compreender como esta discussão refletia as tendências de Yossi em direção ao Shachtmanismo.

A LTT implodiu em 1999 e, de acordo com a Wikipedia, em 2002, Yossi já estava de volta na Palestina. Ele é um judeu palestino. No artigo da Wiki (muito provavelmente escrito pelo próprio Yossi) diz:

"A SWL (Socialist Workers League, Liga Socialista dos Trabalhadores, 2002-4) foi construído como um resultado de uma cisão iniciada por trotskistas que faziam parte do Comitê Israelense para Uma República Democrática da Palestina. Os trotskistas, liderados por Schwartz, acreditavam que só um programa que luta por uma república socialista palestina pode unir os trabalhadores árabes palestinos e camponeses da região. Com dois camaradas, Schwartz fundou uma facção chamada Militantes pela Quarta Internacional (MFI em inglês). O MFI continha apenas 5-6 camaradas". [3]

Vale ressaltar aqui que Yossi evidentemente mudou de posição e também a de seus seguidores. A partir de agora ele rejeitava o direito de Israel à auto-determinação e negava que se tratasse de uma nação. A SWL imediatamente contatou a Partido Obrero (Argentina) e tornou-se uma seção de sua Internacional, o Comitê de Coordenação pela Refundação da Quarta Internacional (CRQI). A orientação frente populista do PO, dirigida pelo veterano Jorge Altamira, aparentemente, não representou um obstáculo para a SWL.

E agora como um terceiro giro sobre esta questão vital:

“Durante 2002 e início de 2003, o SWL tentou lançar um movimento por uma única e democrática república com o Movimento Abnaa el-Balad. O fracasso para construir esta campanha levou a fração minoritária concluir que ela deveria aliar-se ao Partido Comunista de Israel e pedir voto para sua frente política, o Hadash. A maioria, liderada pelos companheiros ligados ao PO argentino, defendia que as eleições de 2003 deveriam ser boicotadas. Como resultado da luta entre facções, o SWL (Minoria) mudou seus pontos de vista e aceitou o direito do povo de Israel para a auto-determinação, na perspectiva da federação socialista do Oriente Médio, com plenos direitos culturais e nacionais para todas as minorias. Em junho de 2003, o SWL (Minoria) decidiu tornar-se defensor político da Corrente Marxista Internacional (CMI em português, IMT em inglês), liderado por Alan Woods e do falecido político trotskista, Ted Grant. Ele mudou seu nome para Círculo Em Defesa do Marxismo (IDMC), a partir de sua entrada dentro do Partido Comunista de Israel e, mais tarde, dentro do Partido Trabalhista (Israel). A SWL foi dissolvida e não existe mais. [4]

Alan Woods e Hugo Chávez, Woods, dirigente do CMI,
um dos camaradas próximos Yossi há menos de uma década.
Neste momento, Yossi e seus companheiros novamente passam a advogar que Israel é uma nação, defender o seu direito à auto-determinação e a posição de defender como saída para a questão palestina a criação de um "Estado bi-nacional” mais uma vez.

Mas, um quarto namoro de verão fez com que o grupo mudasse de posição para seduzir um novo amante:

Em julho de 2007, Yossi e seus companheiros deixaram a Corrente Marxista Internacional corretamente porque teve problema com a recusa do CMI para defender o Hamas contra o ataque de Arafat sobre ele, ataque patrocinado por Israel-EUA após a sua vitória eleitoral do Hamas na Faixa de Gaza em 2006. Agora, Yossi reassume "novamente algumas das políticas da SWL, mas defendendo a análise de que o regime da URSS era de ‘Capitalismo de Estado’ e mudando seu nome para a Liga Internacionalista Socialista." (http://en.wikipedia.org/wiki/Socialist_Workers_League)

Reassumiu também a defesa da posição de lutar por "Um Estado democrático" para a Palestina. Para justificar esta nova mudança vemos que em 2007 ele descobriu grandes problemas históricos com Grant, Woods e CMI:

