terça-feira, 29 de janeiro de 2013

METALÚRGICOS - GM

Acordo escravocrata entre Sindicato do PSTU e a multinacional GM aumenta a jornada de trabalho, reduz o salário e permite a demissão de centenas de operários pais de família

Mais uma vez o PSTU faz das suas em São José dos Campos-SP, depois das mais de 4 mil demissões na Embraer em 2009, depois do culto à justiça burguesa e à ilusão da intervenção do governo federal petista que levaram à derrota da resistência no Pinheirinho, agora, o PSTU vende os trabalhadores em layoff da GM, permitindo sua demissão
  
Desde meados de 2012 se arrastava uma negociação entre a maior indústria automobilística do planeta, a multinacional General Motors, e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SJC). De lá para cá, representados pelo principal Sindicato da CSP-Conlutas, os operários metalúrgicos sofreram suas piores perdas até chegar a um desfecho humilhante no dia 28 de janeiro, quando foi fechado o acordo que estabelece, entre outras condições que: 1) os operários da fábrica de SJC serão submetidos a uma jornada de trabalho extraordinária de 2 horas por dia e ainda terão que trabalhar aos sábados [1]; 2) os novos contratado passarão a receber apenas R$ 1.800, quase metade do piso atual que é de R$ 3.100; 3) poderão ser demitidos aproximadamente 650 trabalhadores que ficaram sob layoff durante todo este período [2] e 4) o pagamento da PLR está atrelada a metas de produtividade, favorecendo assim o aumento dos ritmos de produção e o assédio moral.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

TRAGÉDIA DE CASA NOTURNA GAÚCHA

Os responsáveis pelo massacre de centenas de pessoas em Santa Maria são o empresário dono da boate e a cumplicidade do Estado burguês

Incêndio na Boate Kiss, na Vila Areia no Rio Grande do Sul e o assassinato de líder sem terra no Rio de Janeiro, dramas causados pelo capital e seus representantes políticos


A morte de pelo menos 231* jovens universitários asfixiados na Boate Kiss em Santa Maria (Rio Grande do Sul) tanto porque o local não reunia as mínimas condições de segurança quanto porque foram impedidos pelos seguranças de sair da casa de show enquanto não pagassem a comanda em meio ao incêndio despertou o país para a cumplicidade estatal com o empresariado do entretenimento.

Mesmo que a boates não possuísse plano contra incêndio, alarme ou saída de emergência compatível com o público que recebia, o empresário Kiko Spohr recebeu da prefeitura alvará de funcionamento e ainda que esta licença estivesse vencida desde agosto e os extintores de incêndio vazios a casa funcionava plenamente para fabricar dinheiro pondo em risco a vida de milhares de pessoas.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

MALI

Derrotar a invasão imperialista francesa!

DECLARAÇÃO DO COMITÊ DE LIGAÇÃO PELA IV INTERNACIONAL

in English (page 24)
O imperialismo francês invadiu o Mali (mais de dois mil soldados no início de janeiro aos quais se somam aviões bombardeios de guerra franceses), com apoio britânico nesta moderna disputa pela África. Após a pilhagem bem sucedida da Líbia, uma divisão de trabalho foi aparentemente acordada como parte de uma estratégia de longo prazo. A França vai invadir e ajudar seus títeres nesta região, tendo previamente lidado com a Costa do Marfim, reeditando a política neocolonialista conhecida como Françafrique [1].

De seu lado, a Grã-Bretanha espera ajuda da França para ocupar a Somália que logo será a bola da vez. Isto tudo sob a liderança global dos EUA que estão logisticamente ocupados com suas guerras geopolíticas no Afeganistão e no Iraque, enquanto aumentam o cerco contra a China, o rival contra quem prepara-se para travar a Terceira Guerra Mundial. Israel, Arábia Saudita, Qatar e Turquia, no momento, tratam do enfrentamento com a Síria e o Irã.

