quarta-feira, 25 de maio de 2011

BANCÁRIOS - SÃO PAULO

LC ingressa na chapa de oposição para reconquistar
o Sindicato das mãos de Dilma e dos banqueiros
para os trabalhadores bancários
Companheiro da LC na Convenção da Chapa 2 de
Oposição para eleição da diretoria do Sindicato
dos Bancários de São Paulo
No dia 11/05 ocorreu a Convenção para a definição da chapa de oposição à diretoria do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região. Estavam presentes cerca de 80 companheiros trabalhadores, predominantemente do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, os quais têm sido, historicamente, vanguarda nas lutas de enfrentamento à administração de Lula e do PT. Estiveram presentes três correntes políticas na convenção, o PSTU, a Liga Comunista e o Espaço Socialista.
Hoje, a política governista e patronal da diretoria do Sindicato dos Bancários de São Paulo condena a nossa categoria a um brutal arrocho salarial enquanto os banqueiros nadam em lucros estratosféricos. Esta política de colaboração de classes também faz com que os bancários sejam vítimas de metas abusivas, péssimas condições de trabalho, assédio moral, demissões, transferências arbitrárias e doenças como a LER, o stress, a depressão e o alcoolismo.

O mais absurdo é que essa burocracia que dirige o nosso sindicato, representada nestas eleições pela continuísta chapa 1, se tornou sócia dos donos das seguradoras e lucra com o assédio moral imposto a nós para vender os seguros e outros produtos.

A Liga Comunista é representada nesta convenção por um companheiro bancário há 24 anos, que já trabalhou em banco privado, no Itaú e depois ingressou na Caixa Econômica Federal. O companheiro foi delegado sindical por oito mandatos por três importantes agências do centro de São Paulo, tendo sido eleito para a CIPA de uma delas. Já participou de chapas de oposição tanto para o Sindicato dos Bancários quanto para a APCEF/SP. A LC foi a segunda força em termos de representatividade numérica de bancários agrupados na convenção.

A Liga Comunista participou da convenção ingressando na chapa 2 de oposição à atual diretoria defendendo dois princípios:

1) A independência política em relação ao governo e aos banqueiros, o que significa fazer uma chapa de oposição de verdade sem compor com setores situacionistas da atual gestão pelega do Sindicato da CUT e do PT, ou seja, sem compor com a Intersindical que também faz parte da atual diretoria do Sindicato dos Bancários e fez parte da chapa 2 na recente eleição da APCEF (vide o artigo “Por uma oposição de verdade para a APCEF!” nO Bolchevique #3). Foi por defender este princípio que nós não apoiamos nenhuma das chapas que disputaram a APCEF/SP e chamamos voto nulo no pleito.

2) A defesa da plena democracia sindical em nossa categoria e em nossa chapa. É por defender este segundo princípio que quando soubemos que a chapa 2 candidata às eleições da APCEF foi impedida pelo gerente de fazer campanha em nossa agência, nós entramos em contato com os membros da chapa para articular a volta deles a nosso local de trabalho para fazer campanha, como de fato ocorreu.

Temos profundas diferenças políticas, sindicais e programáticas tanto no plano nacional quanto no plano internacional com o partido hegemônico na chapa de oposição ao Sindicato, o PSTU, com quem compomos. Discordamos do balanço da ultima campanha salarial, comemorada pelo PSTU e pela direção do MNOB, quando na verdade fomos obrigados a trabalhar muito mais, com um reajuste que mal supriu as perdas inflacionárias, muito maiores que a inflação real declarada pelo governo, um reajuste ainda mais miserável se compararmos aos superlucros dos banqueiros. Discordamos da reivindicação do salário mínimo do Dieese, cujo valor é rebaixado por este instituto controlado pela CUT e defendemos o salário mínimo vital. Discordamos da reivindicação acrítica da PLR e denunciamos que a PLR é um engodo patronal, reivindicando a incorporação do que é pago como PLR, assim como o conjunto das gratificações e abonos salariais, reivindicamos a reposição de nossas perdas históricas e a antecipação da campanha salarial.

Por tudo isto companheiros nós construímos uma oposição de verdade para nosso sindicato, para derrotar a chapa dos banqueiros e do governo Dilma e reconquistar o sindicato para os trabalhadores bancários.