domingo, 5 de março de 2017

EM DEFESA DA COREIA DO NORTE

Em defesa da Coréia do Norte, pela revolução social que derrube o governo pró-imperialista da Coréia do Sul!

Protesto de massas contra a presidenta sul coreana,
representada por uma cobra a qual estão presos os logotipos
das multinacionais chaebols Samsung, Hyundai
O governo da Coreia do Sul, os EUA e a mídia capitalista mundial impulsionam uma campanha sórdida e distracionista contra a Coreia do Norte (República Popular Democrática da Coreia, RPDC), a partir de uma denúncia do governo da Coréia do Sul, acusando o regime do Estado operário de ter envenenado o irmão pro-capitalista e amante da Disney do dirigente da Coreia do Norte. As explicações da Coreia do Norte deixam dúvidas sobre a propaganda anti-RPDC da burguesia mundial. Por outro lado, fica cada vez mais crível o envenenamento de Chavez pelos métodos que agora o imperialismo acusa a Coreia do Norte.

Na entrevista coletiva do representante norte coreano, ele levanta a suspeita que a Coreia do Sul construiu a denúncia do assassinato político do irmão de Kim Jong Un quase que instantaneamente ao incidente, sugerindo que a Coreia do Sul forjou a trama para deslocar o foco para a rival depois que a Coreia do Norte começou a tirar vantagens políticas dos protestos de massas contra o governo da direitista presidenta Park Geun hye cuja crise política ao impeachment.

Ver "Rechaço à acusação absurda dos EUA e Coreia do Sul no caso do cidadão morto"

Chaebols, conglomerados burgueses que produzem miséria,
que alimenta a simpatia da população do sul com o Estado do Norte
O parlamento sul coreano, inclusive seu partido votaram pelo afastamento de Geun hye, transferindo para si mesmo o governo do país, chefiado agora pelo primeiro ministro Uan-Ky-An. A campanha contra a RPDC parece ser então uma manobra distracionista para que o enorme proletariado sul coreano não avance na luta contra todo o regime das multinacionais chaebols como a Samsung, Hyundai e LG, do qual Park Geun hye era a representante maior.

O imperialismo demoniza a RPDC e agora esse escândalo serve para encobrir que a vitrine capitalista montada pelos EUA ao sul da península é um antro de corrupção em larga escala, um regime que engana seus cidadãos e drena fortunas de sua força de trabalho. A verdadeira natureza do regime de Park Geun hye, do conservador Grande Partido Nacional. O próprio Ministro da Defesa de Park, Han Min-koo, admitiu em uma seção do parlamento que havia um plano secreto para assassinar o líder norte coreano, Kim-Jong un.
Mural do artista sul coreano Hong Sung-dam, ilustrando Guen hye como um espantalho manipulado por forças do mal, como seu pai, um ditador Park Chung-hee, ao mesmo tempo que denuncia a
domonização do regime norte coreano. O muralista foi processado por difamar a presidente, qualificado de "pintor comunista" e recebeu ameaças de morte
O regime ditatorial de Park persegue a rival vizinha, os seus próprios operários, muralistas, cineastas opositores que denunciaram a ditadura em suas obras.

Park Geun hye é herdeira política de uma ditadura venal sul coreana. É filha de Park Chung-hee (que foi presidente de 1963 a 1979), cujo governo foi marcado pelo forte anticomunismo e pelo Milagre do Rio Han, período de significativo crescimento econômico. Em 1979, seu pai foi morto por um tiro disparado pelo diretor da Agência Central de Inteligência da Coréia do Sul (NIS). Park Geun-hye, assim como seu predecessor e companheiro de partido Lee Myung-bak adotaram uma política mais dura contra a RPDC.

O escândalo sul coreano teve início com a revelação de que quem verdadeiramente decidia os rumos do governo de Seul era a confidente de Park Guen hye, Choi Soon-sil, de 60 anos e amiga íntima da presidente Park, que tinha acesso a documentos confidenciais e intervia em assuntos de Estado sem ostentar cargo público algum, além de usar sua influência para captar apoios em grandes multinacionais do país e se apropriar de fundos. As duas são acusadas de conspirar para que grandes empresas doassem US$ 64 milhões a fundações administradas por Choi Soon-sil. Choi é filha do falecido Choi Tae-min, fundador da seita "Igreja da Vida Eterna" - um estranho culto picareta que mistura várias religiões. A história se repete de forma mais escabrosa com a geração seguinte de Rasputin e governante reacionário (a). Choi Tae-min convenceu Park Chung-hee de que através de sua religião ele poderia se comunicar com a esposa morta por um tiro de um norte coreano em 1974.

Nos regimes stalinistas, e mais ainda um regime baseado na hereditariedade como o norte coreano, as purgas familiares não são raras. Todavia, a propaganda ideológica anti-RPDC é completamente reacionária e feita por um regime mundial que utiliza em larga escala contra os adversários o que neles critica. O episódio vem servindo para isolar mais ainda diplomaticamente a RPDC e realizar uma contrarrevolução em um dos poucos Estados operários que se mantém de pé. Esmagar a última nação rebelde do continente é vital para o projeto escravocrata da burguesia mundial, e em particular da burguesia chaebol, temerosa que a Coréia do norte sirva de exemplo para o imenso proletariado asiático.

Defendemos que a crise política sul coreana evolua para a tomada do poder pelos trabalhadores superexplorados sul coreanos contra o "novo governo" baseado no parlamento, o fim de todos os bloqueios impostos pelo imperialismo a RPDC, pela revolução política proletária em direção ao socialismo e a unificação operária e comunista da península, como parte da luta pela conquista da Federação Socialista do Sudoeste Asiático com novas revoluções sociais em toda região, incluindo nos países governados por burguesias restauracionistas oriundas do PC na China e Vietnã.