“Além disso, os camaradas do ISL entendem que por trás da recusa do CMI para defender o Hamas contra os ataques pró-imperialistas da Fatah, havia uma acomodação geral do CMI ao imperialismo. Por exemplo, no caso da guerra das Malvinas (Falklands) de 1982, o CMI se recusou a defender a Argentina, um país neo-colonial oprimidos contra o imperialismo britânico. Da mesma forma, nas lutas na Irlanda do Norte, o CMI se recusou a ficar do lado do Exército Republicano Irlandês contra o imperialismo britânico. E, além do CMI, os camaradas do ISL notaram que todos os grandes grupos que reivindicam a bandeira do trotskismo traíram em algum momento ou outro o princípio da firme defesa dos oprimidos contra ataque imperialista.” http://www.thecommunists.net/worldwide/africa/victory-to-syrian-revolution/

A descoberta do grupo, da teoria do “capitalismo de Estado” levou-o a aproximar-se da internacional do SWP britânico, a Tendência Socialista Internacional (IST, a qual é ligado o grupo Revolutas do PSOL brasileiro), neste momento ele teve uma série de artigos publicados na Internacional Socialista (ainda publicada). O SWP britânico tem uma posição anti-sionista relativamente boa, mas descamba para um anti-imperialismo oportunista, com uma tendência a capitular diante dos adversários islâmicos do imperialismo, como o Hamas na Faixa de Gaza e da República Islâmica do Irã. Yossi essencialmente abraçou essas concepções, mas logo descobriu que:

“Mas uma revisão rápida (!) da trajetória política da IST revelou um padrão de posições oportunistas não melhores que as do meio do "trotskismo ortodoxo" com quem a IST havia rompido. Em particular, o SWP é anti-sionista, mas habitualmente capitula perante as lideranças nacionalistas e islâmicas, tanto na Grã-Bretanha quanto nos países do Oriente Médio ocupado pelos países imperialistas. A ISL teve uma breve correspondência com o IST, que também revelou que o IST possui uma atitude incrivelmente cínica para as perspectivas de luta revolucionária da classe operária no Oriente Médio: o IST aconselhou o ISL a desistir de seus esforços e mudar para a Inglaterra!” (Joint ISL / PRL 2009).

Esta é boa! Yossi tem sido ativo como trotskista por várias décadas mas foi somente em 2007 e 2008 que ele de repente descobriu estas verdades óbvias que qualquer trotskista sério deveria saber sobre a política e os métodos de dois dos maiores grupos da extrema-esquerda internacional, a CMI e o SWP (IST). A CMI é mais branda contra o imperialismo, característica da IST para com os oponentes Islâmicos do imperialismo. Todavia, isto não impediu que os dois grupos possuíssem uma posição semelhante na Líbia e na Síria – para a IST, qualquer luta anti-regime realizada pelos islâmicos fanáticos [7] é uma luta anti-imperialistas porque eles apoiaram os Mujahideen no Afeganistão contra a União Soviética nos anos 80. Yossi certamente sabia de todos esses detalhes já entre 1995-9 quando o LTT discutia estas questões, mas Yossi tem uma incrível capacidade de "esquecer" todos os fatos e posições políticas incômodas quando estabelece novas aproximações políticas.

O OPORTUNISMO DA ISL EM RELAÇÃO AOS ESTADOS OPERÁRIOS DEFORMADOS

Max Shachtman:
 Na luta contra o Shachtman e seus seguidores em 1939-40
não foi era apenas algum debate obscuro sobre como
exatamente os revolucionários deveriam caracterizar a URSS,
mas o programa que era necessário para temperar a
vanguarda revolucionária da classe a fim de que ela conduzisse
as massas para derrubada da classe dominante dos EUA
Na aproximação entre a ISL e a LRP o repúdio ao trotskismo na questão dos Estados operários degenerados e deformados não poderia ficar mais explícito:

“O núcleo da fé da ortodoxia residia tinha como eixo a concepção de que os Estados stalinistas eram Estados operários. Essa opinião foi refutada pelo fato de que a classe trabalhadora não moveu um dedo para defender "seus" estados quando eles entrassem em colapso e, em muitos casos, tenham sido a força de massa fundamental na luta anti-stalinista. Mas se a Estados stalinistas não eram Estados operários, qual era então sua natureza de classe? Os camaradas ISL corretamente concluíram que, se a classe trabalhadora tinha sido oprimida e explorada por aqueles estados, então a burocracia stalinista que governava eles deveria ter funcionado como uma classe dominante capitalista.” (Declaração conjunta ISL/LRP - 2009). [8]

