sábado, 23 de abril de 2016

CONSTRUIR A GREVE GERAL APOIADA NOS COMITÊS POPULARES DE CADA LOCAL DE TRABALHO, ESTUDO E MORADIA

Construir a Greve Geral apoiada nos Comitês Populares
de cada local de trabalho, estudo e moradia
A geopolítica por trás do Golpe de Estado no Brasil

O Golpe de Estado que está em curso no Brasil vem sendo posto em prática desde 2013. A onda conservadora que o acompanha não surgiu espontaneamente nem sequer é autóctone.

A CRISE DE 2008 NOS EUA E EUROPA ABRE ESPAÇO PARA A EXPANSÃO DA INFLUENCIA DOS BRICS

A crise capitalista de 2008 provocou uma retração econômica dos EUA e União Europeia no mercado mundial. Foi então que um grupo de países comandados por China e Rússia, os BRICS, do qual o Brasil faz parte, ocuparam esse espaço. Em 2009, foi realizada a primeira cúpula dos BRICS. Nesse ano, a China passou a ser o principal exportador e importador de mercadorias para o Brasil. Desde 1500, o comercio brasileiro foi dominado pela potência capitalista dominante no planeta da época, Portugal, Inglaterra, EUA.

Em 2015, as economias dos cinco membros dos BRICS somam 20% do PIB mundial e a troca entre eles corresponde a 250 bilhões de dólares. Nas relações capitalistas entre os BRICS, predomina a exportação de mercadorias, sobretudo commodities, sobre a exportação de capitais. As burguesias de China e Rússia tem pretensões imperialistas, mas ainda não o são. Para os marxistas, o imperialismo é caracterizado pela exportação de capitais e é a política expansionista do capital financeiro. Sendo assim, as relações capitalistas entre os BRICS e deles com os demais países não imperialistas são menos parasitárias, opressoras e agressivas que as relações imperialistas. Em toda luta, tomamos sempre o lado oposto ao do imperialismo. Todavia, ainda que fiquemos em defesa de um país dos BRICS contra o imperialismo e seus agentes, contra a oposição golpista no Brasil ou contra o Estado Islâmico na Síria, seguimos permanentemente nossa luta pela revolução socialista e o poder dos trabalhadores.

O IMPÉRIO CONTRA-ATACA

Recuperado da fase aguda da crise, graças a miséria crescente e do achatamento salarial de sua classe trabalhadora, os EUA retomam a iniciativa no campo geopolítico e tratam de reestabelecer por todos os meios, principalmente a chantagem econômica, a influência comercial e política perdida. O Golpe de Estado é a forma mais violenta da retomada dessa influência quando os governos de turno dos países imperializados não cedem pacificamente aos interesses imperialistas.

Antes de ser desencadeada no Brasil em 2013, vários Golpes de Estado foram realizados sob essa estratégia em países menores como Honduras, Paraguai, Líbia, Ucrânia, Tailândia, cujos governos se aproximaram dos BRICS ou de governos que lhe são próximos como os bolivarianos. Foram os golpes contra a periferia dos BRICS.

O golpismo é uma expressão do contra-ataque imperialista. Estamos vivendo a segunda onda do contra-ataque imperialista, agora contra os próprios membros dos BRICS, o imperialismo move todos seus peões, guerra comercial, ataque especulativo, bloqueio econômico, patrocina candidatos opositores e fustiga a guerra civil. Esse contra-ataque vem encontrando resistência do bloco de países capitaneado pela Rússia e China e esse acirramento deu início a uma nova guerra fria, dessa vez, intercapitalista. Essa guerra fria já possui conflitos de disputa militar indireta, como na Síria, Ucrânia, Iêmen. O conflito caminha para uma Terceira Guerra Mundial.

