segunda-feira, 30 de abril de 2018

DECLARAÇÃO SOCIALISTA REVOLUCIONÁRIA INTERNACIONAL DE 1o DE MAIO

International Revolutionary Socialist Statement
Διεθνής επαναστατική Σοσιαλιστική Δήλωση
Declaración Socialista Revolucionaria Internacional
अंतर्राष्ट्रीय क्रांतिकारी समाजवादी वक्तव्य
Declaração Socialista Revolucionária Internacional


Workers Socialist League – EUA
Socialist Fight – Grã Bretanha
Communist Revolutionary Action – Grécia

Tendência Militante Bolchevique – Argentina
Bhagat Singh's Socialist – India
Frente Comunista dos Trabalhadores – Brasil


Os EUA marcam 2018 aprofundando a ameaça da terceira guerra mundial. As principais tendências da luta de classe internacional nesse ano apontam que o império realizou uma revanche e recuperou uma parte do planeta perdida para o bloco euroasiático após a crise econômica de 2008. Os EUA declararam uma guerra comercial contra a China e impuseram novas sanções sobre aquele país, Rússia e Irã. Nos últimos anos, através de vários mecanismos de guerra híbrida, golpes de estado, campanhas midiáticas, eleições fraudulentas, os EUA recuperaram parte de seu controle neocolonial na América Latina (Brasil, Argentina, Peru, Equador, Chile, Paraguai, Honduras). Estabilizando as relações de seu núcleo duro com a Europa, os Estados Unidos, Grã Bretanha e França, reestabeleceram mais uma vez como alvo principal a disputa o Oriente Médio, recusando-se a aceitar a derrota para o bloco eurasiano na Síria (Rússia, Síria, Irã e Hezbollah) e estão prontos para quebrar os acordos de paz e desarmamento assinados pelo governo Obama sobre o Irã e Ucrânia em 2015. Aliado a Israel, retoma hostilidades contra o Irã e fornece munição pesadas (incluindo mísseis) à Ucrânia.

Da mesma forma, o imperialismo realiza a guerra assimétrica chamada Lawfare, agentes internos do imperialismo usam o sistema legal contra seus inimigos burgueses nacionais, como tem sido feito contra o Brasil, Zimbábue (artifícios combinados que possuem uma evidente articulação golpista), África do Sul e Armênia. Hoje estão na mira Venezuela, Afeganistão, Bangladesh, Mianmar, Camarões, Colômbia, Egito, Iraque, Tunísia e Ucrânia, semicolônias instáveis ​​onde a CIA e os agentes do imperialismo estão trabalhando para assegurar a mudança de regime ou defender regimes já instalados contra revoltas da classe trabalhadora e pobre no país.

O imperativo é garantir a dominação imperialista não apenas sobre a Síria, mas também sobre o Irã e, e em última análise, sobre a Rússia e a China por meio da balcanização e da mudança de regime. Isso envolve o enfraquecimento de todo e qualquer regime árabe e do Oriente Médio, autocrático ou democrático, que mostre o menor potencial para enfrentar Israel no Oriente Médio e no Norte da África.

O New York Times comentou o significado da troca de cadeiras no secretariado de Trump, saíram os moderados e entraram os linha dura. O moderado HR McMaster foi demitido para assumir o belicista John Bolton no Conselho Nacional de Segurança, a NSA. O moderado Rex Tillerson foi substituído por Mike Pompeo (ex-diretor da CIA) no Departamento de Estado. Pompeu é uma criatura dos magnatas irmãos Koch que patrocinaram o golpe de Estado no Brasil, o MBL, etc. E, na direção da CIA, Trump agora tem a defensora da tortura, Gina Haspel, ainda a ser aprovada pelo Congresso, que irá compor o trio reacionário na NSA, CIA e Departamento de Estado. A suposta reaproximação com Kim Jong-um na Coréia do Norte é apenas um recuo tático, temporário nessa arena, enquanto centra fogo nos preparativos para a guerra no Oriente Médio e na Ucrânia.