Mas, todos devem esquecer tudo isto agora porque apesar de seu grande e embaraçoso rebanho de descendentes, um noivo novo apareceu no horizonte e a noiva proclama efusivamente sua virgindade política:

“Por isso, é importante entender a diferença entre o “Capitalismo de Estado”, como o regime bonapartista da Síria ainda o é, e um Estado operário deformado como Cuba ou Coréia do Norte ainda são. O Capitalismo de Estado é uma economia onde a classe dominante é a classe capitalista e a nacionalização da economia serve aos interesses desta classe. Em Cuba, a classe capitalista foi eliminada como classe e fugiu para Miami. No entanto, o aparelho do Estado stalinista bloqueia o caminho para o socialismo e, a menos que este bloqueio seja removido por uma revolução, uma nova classe burguesa emergente a partir da burocracia stalinista tomará conta de toda economia e do Estado e transformará Cuba novamente em um Estado capitalista. Vimos esse processo já na China que agora é um Estado imperialista.” [9]

Os antropólogos descobriram que o mito do "nascimento a partir da virgem Maria" surgiu por causa de um erro de tradução do aramaico para o grego – o texto original descoberto nos Manuscritos do Mar Morto proclama simplesmente que uma "mulher jovem" tinha dado à luz, um evento milagroso para os pais certamente, mas, na realidade uma ocorrência bastante comum e normal para a humanidade como um todo. [10]

Somos novamente obrigados a afirmar que o que estava em jogo na luta contra o Shachtman e seus seguidores em 1939-40 não foi era apenas algum debate obscuro sobre como exatamente os revolucionários deveriam caracterizar a URSS, mas o programa que era necessário para temperar a vanguarda revolucionária da classe a fim de que ela conduzisse as massas para derrubada da classe dominante dos EUA. É por isso que devemos sempre buscar a derrota da "nossa própria” classe dominante imperialista em conflito com nações semi-coloniais ou Estados Operários Deformados como Trotsky defendeu na China sob Chang Kai-shek ou na URSS sob Stalin. Todavia, em sua nova guinada em direção a “ortodoxia trotskista”, Yossi ainda não redescobriu a defesa das nações semi-coloniais contra a agressão imperialista.

YOSSI E A CLASSE TRABALHADORA JUDAICA

As citações onde Yossi defende o direito de existência de Israel de ainda estão on-line:

“Os liberais argumentam que por causa desses abusos dos direitos humanos, Israel não pode ser uma democracia ‘real’ como os países ocidentais. Isso, entretanto, é um argumento muito fraco. Os crimes da classe dominante de Israel não são fundamentalmente diferentes dos praticados pelos países imperialistas "democráticos". Se os liberais radicais que insistem que Israel não é uma democracia ocidental usarem os mesmos critérios para classificar os Estados imperialistas "democráticos", eles vão ter que concluir que a democracia em qualquer um destes países é uma ficção. As ações de Israel em Gaza e na Cisjordânia não são diferentes dos de os EUA no Iraque. Isso significa que não há nenhuma forma de democracia nos EUA também? Além disso, a atenção deve se voltar para o fato de que Israel não foi o único Estado capitalista, que criou um enorme problema dos refugiados em 1947... Israel não é diferente por nada disso. Israel é um Estado imperialista e capitalista, governado por grandes corporações.”
(IMT - IDOM 2005) [5]

Mas logo ele precisou se livrar de tudo que havia dito antes:

“Esta evolução é explicada pela natureza única de Israel como um Estado colonial. É uma verdade básica de que a grande maioria dos trabalhadores do mundo não têm ‘nada a perder, a não ser suas cadeias’ e, portanto, têm um interesse fundamental em derrubar o sistema capitalista. O mesmo não pode ser dito dos trabalhadores judeus de Israel. Como outras camadas aristocráticas em países imperialistas, eles gozam de privilégios materiais determinados com base no status imperialista de sua classe dominante. Mas ao contrário de outros, mesmo a aristocracia proletária, tem seus ganhos a à custa direta das massas palestinas e vivem em terras roubadas dos palestinos. Assim, eles veem nas ações agressivas do Estado de Israel como uma garantia da sua existência privilegiada. Enquanto o CMI, como grupos mais socialistas, teimosamente fecham os olhos a estes fatos, os futuros membros da ISL logo perceberam que não podiam se dar ao luxo de fazer o mesmo se fossem para avançar uma verdadeira perspectiva para a luta pela libertação da Palestina e para a revolução socialista no Oriente Médio. (Joint ISL / PRL 2009) 17 de fevereiro de 2013. [6]