A II FASE DO CONTRA-ATAQUE IMPERIALISTA, CORRENDO
CONTRA O TEMPO PARA COMBATER A AMEAÇA DE DESDOLARIZAÇÃO

A principal ameaça dos BRICS ao imperialismo na atual etapa da guerra fria reside nas questões econômica e monetária. Os BRICS desejam negociar entre si sem pagar tributo aos EUA de ter que realizar suas transações comerciais com suas próprias moedas e criaram bancos para fomentar suas relações e investimentos que deixariam de lado o FMI, o BID e o Banco Mundial, controlados pelo imperialismo e usados pelo mesmo para controlar as demais nações. Os EUA lucram com a economia mundial dolarizada porque eles pintam papel e compram o que desejam. A economia imperialista dos EUA será prejudicada com a desdolarização das relações econômicas defendida pelos BRICS. Os papéis pintados perderiam "valor". Não seriam mais aceitos. Os que guardam dólares iam querer se livrar deles, pois estariam se desvalorizando, o que inundaria o mercado. Todos os títulos do governo americano também não valeriam nada. Não haveria como financiar suas compras. O comércio exterior em dólares evaporaria. O mercado financeiro explodiria. As economia americana, japonesa e européia estancariam. E portanto também a capacidade do governo dos EUA de financiar sua máquina de guerra.

Se desmantelaria o lastro artificial imposto pela superioridade militar desde 71, quando se alçando a condição de adquirindo "Super Imperialism", de que fala Michael Hudson, os EUA desprezaram o acordo de Bretton Woods estabelecido com a Inglaterra ao final da II Guerra. Eis o porquê da luta para impedir moedas alternativas, ou organismos multilaterais que substituam o FMI, Banco Mundial.

Em abril de 2016, o contra-ataque imperialista ingressou em sua segunda fase. Honduras, Paraguai, Tailândia, Líbia, Ucrânia, eram periferia dos BRICS. Agora, o ataque se dirige contra os membros mais frágeis, inicialmente África do Sul e Brasil. A substituição do padrão dólar pelo ouro beneficiaria imensamente a Africa do Sul. O imperialismo perdeu uma batalha pelo impeachment de Zuma, na África do Sul e ganhou outra no Brasil, contra Dilma, já salivando pela Petrobrás.

O imperialismo se apoia no empresariado e nos banqueiros, nos partidos da oposição burguesa, ONGs, na grande mídia, e em setores dos governos e do Estado (polícias e FFAA) que querem dominar. Esses são seus agentes golpistas.

No Brasil, os golpistas se infiltraram e sequestraram as manifestações que começaram contra o aumento das passagens dos transportes coletivos em 2013. Em agosto daquele ano, os EUA enviaram para assumir a condição de embaixadora no Brasil a Liliana Ayalde, que havia orquestrado o golpe parlamentar que derrubou Lugo, no Paraguai e fora expulsa da Bolívia acusada de tentar fazer o mesmo contra Evo Morales. No mês seguinte, o processo do mensalão contra o PT foi retomado.

Em março de 2014 tem início a primeira fase ostensiva da operação Lava Jato, voltada a cortar os laços do PT com os setores da burguesia a ele associados para isolar o partido e criminalizar Lula e o PT. Essa operação judicial, comandada por um jovem juiz de primeira instância articulado com a CIA e com o FBI foi montada no Paraná, o Estado da federação melhor controlado pelo PSDB, principal partido representante dos interesses do imperialismo desde a queda de Collor no início da década de 1990.

Neste momento, os banqueiros, a FIESP, a Globo, os principais jornais e revistas da grande mídia, o burguês mais rico do país, Jorge Paulo Lemann, ... todos passam a apoiar aberta, materialmente e por todos os meios ao golpe.

A CRISE DE 2008 ROMPEU O “EQUILÍBRIO DAS RELAÇÕES INTER-ESTADO”
E ABRIU O PERÍODO DE UMA GUERRA FRIA INTERBURGUESA

“Na esfera das relações inter-classes, o rompimento do equilíbrio assume formas de greves, locautes, luta revolucionária. Na esfera das relações inter-Estados, o rompimento do equilíbrio significa guerra ou – em uma forma menos intensa – guerras tarifárias, guerra econômica e bloqueios.” (Trotsky, A situação mundial, 1921).

