sexta-feira, 27 de novembro de 2015

TURQUIA - RÚSSIA - SÍRIA

A derrubada do avião de caça russo
Su-24 e suas implicações políticas


Gerry Downing, Socialist Fight, 26-11-2015

Imagem superior, Ministério da Defesa da Turquia.
Imagem debaixo Ministério da Defesa da Rússia
A Rússia nega veementemente qualquer violação do espaço aéreo turco e afirma que o piloto sobrevivente testemunhou que eles não atravessaram a fronteira turca. Mesmo se aceitarmos como válido o mapa de voo apresentado pela Turquia o caça russo teria levado no máximo 20 segundos para sobrevoar o país antes de ser abatido em uma região que seria cerca de cinco quilômetros dentro do território turco. Como, então, Ancara poderiam ter emitido dez vezes avisos em cinco minutos? [ O piloto russo sobrevivente conta que não houve nenhum alerta da Turquia ] E o mais estranho, como neste curto tempo um avião de guerra turco teria obtido a permissão de sua base para disparar os mísseis Sidewinder contra o caça russo muito antes dele ingressar sobre o território turco, se aceitarmos que ele violou o espaço aéreo turco. Isto nos leva a deduzir que ou a Turquia decidiu derrubar o avião russo cerca de 50 milhas antes dele ultrapassar suas fronteiras, a fim de derrubá-lo quando ele estivesse sobrevoando o seu território ou eles bombardearam o Su-24 depois que ele cruzou de volta para a Síria. Esta é uma simples análise dos dados fornecidos por si só não corroboradas Turquia. Além disso, a própria Turquia constantemente costuma violar os espaços aéreos iraquiano e sírio; eles têm feito isso centenas de vezes nos últimos meses com a aprovação tácita dos EUA.

FOLHA DO TRABALHADOR 25

Folha do Trabalhador 25

Sumário


EDITORIAL
Dilma, trai sua base e se apoia nas contradições e medos da direita


APRENDENDO COM OS MESTRES:
Lições do "18 Brumário" de Marx para a atual conjuntura no Brasil
MARCOS SILVA


ESPECIAL - Guerra Fria, Crise, Golpe e Resistência

Qual a relação entre a ofensiva da direita no Brasil e a nova disputa dos EUA contra Rússia e China?

Mobilizar pela anulação das medidas reacionárias aprovadas por Cunha ou Moralizar o impeachment?

Combater o Golpe de Estado significa capitular ao ajuste de Dilma-Levy? O que tira o sono dos golpistas?

Governistas são incapazes de lutar mesmo quando ameaçados seus interesses pessoais?

Dilema da direita: "sangrar Dilma" até 2018 ou golpear e assumir a gestão da crise?

Qual o papel tem desempenhado os falsos socialistas nesta conjuntura?

Se a política do PT é a de adaptação passiva à direita, de onde virá a verdadeira resistência popular ao Golpe?

terça-feira, 24 de novembro de 2015

ARGENTINA

Macri, o império contra-ataca
e o combate se aprofunda

Leon Carlos – TMB (Argentina) e H. Rodriges – FCT (Brasil)

A vitória eleitoral de Macri poderá marcar o início do fim do ciclo de governos de centro esquerda na América Latina.

Durante a era K, e sobretudo no governo de Cristina, a Argentina foi um dos países que mais aprofundou suas relações com a China. Se Menen estabeleceu “relações carnais” com os EUA, Cristina fez o mesmo com o bloco Eurásico rival do imperialismo. Todavia, o agrupamento "Partido Justicialista - Frente por la Vitória” do PJ de Cristina acreditava que poderia sobreviver a ofensiva imperialista que busca por todos os meios recuperar o espaço perdido para o bloco Eurásico, lançando Scioli, o candidato mais pró-imperialista da FPV, capitulando assim preventivamente e apresentando como sucessor um herdeiro político do próprio menemismo. Nada feito, o imperialismo e seus agentes de direita locais não se contentam com nada menos que a revisão geral das relações comerciais e políticas estabelecidas com os BRICS.

domingo, 22 de novembro de 2015

FOLHA DO TRABALHADOR 25 - EDITORIAL

Dilma, trai sua base e se apóia
nas contradições e medos da direita

“Nunca na história deste país” houve um governo tão desestabilizado em tão pouco tempo de mandato. Dilma só não foi derrubada ainda pelos desentendimentos táticos no interior da frente golpista, entre os dois principais partidos conspiradores, PMDB e PSDB, pelo temor dos golpistas de assumir a gestão de uma crise econômica que eles próprios turbinaram e, sobretudo, por temor a reação popular pós-golpe.