ARGENTINA

Desde quando o FED – o banco central dos EUA – começou a subir a sua taxa de juros, a Argentina sofre com esse aspirador planetários de dólares ligado. Os EUA atraem capitais de todo o mundo e os capitais especulativos da qual a Argentina tornou-se economicamente dependente começam a evacuar o país, com toda as turbulências económicas que isso gera, ataques especulativos, exaustão das reservas do banco central argentino para conter a própria fuga de capitais. Desse modo o governo de Macri, avança ajustando, como no caso do reajuste dos preços das tarifas públicas, da inflação, etc. Ajuste que o governo Macri aprofunda em um contexto onde ele se revela incapaz de resolver a relação da Argentina com o mercado mundial e ativar os “motores de crescimento”, como se nota pelo déficit fiscal e sobretudo o déficit comercial. Situação que perdurará enquanto ainda puder recorrer ao endividamento externo. Mas quando essa bola de neve chegar ao seu limite, assistiremos a uma crise de sobre endividamento.

Na Argentina, guerra hibrida continua através da perseguição judicial ao kichnerismo para estrangular a mesmo a mais tímida oposição nacionalista. Para impor seu ajuste o governo pro-imperialista necessita aprofundar sua orientação repressiva como já vem fazendo ao perseguir os lutadores populares. Todavia, por suas próprias contradições neocolonialistas a direita marcha para liquidar economicamente ao país como ocorreu durante a crise desatada em 2001. É por isso que a classe operária deve aproveitar a situação que se avizinha para dar uma resposta política, combinando a frente única de massas contra o imperialismo e seus agentes nacionais, com a luta pela sua organização independente em partido revolucionário para disputar e tomar o poder e não cair mais nas tendência própias da impotência pequeno burguesa como a consigna “que se vayan todos”, etc.

BRASIL

O Golpe de Estado parlamentar no Brasil de 2016 pode ter sido a mais importante vitória do imperialismo nas batalhas de sua campanha de guerra híbrida e revanche contra a ascensão dos BRICS. Para assegurar que o Partido dos Trabalhadores não volte a governar, prenderam seu líder, o ex-operário Lula, através de um julgamento fraudulento e típico de regimes ditatoriais, e o mantém em uma solitária, neutralizado politicamente, transformando-o em um Nelson Madela brasileiro. O golpe está eliminando cada uma e todas as conquistas trabalhistas, sociais, previdenciárias dos trabalhadores. O congelamento dos gastos sociais do Estado por 20 anos está deteriorando vertiginosamente com a saúde, educação e os salários dos trabalhadores estatais. O desemprego oficial atinge mais de 14 milhões de pessoas, a dívida pública, 59% do PIB e, no último ano, a pobreza extrema cresceu 35% na maior região metropolitana e industrial do país, São Paulo. A contra reforma trabalhista promoverá uma extrema precarização do trabalho, uma nova escravidão. A privatização das estatais, do petróleo e energia, significará uma nova colonização.

O fascismo paraestatal, com seus ataques físicos cada vez mais sistemáticos, assassinatos como o da vereadora socialista e negra Marielle e a ameaça de um golpe militar, que teve início pela intervenção do Exército no Rio de Janeiro, são instrumentos do imperialismo e da burguesia para amedrontar os trabalhadores e facilitar a expropriação dos direitos do povo.

Dialeticamente, essa ofensiva da direita capitalista tem provocado uma gradual superação da dispersão, desorganização e desmoralização que caracterizaram o movimento de massas no período dos governos de conciliação de classes do PT, que facilitaram a ofensiva da direita, agente do imperialismo. A grande massa da população reivindica, ainda passivamente, o direito a votar em Lula, hoje, preso político do regime golpista. Defendemos a imediata libertação de Lula, e seu direito a ser candidato nas eleições presidenciais previstas para os próximos meses. O processo de reorganização da luta proletária ainda não deu seu salto de qualidade em número de pessoas mobilizadas nas lutas de ruas, nem em organicidade, na construção de superiores organizações de vanguarda e de massas, com força política suficiente para derrotar o imperialismo e a direita fascista, nem remover as medidas escravocratas e colonialistas ou conter o curso de militarização do regime político.