E aqui está o cerne deste problema, do qual nasce todos os outros problemas acerca deste tema:

A classe operária israelense, como uma classe, única no planeta, transcende seus limites de classe. E isso nasce do fato de que eles são uma forma única de aristocracia operária, porque “tem seus ganhos à custa direta das massas palestinas e vivem em terras roubadas dos palestinos. Assim, eles veem nas ações agressivas do Estado de Israel como uma garantia da sua existência privilegiada."

Nós não podemos aceitar esta singularidade. Yossi admite que os judeus de Israel constituem agora uma nação e nós concordamos. Ele diz ainda que esta nação não tem o direito de auto-determinação porque, historicamente, e é assim hoje, este direito só pode ser exercido em detrimento da nação palestina. Estamos de acordo com isso também, o Estado sionista deve ser derrubado, mas é o Estado sionista de Israel o mesmo que a nação de Israel? Uma vez que defendemos o direito de retorno a todos os palestinos expulsos a partir de 1948, devemos também afirmar que um Estado operário revolucionários palestinos, alimentaria e garantiria cuidados de saúde e educação a todos os judeus e palestinos na região dentro de um Estado multiétnico, assim como trataria de resolver as disputas de bens pessoais e de terra amigavelmente em seus tribunais arbitrais sem qualquer limpeza étnica.

Todos nós concordamos agora que a consigna “Estado bi-nacional”, aprovado pelo LTT, defendido por Yossi e depois adotado pela International Trotskyist Current (ITC, precursora do grupo Socialist Fight, Luta Socialista, em português) é incorreto. Esta consigna implicava no direito de Israel à autodeterminação, à custa dos palestinos. Além disto, nós sabemos que nenhuma revolução isolada, em qualquer estado ou região do planeta, poderia sobreviver por conta própria por muito tempo, sendo correta a perspectiva de uma Federação Socialista do Oriente Médio.

Mas temos de ser muito mais rigoroso na forma como se aplicam estas palavras de ordem e como elas refletem as nossas perspectivas. Como trotskistas não só acreditamos que as revoluções burguesas deve ser dirigidas pela classe trabalhadora, mas as massas também devem passar a resolver as tarefas da revolução socialista para que a revolução seja permanente.

Então, nós avançamos o slogan de um governo operário e camponês como uma demanda de transição para a meta estratégica de um Estado operário multi-étnico como parte da luta por uma Federação Socialista do Oriente Médio.

A POSIÇÃO DE YOSSI SOBRE A DIREÇÃO DA 'REVOLUÇÃO' NA SÍRIA

Mas é sobre a questão da direção desta "revolução" que faz com que agora Yossi encontra-se à direita de seus ex-companheiros do CMI. Em um artigo de 14 de marco de 2013, “What the Assad regime was and what it has become – Part Three” (em português: O que foi o regime Assad e no que se tornou, 3ª parte), Fred Weston, do CMI, diz:

“...A situação agora é muito mais complicada. A juventude revolucionária ainda tem muito que lutar para retirar do poder Assad e seus asseclas. Mas o que determina a verdadeira natureza da oposição como um todo é a sua direção e o seu programa.” (grifo nosso)

É verdade que alguns setores do Exército Livre da Síria entraram em choque com os fundamentalistas encarados pelos primeiros como sequestradores de sua revolução. Mas quais são as alternativas? Programaticamente, estamos entre uma da democracia burguesa, no melhor dos caos, e a reação fundamentalista islâmico, na pior. Devemos falar a verdade e explicar honestamente o que aconteceu. Somos a favor da queda de Assad, mas também somos contra a intervenção imperialista e as manobras dos regimes reacionários da região.” [7]

Por sua vez, o artigo de Yossi “Vitória para a revolução na Síria” avalia assim a oposição contra Assad:

“A capacidade do regime de Bashar al-Assad para sobreviver até o momento deve-se, em grande parte, à falta de mobilização independente da classe trabalhadora na direção da oposição. Há muitos comitês locais que poderiam converter-se em soviets e que continuam em atividade. Mas eles carecem de uma coordenação e uma estratégia revolucionária. Igualmente, a resistência ainda é conformada por incontáveis agrupamentos de militantes armados fragilmente articulados, sem um comando revolucionário unificado confiável. A debilidade desta resistência armada decorre não apenas da fragmentação social e das políticas divisionistas impostas por Damasco durante décadas, mas também por causa da natureza de classe da atual oposição.