A crise de 2008 permitiu a existência de uma nova correlação de forças na relação entre os Estados. Ainda que esse continue dominando o planeta, o imperialismo o faz em situação menos favorável, não consegue fazer com a Síria na segunda década do século XXI o que fez na primeira com o Afeganistão e o Iraque. Obama já não pode agir de forma tão ostensiva como Bush e precisa parecer ser menos recorrer ao que alguns analistas vem chamando de “guerras híbridas” [ 1 ]. A última das intervenções militares diretas das tropas do imperialismo que resultaram na derrubada de um governante foi na Líbia. De lá para cá, vem atuando cada vez mais por meio de agentes mercenários cada vez mais bárbaros (Estado Islâmico), fascistas (Ucrânia), etc.

O golpe de estado de 1964 no Brasil foi impulsionado pelos EUA como uma medida preventiva, em meio a Guerra Fria EUA X URSS, após o triunfo da revolução cubana, a primeira revolução social anticapitalista e anti-imperialista do continente latino americano. Washington temia o contágio do continente pela revolução cubana e orquestrou golpes de estado e ditaduras na maioria dos países latino americanos, a começar pelo Brasil.

O Golpe de 2016 no Brasil, com suas semelhanças e diferenças com os outros golpes realizados na atual década, também faz parte de uma reação preventiva do imperialismo em meio a atual guerra fria. Influi na forma parlamentar-judicial e no ritmo gradual que assumiu do Golpe o fato de que os EUA estão passando por suas eleições presidenciais, momento de troca do comandante em chefe das forças imperialistas. Não por acaso, predominam nesse momento as iniciativas da Casa Branca de ganhar tempo no campo diplomático como o reestabelecimento de relações com Cuba, o acordo de desarmamento do Irã e o cessar fogo na Síria e Ucrânia. Simultaneamente, os agentes do imperialismo, apoiados por instrumentos da guerra híbrida como a grande mídia, avançam na América Latina se utilizando do desgaste político dos governos semi-bonapartistas e populistas para lhes infringir derrotas eleitorais e parlamentares, como na Argentina, Venezuela, Bolívia e Peru.

TURQUIA E BRASIL NAÇÕES GEOESTRATÉGICAS
EM LADOS DIFERENTES NA ATUAL GUERRA FRIA

Temos algo a aprender com a situação turca. Ambos os países são geoestratégicos na atual guerra fria e o governo de ambos utiliza essa posição para barganhar uma certa autonomia em relação ao imperialismo. Até 2013, Erdogan apenas se aproveitava do conflito entre o imperialismo e os BRICS, mas a partir desse anos o imperialismo começou a pressioná-lo com denúncias de escândalo de corrupção e até apoiou a guerrilha curda (YGP), supostamente contra o Estado Islâmico na Síria. Então, sem abandonar sua estratégia de fortalecer a Turquia como uma potência regional, Erdogan se reaproximou dos EUA e Israel para ao final se converter em seu mais ousado agente do imperialismo na guerra fria, derrubando um avião russo que combatia o Estado Islâmico na Síria. A principal diferença entre Brasil e Turquia é o sinal que o imperialismo põe hoje. Positivo para Erdogan, negativo para Dilma. Se o atual governo brasileiro é o atual alvo do golpe imperialista porque está associado aos BRICS, o governo da Turquia é um testa de ferro da OTAN na sua região.