Diante dos ataques físicos, cada vez mais sistemáticos da direita, ameaçando a vida dos trabalhadores e suas organizações, defendemos a construção de uma Frente Única Antifascista e Antiimperialista, nas ruas e nas eleições e a criação de comitês de luta e autodefesa sindical e popular para, de forma concreta, assegurar a integridade das lutas da classe trabalhadora, da juventude e dos oprimidos, suas manifestações e reivindicações de todos os ataques da extrema-direita e neofascistas.

GRÃ-BRETANHA

É dever do movimento operário dos países imperialistas defender a Síria e a Rússia contra este exercício de pirataria imperialista e apelar à derrota do imperialismo. Esse ataque claramente envolveu uma preparação determinada e sustentada para tentar incutir a russofobia na população; o falso e farsesco suposto assassinato do ex agente russo Serguei Skripal, com agentes químicos de ataque ao sistema nervoso supostamente mortais, que acabaram não sendo tão mortais, e agora o aparente sequestro de Yulia Skripal pelos serviços de inteligência é um bom exemplo. As alegações feitas sem provas contra a Rússia, cujos assassinos, quando se referem a negócios, estão longe de serem incompetentes e autoincriminantes - grandes setores da população compreensivelmente consideram suspeita a história do Estado britânico.

Uma pesquisa de opinião descobriu que apenas 21% da população do Reino Unido apoiou o ataque à Síria devido ao incidente com a Douma. Muitos terão notado que a velocidade da resposta imperialista a um ataque não comprovado e altamente suspeito na Síria contrasta descaradamente com o sua oposição em criticar, muito menos em condenar ou ameaçar a guerra (!) ao tiroteio em massa, comprovado e insuspeito, de manifestantes defensores dos direitos civis palestinos na Grande Marcha de Retorno em Gaza. Além disso, pesa sobre essa questão um medo considerável de conflito armado com a Rússia e uma terceira guerra mundial nuclear. Alemanha e Itália se recusaram a ter qualquer coisa a ver com o ataque.

O escândalo dos imigrantes Windrush [envolvendo os maus tratos dessa geração de uma geração de imigrantes caribenhos que vieram para o Reino Unido para reconstruí-lo após a II Guerra sob a promessa de receberem cidadania e indenizações e foram traídos e submetidos a deportações forçadas] é um raio que iluminou a verdadeira face da classe dominante britânica e sua política burguesa. É racista até o tutano. Mesmo dentro da classe dominante e seu gabinete, foi reconhecido que as políticas adotadas pelos conservadores sob o comando de David Cameron, tanto em coalizão com os liberais democratas e sozinho sob Cameron e May desde 2015, se assemelham em certa medida às políticas da Alemanha nazista. Não no sentido de que as pessoas sejam realmente exterminadas fisicamente, mas em termos da privação sistemática de direitos civis para aqueles que têm a ousadia de serem migrantes pobres, ou filhos de tais, ou que têm parceiros não-britânicos, ou são estudantes estrangeiros, para mencionar apenas uma amostra: a perseguição de minorias vulneráveis. Trata-se de todas as histórias horríveis sobre pessoas as quais foram negados o tratamento do câncer, que foram detidas e deportadas, pessoas que visitam parentes no Caribe são impedidas de voltar ao Reino Unido depois de morarem aqui por 40 ou 50 anos, sendo impedidas de comparecer ao funeral da mãe ou de seus familiares, ao casamento da filha, em que os trabalhadores do sistema de saúde pública, o NHS, são orientados a negar o direito ao tratamento no NHS, etc.

A expulsão do veterano anti-racista Marc Wadsworth em uma falsa caça às bruxas “anti-semítica” por ele criticar Ruth Smeeth em junho de 2016 por “trabalhar de mãos dadas” com um repórter do Daily Telegraph foi absolutamente vergonhoso. Um juri de três pessoas, todas brancas, do Comitê Nacional Constitucional do Partido Trabalhista, expulsou Marc em 27 de abril de 2018, sob a frase cretina de que se não fizessem isso "levariam o partido ao descrédito". Marc fundou a Aliança Anti-Racista em 1991 e ajudou os pais de Stephen Lawrence em sua campanha por justiça para seu filho assassinado.

Apesar do crescente número de falsas alegações de anti-semitismo, o número de casos de anti-semitismo entre os membros do Partido Trabalhista permanece pequeno. Muitas das alegações foram infundadas e politicamente motivadas - tentativas de expurgar ou amordaçar os membros que são críticos das políticas e ações do governo israelense contra os palestinos, particularmente membros pró-Corbyn da esquerda do partido.