As direções pequeno burgueses da revolta estão culpando umas as outras pelo fracasso. Os setores seculares culpam os islâmicos enquanto os islâmico estão culpando os seculares. A verdade é que as organizações da classe média – sejam elas seculares ou islâmicas – não tem um programa, uma estratégia ou uma tática para mobilizar as massas de trabalhadores e camponeses para derrubar o regime sangrento. Se os líderes da oposição odeiam Assad, também é verdade que eles temem uma revolução por parte da classe trabalhadora. Se há uma lição clara a aprender aqui é que, sem que a classe trabalhadora, mulheres e homens conduza as massas, incluindo a classe média baixa e sem uma direção revolucionária da classe operária, o impasse pode continuar por um período mais longo. [8]

“Todas as lições geniais de Yossi resumem-se neste modo de pensar: ‘se sua tia fosse um homem, ela seria seu tio" e coisas do tipo: "Não há uma mobilização independente da classe trabalhadora na direção da oposição" – porque ela é uma oposição contra-revolucionária patrocinada pelo imperialismo. Ou "Há muitos comitês locais que poderiam converter-se em soviets". Mas estamos tratando de orelhas de porco e não de bolsas de seda. "Mas eles carecem de coordenação e de uma estratégia revolucionária", simplesmente porque eles são contra-revolucionários. O problema com "a natureza de classe da atual oposição" – reside no fato dela ser reacionária, burguesa e patrocinado pelo imperialismo. Se, se, se não fosse isto, seria aquilo. Pelo menos Fred Weston reconheceu a verdade amarga como ela é: o que determina a verdadeira natureza da oposição como um todo é a sua direção e o seu programa.

Mas Fred ainda deseja a queda do regime nas mãos do que ele sabe ser uma contra-revolução desprezando o fato de que a “primavera árabe” é patrocinada pelo imperialismo enquanto Yossi fantasia uma situação de modo completamente independentemente de qualquer destas considerações.

A ISL E O FUNDAMENTALISMO MUÇULMANO

Secretário de Estado dos EUA,
John Kerry, centro,
Secretário das Relações Exteriores britânico,
William Hague, à esquerda,
e o Ministro das Relações Exteriores da Itália,
Giulio Terzi se reunem com os
O grupo os "Amigos do Povo Sírio”.
Para Yossi: "é evidente que, pelo menos até agora, os
Imperialistas ocidentais não têmr armado os rebeldes."
Tememos que a crítica correto ao CMI por se recusar a defender Hamas contra os bandidos de Arafat tenha conduzido Yossi a uma aliança estratégica com o Hamas como fica claro no documento “Vitória para a revolução na Síria”. O slogan "Palestina unida e livre do rio até o mar" é um slogan usado pelo Hamas, copiado pela ISL que torna difícil qualquer aliança com os trabalhadores israelenses. Na declaração de ruptura com a LRP, a ISL acusa a LRP de não defender a guerrilha mussulmana contra o imperialismo francês. Pela declaração da LRP e suas notas subsequentes de resposta aos leitores não se pode encontrar nenhuma substância desta crítica. Apesar de grandes diferenças que temos com a LRP sobre a Líbia e Síria, a declaração da LRP sobre o Mali nos parece defender os princípios corretos. Além disso, a crítica da LRP a ISL por sua debilidade em criticar a barbárie fascista da guerrilha fundamentalista no Mali parece ter sido a fonte do desentendimento que causou a ruptura. Nós percebemos que esta acusação é pertinente.

