quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

PROFESSORES ESTADUAIS - SÃO PAULO

TODOS AO ATO DO DIA 22/02 NA PRAÇA DA REPÚBLICA!
Construir uma greve de verdade pela efetivação plena de todos os professores, redução da jornada, reajuste salarial  e contra o arrocho de Alckmin e a  inflação maquiada de Dilma!
do Folha do Trabalhador # 20
Segundo a Secretaria de Educação Estadual (S.E.E.), fazem parte da rede estadual aproximadamente quatro milhões de alunos e 230 mil professores, que, a grosso modo, dá uma média de 17 alunos por professor. Mas, as salas são superlotadas com mais de 35 alunos, ou seja, o dobro do que seria possível se o governo seguisse uma matemática mais sadia para nós e para os alunos.
Todos sabemos que sobram alunos e faltam professores. No entanto, o Estado faz de tudo para parecer o contrário: que sobram professores e faltam vagas de trabalho nas escolas. Mas a realidade desmente o Estado nas atribuições semanais ou quando o governo abre as contratações emergenciais após o início do ano letivo.


Mesmo assim, em seu manejo burocrático, a S.E.E. superlota as salas de aulas, impõe uma alta rotatividade nas escolas impedindo a manutenção do vínculo do docente com seu local de trabalho, divide-nos em inúmeras categorias (efetivos, licenciatura plena, bacharéis, F, O, alunos, do último semestre, alunos de todos os anos, desta diretoria, da outra diretoria, etc., etc, etc.), submete-nos a provinhas externas, para aprofundar a divisão (entre aprovados ou reprovados, por pontuação e classificação) e acentuar seu assedio moral;  demite e ainda põe de quarentena sem poder pegar novas aulas por 200 dias e até 5 anos a dezenas de milhares de professores de contrato temporário; joga professor contra professor na disputa das poucas vagas ofertadas nas atribuições,... tudo isto para nos desvalorizar e assim nos pressionar a trabalhar mais tempo por um menor salário.


Toda esta pressão tem conseguido impor a absurda situação da precariedade extremada dos professores categoria “O”, sem direito a assistência médica pelo IAMPSE, só podendo dispor de 2 abonadas durante todos os 200 dias de contrato, sendo submetidos a demissões em massa no final do ano.


Esta política alimenta um ciclo caótico onde os baixos salários e a decadência das condições de trabalho provocam a evasão do docente que deteriora ainda mais o ensino e conduz à evasão dos alunos da escola.


CNTE E APEOESP  FINGEM QUE SÃO ENGANADAS PELOS GOVERNOS BURGUESES E FAZEM “PARALISAÇÕES” DE MENTIRINHA



A ultra-personalista presidenta da Apeoesp, Bebel, enviou uma carta para os filiados para se passar mais uma vez de “enganada” pela S.E.E. que teria se recusado a cumprir “compromissos de discutir” sobre a jornada do piso, o reajuste salarial e o plano de carreira. Em seu teatrinho Bebel descobre finalmente que “a única ação possível, necessária, neste momento é a greve”, instrumento maior da categoria que a diretoria (PT, PCdoB, PSTU, PSOL) tem sabotado desde sempre.


A direção da CNTE - braço dos governos federal e estaduais do PT que não cumprem nem o piso salarial estipulado pelo próprio MEC - convocou uma “greve nacional” para os dias 23 a 25 de abril. Lamentavelmente tudo indica que os pelegos pensam em realizar a mesma palhaçada de 2012 apenas para descomprimir a pressão das bases. Necessitamos de uma greve nacional de verdade, com toda a estrutura do sindicato realizando divulgação em toda a mídia, disponibilizando transporte necessários para trazerem os professores de todas as partes do estado e marcando desde março uma grande Assembléia de início de greve.