O mais vergonhoso é o silêncio de Corby e, de fato, seu endosso tácito as expulsões como a de Marc. Tudo indica que a caçada continua e eles apoiaraõ a expulsão de Jackie Walker e do ex-prefeito de Londres, Ken Livingstone, por acusações totalmente falsas. Agora, eles estão expostos a vergonhosa possibilidade de uma corte burguesa anular suas expulsões falsas com base na justiça natural. Tudo isso indica que, se Corbyn for eleito, capitulará por atacado a todas as ofensivas do establishment capitalista em cada questão. Ele agora está exposto como um espantalho.

EUA

A contra-ofensiva imperialista conseguiu avançar no mundo e estabeleceu uma trégua nacional entre as duas alas do imperialismo (Democratas e Republicanos, com toda suas contradições e frações, de Bernie Sanders ao Tea Party). No coração do monstro, ocorreu um relativo e momentâneo processo de estabilização econômica, apoiado no aumento da opressão sobre os trabalhadores e imigrantes, na precarização generalizada do trabalho e no aumento da miséria. Assim, embelezando os índices oficiais, Jerome Powell, o presidente do FED (o banco central que mais influi na economia planetária), anunciou que o desemprego nos EUA caiu de 10% em 2009 para 4,1% em 2018, mas o crescimento econômico mal chega a 2%. Entre 2000-2007 o crescimento foi de 3% ao ano, o que, para os EUA, é muito acima do ritmo de expansão atual. Powell reconhece que “a diferença, evidentemente está na produtividade, que possuía um ritmo de crescimento duas vez maior no início dos anos 2000 do que agora. E numa perspectiva mais ampla, o ritmo médio de crescimento da produtividade do trabalho, a partir de 2010 até agora, é o mais lento desde a II Guerra Mundial, e cerca de ¼ da taxa média do pós-guerra. A queda da produtividade é um fator generalizado”, não apenas nos EUA, mas que reflete exatamente a desqualificação da geração dos novos empregos, cada vez mais precários, desqualificados, improdutivos e que empobrecem o mercado consumidor, debilitando também a cadeia econômica do capital na circulação e no consumo de mercadorias.

Como uma medida da guerra econômica, o FED anunciou a elevação de sua taxa básica de juros para 1,75%, uma elevação contínua, que se iniciou em 2015 e deve continuar subindo nos próximos anos. Trata-se de uma medida anti-crise, para precaver-se de uma fuga de capitais, aspirando dólares e investimentos especulativos do restante do mundo. Para que o grande capital dos EUA não seja afetado nem se crie recessão, foram aprovados estímulos fiscais por meio de imensos cortes de impostos na ordem de US$ 1,5 trilhões, e US$ 300 bilhões em transferências indiretas adicionais do governo para as corporações. Mas a classe trabalhadora e a pequena burguesia sofrerão com a elevação dos juros nos cartões de crédito, hipotecas, empréstimos para automóveis e casas e outras linhas de crédito que não tem taxas fixas. Trump impôs a reforma do imposto de renda mais severa para a classe média dos últimos anos, beneficiando as corporações, principalmente da especulação imobiliária. A espoliação interna do proletariado, a ampliação dos ganhos da burguesia imperialista e a reconquista do espaço internacional perdido para a Rússia e China no continente americano, permitem a Trump assegurar um nível de estabilização política no interior da super classe imperialista para repactuar com a França e Alemanha e reestabelecer a liderança dos EUA no cenário mundial. A farsa de protetor humanitária é mantida, mas agora os EUA cobram dos parceiros, de uma forma empresarial, a taxa de proteção e a divisão dos custos das aventuras militares. Desse modo Trump cumpre com as promessas de redução do desemprego, da primazia dos EUA sobre os outros (America First!) e da retomada da iniciativa dos EUA na condução da política mundial, tendo como plano estratégico, derrotar a Russia, a China e o crescimento dos BRICS.