A questão está mais clara na declaração de Yossi sobre a Síria. Aqui ele defende explicitamente sua posição sobre o “islamismo”:

Assim, é evidente que, pelo menos até agora, os imperialistas ocidentais não armaram os rebeldes sírios em razão de não confiarem neles porque muitos são islâmicos. O problema que os imperialistas tem na Síria é a força relativa dos islâmicos no movimento de massas. (Yossi Vitória Março de 2013)

É claro que o imperialismo armou os rebeldes através da Turquia, Arábia Saudita e Qatar. Ele não lhes forneceu armas pesadas ou cobertura aérea e aparentemente as defesas aéreas da Síria são muito sofisticadas. E é verdade que eles estão nervosos sobre o que os fundamentalistas poderia fazer contra Israel e qual seria a reação da Rússia, China e do Irã. Yossi critica ao imperialismo por não armar mais ao FSA, mas em breve poderá ter seu pedido atendido. O próximo trecho demonstra muito claramente sua capitulação:

“Nesta conjuntura da história, no Afeganistão, na Palestina, no Mali, os imperialistas estão de um lado e os islâmicos, de outro. Isto, obviamente, pode ser alterado e esta não seria a primeira vez na história dos últimos 100 anos que os islamitas serviriam os imperialistas. Mas hoje os islâmicos estão lutando contra os imperialistas e os marxistas revolucionários de hoje estão no mesmo lado dos islâmicos no conflito contra a tirania de Assad (grifo nosso), sem dar as forças o pequeno-burguês ou burguês seculares ou religiosos de qualquer apoio político. (Yossi Vitória Março de 2013)

Nós não precisamos voltar 100 anos para encontrar “islâmicos” a serviço do imperialismo. A CIA patrocinou e armou os Mujahideen de Bin Laden no Afeganistão contra a URSS nos anos 80. A CIA patrocinou os “islâmicos” na Líbia contra Kadafi. E neste momento eles estão patrocinando outra ala do movimento islâmicos” que mesmo agora domina a oposição síria e a Irmandade Muçulmana, no Egito para esmagar que a luta revolucionária em que a classe trabalhadora tem jogado e está jogando como uma força vital. E uma situação semelhante existe na Tunísia, onde a classe trabalhadora também está lutando poderosamente. E o Hamas no qual Yossi deposita tanta fé, deixou claro que se possível vai fazer um acordo com Israel, e trair os palestinos, assim como fizera, antes do Hamas, Arafat, e Abbas está fazendo agora. O Hamas rejeitou a sua tradicional aliança com a Síria e o Irã, e agora proclama que os muçulmanos sunitas devem aliar-se aos sunitas Whabhi, patetas reacionários pró-imperialistas no Egito e na Arábia Saudita. Na verdade o resultado indesejado da guerra do Iraque para o Imperialismo foi fortalecer o Irã na região e o imperialismo dos EUA aprovou uma tática de aliança com antigos partidários sunitas de Saddam no Iraque e sunitas de toda a região para derrubar Assad e tomar o controle do Irã e de toda a área em alianças com seus aliados “islâmicos”.

Em 28 de Março de 2013, o Times de Israel informou que a FSA: "retaliou o que disse serem hostilidades do Hezbollah e bombardeou os interesses do grupo no interior do Líbano". O Hezbollah são muçulmanos xiitas e o terceiro alvo dos EUA e Israel.

Mohammad Najibullah Ahmadzai (à direita)
Presidente do Afeganistão entre 1987-1992.
A CIA comemorou quando ele foi torturado,
mutilado e linchado pelos talibãs em 27/09/1996
Claro que os EUA preferem seus próprios fantoches seculares, eles querem Ghassan Hitto, um capitalista pró-imperialista Sírio-americano que foi residente nos Estados Unidos há décadas como primeiro-ministro, para áreas controladas pelos rebeldes da Síria", como Yossi diz. Mas, como em 1996, quando os talibãs tomaram Cabul e linchando o ex-presidente Najibullah, a CIA irá celebrar em seu Quartel General em Langley, Virginia se Assad cai para a FSA. Israel vai também, mas, graças a história recente afegã, não sem alguma apreensão.

Yossi ataca seus oponentes de esquerda que dão apoio incondicional a Assad, como o Workers World Party, George Galloway, os maoístas e o PCGB (ML). Sua crítica "demolidora" desses grupos consiste em citar o que eles têm a dizer e deixar para o leitor imaginar o que está errado com o que disseram. Mas, na verdade, o que ele critica são os princípios anti-imperialista destes grupos quando poderia certamente encontrar muitas citações de apoios sem princípios ao reacionário Assad, se tentasse. Mas ele está ansioso para empregar a tática tradicional de criar amálgamas para nos misturar com todos estes grupos e dirigir o seu ataque contra o Comitê de Ligação para a Quarta Internacional (CLQI, LCFI em inglês). Novamente, não há refutação da citação do CLQI, além da afirmação de que nós pensamos que todos essas contra-revoluções eram impulsionadas pela CIA.