A CONFERÊNCIA DE BERLIM (1884-85) desencadeou a primeira disputa colonial pela África e pelos mesmos objetivos são travadas as guerras atuais – para garantir matérias-primas e mercados e impedir que seus rivais o façam. Nesta conferência foi acordado que o continente tinha de ser realmente ocupado para que houvesse reconhecimento internacional, daí a disputa por quem ocupa. É difícil que se chegue a um acordo hoje e mesmo que ele ocorra não vai impedir a guerra inevitável entre os rivais imperialistas. O imperialismo ocidental hoje é liderado pelos EUA que tem a Grã-Bretanha e França como seus principais aliados. Estas nações imperialistas se confrontam com um bloco de nações lideradas pela Rússia e pela China, sendo a capacidade nuclear russa mais avançada em muitos aspectos e a China a nação mais importante porque está expandindo sua influência na África como em outras partes do hemisfério ocidental. O alerta urgente de Obama para que Cameron não retire a Inglaterra da Comunidade Européia [2] é motivado pelo medo de uma quebra da União Europeia empurrará a Alemanha e seus aliados mais próximos a ficarem muito tentados a abandonar o euro e olharem para o leste em direção a Rússia e China, deixando a Espanha e Itália enfrentando dilemas cada vez mais duros sobre qual campo imperialista rival deverão optar.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

VENEZUELA

Frente única para derrotar a direita e o imperialismo,
mas sem qualquer confiança em Maduro 
nem nas demais frações boli-burguesas!
Impulsionar um partido bolchevique e a 
Revolução Permanente para impor o
verdadeiro socialismo no século XXI!
in English (page 30)  -  en Castellano
DECLARAÇÃO DO COMITÊ DE LIGAÇÃO PELA IV INTERNACIONAL


Na disputa interburguesa que se realiza neste momento na Venezuela agora, está em jogo muito mais do que o futuro do chavismo.

Na Argentina, Brasil e Venezuela, através da oposição burguesa, o imperialismo anglo-ianque aumenta a pressão sobre os governos semi-coloniais para que eles nutram seu apetite crescente em meio a crise econômica internacional ou abram o caminho para novas coalizões de títeres governantes. Poucos meses depois de perder as eleições presidenciais, mas aproveitando que o ganhador não pode presidir o país, a direita tensiona as dinstintas frações do chavismo enquanto, simultaneamente, os EUA buscam na America Latina conter a expansão  do bloco burguês rival, liderado pela China e a Rússia, que ganhou influência neste continente a partir da primeira década do século XXI.

A manobra do imperialismo em preparar o pós-Chavez é uma manobra preventiva para evitar a formação – nos três países chaves das três grandes bacias da América do Sul, Orinoco, Amazonas e o sistema do Prata – de uma plataforma comum formada por Argentina, Brasil, Venezuela e demais sócios mercosulistas onde possam se expandir os interesses do núcleo Chinês-Russo.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

HISTÓRIA MARXISTA

Nossa homenagem aos revolucionários espartaquistas assassinados pela socialdemocracia contrarrevolucionária!
No dia 15 de janeiro completa-se 94 anos do assassinato dos marxistas revolucionários
Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht

Há quase um século, em 15 de janeiro de 1919, a coronhada de rifle de um soldado a mando de um governo reformista esmagava a mais brilhante e corajosa cabeça do movimento operário revolucionário alemão depois de Marx e Engels. Este acontecimento, por ter abortado a melhor oportunidade de uma revolução socialista em uma nação capitalista avançada foi como uma tragédia de proporções bíblicas sobre o futuro da luta do proletariado mundial até os nossos dias.

Como caracterizou o escritor Isaac Deutscher, o assassinato de Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht foi o primeiro triunfo da Alemanha nazista. Teve consequências desastrosas para a luta de classes, selando o isolamento da revolução russa e todo refluxo posterior até a II Guerra Mundial.

Um ano após a tomada do poder pelos bolcheviques, o centro gravitacional da luta de classes havia passado para a Alemanha. Certamente, se uma revolução liderada por Luxemburgo e Liebknecht tivesse sido vitoriosa, o imperialismo seria golpeado de morte, em um de seus bastiões centrais, logo ao ingressar em sua fase decadente. A história da humanidade seria completamente diferente. Figuras abjetas como Hitler ou mesmo Stalin não teriam desempenhado o papel que tiveram, para não falar em outros personagens desprezíveis e acontecimentos reacionários que vieram depois, como a criação do Estado nazi-sionista de Israel. 

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