Assim, a era Trump anuncia o fim dos direitos estabelecidos após a segunda guerra mundial, a eliminação dos direitos trabalhistas, previdenciários, proteções humanitárias para imigrantes. A guerra interna racial é fomentada com apelos neonazistas. O que desvia a atenção da classe branca pobre de sua caótica situação atual. A crise capitalista é resolvida pela entrada em cena de elementos fascistas no controle social que assegure uma escravização da classe trabalhadora. Amplia-se o fenômeno da super exploração da força de trabalho que passa a receber valores abaixo do mínimo necessário para a sua reprodução. Wall Street nunca fez tanto dinheiro e os empresários estão todos satisfeitos.

Resistindo heroicamente a essa ofensiva do capital, em vários estados, Virgínia Ocidental, Kentucky, Oklahoma, Arizona, os trabalhadores vão para as ruas, com os professores na vanguarda, vão para a luta por aumento salarial, contra o aumento da contribuição previdenciária e os cortes de verbas da Educação, cortes que têm reduzido as aulas a quatro dias por semanas em algumas escolas. Mesmo sendo as greves declaradas ilegais pela justiça, e apesar da política traiçoeira das direções sindicais democratas, milhares os professores foram a greve vestindo vermelho e reanimando a luta de classes no coração do monstro imperialista. A vitória desses trabalhadores é parte da vitória em nossa luta contra a barbárie.

ÍNDIA

Atualmente, a condição política da Índia está dentro de uma fase decadente. O crescente endividamento da Índia com o FMI e o Banco Mundial contribuiu para a ascensão dos elementos fascistas de extrema-direita. Com a extrema direita alojada no centro do poder, as tendências fascistas estão em ascenso. O fundamentalismo religioso, o comunalismo e o sistema de castas são as armas mais mortais da classe dominante indiana, que ele usa para reprimir as atividades e protestos de massa. Nessa atmosfera política da Índia, cada vez mais ganha força a iniciativa de uma da criação de uma frente única nacional de todos os chamados "partidos antifascistas" (todos os quais são partidos parlamentares burgueses) em uma aliança comum sob um programa mínimo comum. Cresce a insegurança por parte das castas oprimidas e outras minorias. Nos últimos anos, casos de atrocidades contra os muçulmanos e as castas baixas chegaram a um nível assustador. Os suicídios dos camponeses pobres aumentaram de uma maneira que parece ser imparável enquanto persistirem as políticas anti-povo de ódio e intolerância fascista. A longa marcha dos agricultores mais recentes em Maharashtra e os protestos dos trabalhadores rurais em alguns outros estados, embora exemplares, ainda não conseguiram alcançar nenhum sucesso a longo prazo. Os camponeses ainda não romperam com o modelo agrícola capitalista como a única alternativa prática. O Partido Bhartiya Janta, um partido neoliberal fascista, é o principal catalisador por trás dessa condição perigosa da política indiana atual. Ele conquistou muitas eleições por meio de suas táticas manipuladoras burguesas na maioria dos estados. Em toda parte, há suspeitas de que o BJP hackeou e manipulou as urnas eletrônicas (Máquinas Eletrônicas de Voto, EVMs) para ganhar as eleições a qualquer custo. A insensibilidade dos partidos comunistas existentes e os esforços do BJP para excluir os comunistas e chamá-los de "antinacionais" tornaram a Índia um país onde é preciso viver em um estado de constante medo e submissão. Os esforços do BJP para criar uma nação hindu monoculturalista com base em uma língua e uma religião minam e destroem a cultura sincrética de nosso país. O senso de coexistência pacífica e a liberdade de expressão que existiram na Índia estão sob a ameaça da crescente influência desse partido fascista. O movimento de estudantes antifascistas de esquerda, por outro lado, ganhou força e muitos líderes estudantis alcançaram fama nacional. Seu foco agora está centrado em combater o mal do fascismo. A política da Frente Única Nacional não vai destruir o fascismo e a política de extrema-direita na Índia. Apenas uma frente antifascista dos Camponeses e Operários Revolucionários, guiada pelos jovens formados na teoria Marxista-Leninista, pode trazer uma possível mudança alternativa para uma forma de política que será capaz de cumprir os direitos dos cidadãos oprimidos da Índia.