É claro que havia gente sincera, mas politicamente ingênua no meio dos “revolucionários” anti-imperialistas e anti-Gaddafi e anti-Assad na Líbia e Síria, quando as revoltas eclodiram, eles serviram de massa de manobra nas primeiras revoltas. Mas logo os dirigentes reacionários e patrocinados pelo imperialismo rapidamente varreu-os para o esquecimento político. A CIA certamente se dirigiu com toda fúria para a Líbia, mas foram os sauditas e os catarianos que fizeram este papel na Síria – desde o início tinham forças paramilitares na região que abriram fogo contra o exército e a polícia durante legítimas manifestações pacíficas. Estas operações foram claramente pré-planejadas aproveitando-se da legítima insatisfação de oposição da população contra o brutal regime de Assad. Além disso, muitos sunitas, xeques e mulás foram em busca de vingança pelo terrível massacre de Hama em 1982.

Mas a grande massa das cidades, a burguesia, a pequena burguesia e trabalhadores, apoiaram Assad e ainda o fazem, porque sabem que ele é a única esperança de manter um estado laico, onde eles têm um mínimo de direitos civis para os seus sindicatos e liberdade religiosa em relação ao ameaçando imposição da Sharia pelos mais atrasados, os fundamentalistas rurais que Yossi apoia.

E então ele se dedica longamente a provar porque o antiimperialismo de Assad é falso como se já não soubéssemos. A questão é que o governo Assad está lutando contra o imperialismo agora e por isso somos obrigados a formar uma Frente Única Anti-Imperialista com ele, contra os reacionários muçulmanos fundamentalistas e seculares burgueses, agentes do imperialismo dos EUA. Devemos citar carta de Trotsky a Diego Rivera 1937 novamente para mostrar a atualidade desta nossa posição? Demonstrando que a Espanha em 1936-39 era um país imperialista e a China, em 1937, era um país semi-colonial como é a Síria o é em 2013? Trotsky ignorava o massacre de Chiang Kai-shek contra o Soviete de Xangai, ocorrido em 1927, quando ele defendia um bloco antiimperialista com Chiang Kai-shek em 1937? Ou o que representava Haile Selassie em 1935 ou Vargas, no Brasil, em 1938? E ainda assim Trotsky defendeu a derrota das forças imperialistas, mesmo por estes reacionários. Na China, Trotsky e o Comintern em suas origens sempre defenderam uma Frente Única Antiimperialista com Sun Yat-sen e Chiang Kai-shek, durante as guerras civis contra os Senhores da Guerra do norte, que eram agentes do imperialismo, muito parecido com a Síria hoje.

A ISL, O MALI E A LRP

Mas vamos concluir com a citação do LRP sobre o Mali onde, convincentemente indica a posição correta dos marxistas (apesar de seus erros na Líbia e Síria):

Por isso, vamos ser perfeitamente claros: quando dissemos que estamos em defesa de todos os que são atacados e que se enfrentam com o imperialismo o significava isso. Sim, desde que nós estamos contra a invasão francesa do Mali, identificamos os imperialistas e seus aliados como o principal inimigo e chamamos a sua derrota, naturalmente estamos em defesa mesmo dos grupos mais reacionários islâmicos que estão sendo atacadas no Mali, como Ansar Dine, o Movimento para a Unidade ea Jihad na África Ocidental e da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI).

Como a nossa declaração de notar, nós tomamos esta posição com pleno conhecimento dos crimes cometidos contra esses grupos as pessoas do norte do Mali durante o tempo que estiveram no poder. Quão terrível foi a lei de grupos islâmicos no norte? Foi tão ruim que, aparentemente, até Al-Qaeda criticou sua versão de 'Sharia' por ser muito extremo!