A fascistização do regime de Ancara nos ensina algo sobre o futuro do Golpe de Estado no Brasil. Através de eleições burguesas de novembro de 2015, Erdogan revigorou e legitimou sua escalada fascista e fortaleceu o terrorismo estatal, inclusive associado ao Estado Islâmico, contra os trabalhadores na Turquia, e em especial aos curdos. Cerca de 300 pessoas morreram nos atentados suicidas para-estatais. No conjunto da guerra civil contra os curdos , nos últimos dez meses, 5.000 foram mortas e 400 mil foram forçadas a emigrar. Em suas ambições regionais, a monarquia saudita e Erdogan criaram juntamente com 32 outros países da região um Exército multinacional islâmico que já reúne 150 mil homens. O plano é reunir 400 mil soldados. Curiosamente sem a Palestina, a Síria, o Irã, e o Iraque, nações onde não predomina a ala sunita do islamismo e que se aproximam dos BRICS em seus choques com o imperialismo.

O GOLPISTAS QUEREM REALIZAR ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS
ANTECIPADAS PARA LEGITIMAR UM GOVERNO MAIS REPRESSIVO

Apesar das diferenças, os golpistas do Brasil tendem a recorrer a algumas táticas semelhantes as utilizadas pelo regime do AKP. O vice conspirador de Dilma, pode não reunir forças para assumir ou assumir e não encontrar forças para impor o programa golpista. Por isso, setores da burguesia golpista no Brasil e do imperialismo já se preparam para o pós-Temer. Daí a necessidade de realizar uma nova eleição para legitimar um novo regime repressor, que imponha o programa dos golpistas de liquidação dos direitos históricos e recondução do controle completo do país pelo imperialismo.

Desde o "auto-golpe" eleitoral de Erdogan, para legitimar o recrudescimento da ditadura do capital, até a perseguição aos direitos dos partidos social democratas de oposição, tudo isso tende a se repetir no Brasil.

Erdogan sabe que a Turquia ocupa, como muitas vezes na história, uma função geoestratégica importante na atual guerra fria. Ele se reforçou internamente nas últimas eleições para ampliar seus poderes, sufocar a oposição burguesa e a resistência proletária e curda. O sinal amarelo foi ligado para ele na luta da Praça Taksim, em 2013. Ele temia que a Taksim copiasse a Praça Tahrir egípcia de 2011, e copiou preventivamente a tática da ditadura egípcia, que se legitimou eleitoralmente, massacrou a oposição burguesa para eliminar todos os obstáculos a que seu governo viesse ocupar essa função na guerra fria.

VENCER A BATALHA DAS RUAS PARA VENCER A LUTA INSTITUCIONAL

Sem compreender os fundamentos internacionais do golpismo que o ataca, o PT segue cavando a própria cova, apostando conciliação com a burguesia e com o imperialismo.

Embora tenha se aburguesado nas últimas décadas, o PT continua sendo um partido bastardo dentre os partidos da burguesia no Brasil. As regras que estabelecem as relações entre os países nos tempos de paz são distintas das regras da guerra. Sob o comando do imperialismo, o PT foi isolado dentro da burguesia e a expressão parlamentar desse bullying antipetista no regime democrático brasileiro foi o fato de mesmo redistribuindo cargos o governo já não contar mais com sequer 1/3 dos deputados federais. O que resultou na aprovação do impeachment por mais de 72% da Câmara dos Deputados.

Essa situação tende a se agravar em um Senado ainda mais elitizado e no mais autocráticos e viciado dos poderes, o STF. Fracassaram todas as tentativas da cúpula petista de evitar o golpe através dos métodos burgueses e da colaboração de classes (apoio a lei antiterrorista, a entrega do pré-sal, desmarcação de atos importantes contra o golpe, renúncia a tomar a Av. Paulista dos coxinhas, discurso covarde de Dilma na ONU). A cúpula petista está perdida porque as regras que valeram em tempos de “pax estadunidense” e permitiram o pacto social durante uma década de governos federais do PT não valem mais na atual guerra fria.

