sexta-feira, 25 de março de 2016

BALANÇO DAS MANIFESTAÇÕES DA FPSM DE 24/03/2016

Avançar na luta contra a direita golpista!

Protesto em frente a Rede Globo, São Paulo, 24/03/2016
A Frente Povo Sem Medo realizou importantes manifestações no dia 24 de março contra o golpe da direita em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza e Uberlândia.

Na capital paulista, participaram dezenas de milhares de manifestantes, 19 mil segundo a direção da FPSM. O trajeto da passeata foi do Largo da Batata até a sede da Rede Globo. Rui Falcão, presidente nacional do PT, participou, mas sem mobilizar o partido nem tão pouco a base da CUT.

A FCT participou ativamente dos atos nas três capitais, distribuímos a declaração lançada por nossa organização para a atividade: “Unir para esmagar o Golpe!”. Destacamos que foi bastante positivo o giro à esquerda do MTST e da FPSM a partir do dia 17 de março, quando o movimento resolveu aderir ao ato do dia 18 de março e teve a iniciativa de convocar a manifestação do dia 24 de março.

Sem alimentar qualquer ilusão nas direções que agem empiricamente conforme a realidade social lhes pressiona, assim como existe uma dinâmica acelerada na cúpula burguesa e entre as frações da burguesia a favor ou contra o golpe, também se nota uma evolução rápida para um lado e para o outro na polarização entre a direita e a esquerda em toda a sociedade.

Há exatamente um ano, a FCT (na época Comitê Paritário) que integrou as plenárias preparatórias a criticou a direção do MTST: “Unir todos os trabalhadores no dia 13: Direita se unifica em torno do golpista 15M e direção do MTST segue PSOL, PSTU e PCB na política criminosa de dispersão de forças, mesmo diante da imperativa necessidade de construir a resistência unificada no dia 13 de março, Comitê Paritário”.

Neste momento que devemos retomar as ruas sequestradas pela direita golpista, cujas manifestações são decuplicadas pela mídia ainda mais golpista, quando é necessário unir todas as forças antigolpistas em uma frente única, a convocação de manifestações divisionistas como a que a Conlutas e cia estão chamando no dia 1º de abril, com o eixo golpista do “Fora (Dilma) todos!” é um crime.

A FPSM avança no sentido oposto ao da Conlutas/PSTU e seus satélites, o de unificar-se aos atos principais e maiores da luta contra o golpe organizados pelas maiores organizações de massas do país (CUT, MST, CTB) e de também fazer manifestações diretamente contra as instituições sagradas da direita golpista.

Rio de Janeiro
No Rio, ocorreram dois atos. Na Cinelândia ocorreu um show que mais se assemelhou a um desfile de bloco de carnaval, pois, na capital fluminense é o PSOL e setores pequeno burgueses desse partido quem hegemoniza a FPSM.

O outro ato da capital carioca, contou com cerca de 200 integrantes do MTST que sambou na cara da elite branca e golpista no shopping Rio Sul, pra deixar claro que a periferia existe e quer casa! 

Fortaleza
Em Fortaleza ocorreu algo muito interessante. A FPSM marcou a atividade dentro de um centro comunitário chamado CUCA. Reuniu umas 500 pessoas em uma concha acústica. O prefeito de Fortaleza é do PDT, filhote de Ciro Gomes, que formalmente se diz contra o golpe e em defesa da democracia, mas atividade popular não foi deixada em paz.

A direção do CUCA hostilizou a atividade, que estava marcada para ocorrer na concha acústica, contrariando o uso público do espaço por famílias pobres organizadas politicamente. A manifestação tinha como eixo a defesa da democracia contra o golpe, a luta por reformas populares, a democratização e desburocratização do CUCA, contra a violência policial, contra o arrocho salarial do funcionalismo, cujos salários tiveram “aumento” de apenas 2% (bem abaixo até da inflação).


Brasília
O movimento então foi obrigado a ocupar todo o CUCA combinando as demandas pontuais de utilização do espaço se misturaram com as salariais, dos funcionários da prefeitura e as das carências não atendidas da juventude. Estiveram presentes na atividade vários movimentos sociais, sindicalistas e partidos como o MTST, Intersindical, PT, PSOL, PCR, PCB e a FCT. O CUCA Jangurussu segue ocupado.

Em Brasília, os manifestantes da FPSM realizaram um protesto no Shopping Pátio Brasil.

CONSTRUIR COMITÊS DE AÇÃO E AUTODEFESA
APOIADOS NAS ORGANIZAÇÕES DE MASSA DA LUTA ANTIGOLPISTA

São Paulo
A FCT defende que os trabalhadores tem que participar de todas as manifestações gerais da Frente Brasil Popular contra o golpe, construir Comitês de Ação de e autodefesa de base da mesma, sem renunciar a crítica a política covarde e de capitulações de Dilma, do PT e da CUT a lei antiterrorista, a reforma da previdência e a entrega do pré-sal ao imperialismo, mas indo além em manifestações mais radicalizadas contra a direita, no caso, contra a Globo, o preconceito social e o racismo nos shoppings e pelo direito da juventude utilizar plenamente os espaços públicos e contra o arrocho salarial.

Como reivindicamos na declaração da FCT distribuída nos atos deste dia 24, os Comitês de Ação e autodefesa a partir de nossas organizações de massas, também tem a função primordial de proteger nossas sedes sindicais, partidárias de associações, nossa militância e nossas bandeiras dos ataques fascistas da direita.

Agora, é construir um poderoso dia 31 de março unificado contra o Golpe e avançar na luta para derrotar a direita!