A atual situação mundial exige uma luta antiimperialista global. Os gritos de morte ao neo-imperialismo estão soando em voz cada vez mais alta. Qualquer que seja o caso, o reformismo e gradualismo não vão se sustentar. Esta é a questão vital de milhões de cidadãos trabalhadores explorados do mundo. Os trabalhadores oprimidos do mundo estão pedindo a abolição da exploração dos homem pelo homem. Vamos estudar mais, organizar mais, agitar mais e lutar o combate final contra o capital transnacional. Vamos prometer e cumprir os ideais dessa Declaração de Primeiro de Maio

GRÉCIA

O capitalismo grego sobreviveu à crise impondo uma longa austeridade de 60 anos ao proletariado. As enormes manifestações militantes de 2010-2012 e a onda massiva de radicalização pertencem ao passado. A derrota nas ruas combinada com a falência da via parlamentar e a total capitulação do SYRIZA aos ditames da burguesia grega, a UE e o FMI deixaram a maior parte do proletariado desmoralizada e na busca de soluções individuais, especialmente na ausência de uma alternativa política credível da classe trabalhadora.

O capitalismo grego perdeu uma grande parte do seu PIB e desceu alguns lugares na cadeia hierárquica, mas isso não o impede de sonhar em recuperar o terreno perdido através da atualização de sua posição geopolítica. Está aprofundando sua aliança com os EUA e o Estado sionista e está tentando reivindicar grandes extensões do Mar Mediterrâneo, que contêm petróleo e gás, como sua própria Zona Econômica Exclusiva, à custa dos povos da região. Vende armas aos assassinos sauditas, apoiando-os descaradamente em sua quase guerra genocida contra o povo iemenita. E os navios norte-americanos que bombardeiam a Síria costumam ter como ponto de apoio os portos gregos.

Na Grécia, o tempo do protesto social e da luta de classes dentro dos limites aceitáveis ​​do período anterior acabou. Isso é algo que precisa ser entendido pela vanguarda e pelo movimento. A experiência do SYRIZA fornece mais uma prova de que não há como avançar, sem uma luta intransigente contra a burguesia e seu estado.

CONCLUSÃO

Passados ​​132 anos desde o levante dos trabalhadores em Chicago e 50 anos desde maio de 1968, a reação burguesa internacional pode gabar-se de que o fantasma do comunismo se foi para sempre. Eles podem se sentir confortáveis ​​pensando que o movimento dos trabalhadores não é mais motivo de grande preocupação. Mas eles não eliminaram o Primeiro de Maio vermelho; não enquanto a revolução e o comunismo continuarem a inspirar centenas de milhares de pessoas em todo o mundo. Não enquanto o Império, garantidor da ordem capitalista no planeta, estiver sendo espancado, onde ele tenta reafirmar sua hegemonia, expondo a fraqueza reprodutiva estrutural de um sistema que vive de sua própria carne.

132 anos desde Chicago, a luta continua. Pela derrota do Império na Síria com a vitória do Exército Árabe Sírio e seus aliados. Pela defesa do Donbass e pela derrota das forças fascistas de Kiev apoiadas pela OTAN. Pela defesa da Coréia do Norte contra as ameaças dos gangsters imperialistas que tomaram para si o monopólio do uso da violência em todo o planeta. Pela vitória dos Ansarullah (Houthis) no Iêmen contra os assassinos sauditas apoiados pelos EUA. Pela vitória da Intifada palestina contra o xerife racista do imperialismo que é o estado sionista. Pela defesa dos governos “rebeldes” da América Latina que se encontram na mira do imperialismo e dos seus golpistas.

A luta também continua no coração das metrópoles imperialistas, onde a "democracia" burguesa está sendo transformada em um estado constante de exceção contra imigrantes, refugiados, negros, estrangeiros e todos aqueles que são diferentes. Onde os bandos fascistas pairam esperando sua hora. Onde os ganhos sociais estão sendo dilacerados, com a classe trabalhadora sendo condenada a um estado de constante austeridade e insegurança.

Aí reside a esperança do movimento dos trabalhadores recuperando seu orgulho de classe. Aí redescobrirá sua bandeira: a bandeira vermelha da revolução e do comunismo. Aí redescobrirá o fantasma que ronda a luta de classes.