O PT confia mais nas negociações palacianas e inter-burguesas que nas forças da população trabalhadora, a quem o PT teme despertar e não conseguir mais controlar. Assim, abusa de sua base social e acredita que pode seguir fazendo isso sem ser punido pela história, já que apesar de todas suas traições, erros, capitulações, a luta contra o golpe se torna mais poderosa a cada dia. Essa covardia burguesa do PT tende a nos conduzir a uma tragédia cada vez mais cara para o nosso lado, o dos trabalhadores. Não há atalho para a luta de classes. Nesse momento, ou esmagamos os golpistas ou seremos esmagados. Não se trata de fazer uma escolha entre a luta de ruas ou "a luta institucional". A luta parlamentar ou judiciária é a luta no terreno da burguesia e onde essa classe e o imperialismo gozam de uma imensa vantagem. Sem renunciar ao inimigo em nenhum terreno, precisamos jogar todos os nossos maiores esforços para vencer a luta real no terreno onde as massas podem participar amplamente com seus métodos de combate, protegendo nossas ocupações, sedes e membros dos ataques da direita, varrendo os fascistas das ruas, organizando a greve em cada local de trabalho contra os golpistas e contra qualquer ataque as nossas conquistas e direitos. Assim, a vitória no "campo do inimigo" será um subproduto na vitória das massas nas ruas. Se o inimigo não capitular no campo institucional, como já fez várias vezes na história, suas resoluções de nada valerão para o povo mobilizado e organizado para impor seus interesses históricos. Nenhum governo se sustentará, nenhuma lei se implementará.

CONSTRUIR A GREVE GERAL APOIADA NOS COMITÊS
POPULARES DE CADA LOCAL DE TRABALHO, ESTUDO E MORADIA

Em sua reação contra o golpe, a parcela mais organizada da classe trabalhadora vem protagonizando a maior jornada de lutas contra a direita de toda a história do Brasil. As manifestações de 2015 e 2016 vem colocando em movimento setores da vanguarda que estiveram em refluxo durante as últimas décadas. Isso é muito importante e precisa ser aproveitado pelos revolucionários, apesar do PT e da CUT terem requentado a Frente Brasil Popular, criada em 1989 e abandonada em favor de frentes amplas burguesas com o empresariado, industriais, partidos que são a espinha dorsal da governabilidade burguesa desde a ditadura militar como o PMDB, para usar o movimento de massas como instrumento de suas barganhas para pressionar a burguesia golpista a uma saída negociada dentro dos marcos dos três poderes do Estado capitalista. Todavia, essa política limitada não é suficiente para deter a marcha da reação.

Tampouco, bravatas de greve geral sem a construção efetiva da greve geral vão oferecer uma resistência a altura da ofensiva imperialista. É preciso organizar a classe trabalhadora, a juventude e o conjunto das massas em cada local de trabalho, estudo e moradia para enfrentar o Golpe criando unidades de Comitês Populares da frente única antiimperialistas, antigolpistas e antifascistas.

Esses organismos extraordinários de organização de massas construirão a confiança das massas em novas direções políticas capazes de levar a luta contra os ataques da direita e do novo governo golpista até uma verdadeira greve geral política. Esses comitês, na periferia, sindicatos, escolas e universidades devem livrar-se da tutela burocrática e oficialista dos viciados dirigentes da FBP e se basear na mais ampla democracia operária, só assim, poderão funcionar como instrumentos capazes de lutar para proteger de ataque aos programas sociais e direitos históricos ameaçados.

Notas

1. Segundo Andrew Korybko, analista político internacional e jornalista, “as Guerras híbridas, ocorrem quando os EUA combinam juntas suas estratégias de Revolução Colorida e de Guerra Não Convencional a fim de criar uma caixa de ferramentas unificada para executar mudanças de regime em estados alvo. Quando uma tentativa de Revolução Colorida falha, como aconteceu na Síria em 2011, o plano de substituição é implementar uma Guerra Não Convencional construída diretamente sobre a infraestrutura social e os métodos organizativos anteriores.”