Em 14 de fevereiro, a Associated Press relatou a descoberta, em Timbuktu de documentos criados pela Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), Abu Musab Abdul Wadud (aka Abdelmalek Droukdel) que foram deixados para trás quando as forças islâmicas abandonaram a cidade. Esses documentos criticam as forças locais islâmicos por ir longe demais, rápido demais, impor a sua concepções religiosas. Eles teriam criticado o apedrejamento até a morte de adúlteros e o chicoteamento de pessoas por outros supostos crimes, ataques a sites e cultos de muçulmanos sufis "e o fato de que as mulheres eram impedidas de sair, e as crianças impedidas de brincar, e as procuravam nas casas da população."

Porque a natureza terrivelmente opressiva de lei dos grupos “islâmicos", no norte do Mali já era bem conhecida (como foi o papel brutal dos nacionalistas que primeiro compartilharam o poder com eles), a nossa declaração deixou claro que, enquanto estamos em defesa dos islâmicos contra ataques dos imperialistas, nós não pensamos que as massas devam sacrificar sua luta contra todas estas forças que oprimem:

Ao mesmo tempo, a nossa oposição aos imperialistas não significa que nós reivindiquemos que, necessariamente, os oprimidos devam deixar de lado sua luta contra os opressores locais, abrir mão de uma oportunidade para derrubá-los ou de alguma forma comprometer a sua capacidade de defesa, necessariamente correndo em defesa daqueles que, antes do ataque imperialista, agiram como opressores governantes locais. Na verdade, apesar do ataque imperialista, nos casos concretos dos grupos islâmicos ou nacionalistas armado que podem significar uma ameaça mais imediata para as massas; sob certas circunstâncias os oprimidos devem defender-se contra quem é a ameaça mais imediata e grave. [18]

Se você substituir Kadafi e Assad por "islâmicos" encontrará a política do CLQI para a Líbia e para a Síria hoje, uma clara elucidação dos princípios da Frente Unida Anti-Imperialista. Apesar desta exceção, o LRP tem grandes dificuldades para combater as forças por trás das quais atua o imperialismo. As origens Shachtmanistas da LRP a obriga a defender a covardia política de Burnham, Shachtman, Carter e o ambiente de classe média que Trotsky e o revolucionário SWP EUA combateram como registrado na obra “Em defesa do marxismo”. Sua capitulação tradicional do imperialismo diante da ex-URSS, compromete hoje a sua posição sobre as lutas dos povos oprimidos.

Notas

[1] Carta de ruptura da ISL para com a PRL (Março de 2013), http://www.the-isleague.com/isl-lrp-split/.
[2] Em defesa do marxismo, revista teórica da Tendência leninista-trotskista, Número 4 (Maio de 1996), guerrilha e luta da classe trabalhadora,  http://www.marxists.org/history/etol/document/ltt/ltt -idom4d.htm.
[3] Artigo Wiki, http://en.wikipedia.org/wiki/Socialist_Workers_League .
[4] Ibid.
[5] Declaração Conjunta ISL.LRP, http://lrp-cofi.org/statements/lrp-isl_100809.html .
[6] Ibid.
[7] Nós não utilizamos "Islamistas" pois consideramos o termo pejorativos e "islâmico", que agrupa todos os muçulmanos. http://www.publiceye.org/frontpage/911/islamacist.html .
[8] Declaração Conjunta ISL/LRP.
[9] A vitória da Revolução na Síria! por Yossi Schwartz, http://www.the-isleague.com/syria-15-3-2013/ .
[10] por trás da Bíblia-Fraude por Robert Adams, New Dawn Magazine.com, http://rense.com/general66/hide.htm .
[11] IMT, Israel é uma democracia? Entrevista com Yossi Schwartz IDOM 2005, http://www.marxist.com/israel-democracy140105.htm .
[12] Declaração Conjunta ISL/LRP.
[13] O que o regime de Assad era e no que se tornou - Parte III, por Fred Weston, IDOM, http://www.marxist.com/what-the-assad-regime-was-and-what-it-has -se-3.htm .
[14] A vitória da Revolução na Síria! por Yossi Schwartz [15] Ibid.
[16] Ibid.
[17] Ibid.
[18] LRP / Cofi, 17 de fevereiro de 2013, em resposta a perguntas de leitores, http://lrp-cofi.org/statements/mali_response_021713.html .
por trás da Bíblia-Fraude O que a Igreja foi tentando esconder? Por Robert Adams, New Dawn Magazine.com, http://rense.com/general66/hide.htm.