Dilma não caiu ainda graças as contradições internas e temores de seus adversários. Afinal, 99% das medidas neoliberais deste governo, tomadas sob a pressão da direita golpista e do imperialismo, torpedeiam a própria base de sustentação popular de Dilma.

O PSDB, principal partido da oposição burguesa, governante do Estado mais rico do país, está dividido em pelo menos três táticas distintas para o enfrentamento ao PT. Alckmin, governador de São Paulo, cujo mandato se encerra em 2017, é contra o impeachment, contando será ele o candidato favorito do partido em 2018. Aécio, sabe que suas chances de chegar a presidência só se abrem se tiver um terceiro turno, ou seja, novas eleições presidenciais antes de 2018, quando Alckmin exigir uma nova tentativa de derrotar o PT. Portanto, Aécio defende qualquer saída de interrupção do mandato de Dilma que convoque um novo pleito presidencial. O Senador José Serra, isolado dentro do ninho tucano, por sua vez, defende o parlamentarismo, acreditando que tal sistema de governo abriria a possibilidade dele ser o primeiro ministro. O senador Aloísio Nunes, em uma declaração em favor da tática de Alckmin, disse que o objetivo da política de desestabilização é “fazer sangrar” Dilma até 2018. Nenhuma das táticas tucanas admite entregar os frutos da conspiração de presente para o PMDB e para que existam novas eleições é preciso derrubar igualmente o vice-presidente na primeira metade do mandato de Dilma, até o final de 2016.

FOLHA DO TRABALHADOR 25 - EDITORIAL

Dilma, trai sua base e se apóia nas contradições e medos da direita

“Nunca na história deste país” houve um governo tão desestabilizado em tão pouco tempo de mandato. Dilma só não foi derrubada ainda pelos desentendimentos táticos no interior da frente golpista, entre os dois principais partidos conspiradores, PMDB e PSDB, pelo temor dos golpistas de assumir a gestão de uma crise econômica que eles próprios turbinaram e, sobretudo, por temor a uma reação popular pós-golpe.
Dilma não caiu ainda graças as contradições internas e temores de seus adversários. Afinal, 99% das medidas neoliberais deste governo, tomadas sob a pressão da direita golpista e do imperialismo, torpedeiam a própria base de sustentação popular de Dilma.
O PSDB, principal partido da oposição burguesa, governante do Estado mais rico do país, está dividido em pelo menos três táticas distintas para o enfrentamento ao PT. Alckmin, governador de São Paulo, cujo mandato se encerra em 2017, é contra o impeachment, contando será ele o candidato favorito do partido em 2018. Aécio, sabe que suas chances de chegar a presidência só se abrem se tiver um terceiro turno, ou seja, novas eleições presidenciais antes de 2018, quando Alckmin exigir uma nova tentativa de derrotar o PT. Portanto, Aécio defende qualquer saída de interrupção do mandato de Dilma que convoque um novo pleito presidencial. O Senador José Serra, isolado dentro do ninho tucano, por sua vez, defende o parlamentarismo, acreditando que tal sistema de governo abriria a possibilidade dele ser o primeiro ministro. O senador Aloísio Nunes, em uma declaração em favor da tática de Alckmin, disse que o objetivo da política de desestabilização é “fazer sangrar” Dilma até 2018. Nenhuma das táticas tucanas admite entregar os frutos da conspiração de presente para o PMDB e para que existam novas eleições é preciso derrubar igualmente o vice-presidente na primeira metade do mandato de Dilma, até o final de 2016.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

TURQUIA SEMI-FASCIMO E GUERRA CIVIL

Organizar a luta para demolir o truculento
regime apoiado no esquema de corrupção burguês!


Publicamos abaixo artigo dos camaradas do Dördüncü Blok (Bloco da IV Internacional), composto por jovens trabalhadores curdos e turcos. O DB é uma organização trotskista da Turquia, que relata com toda agudez o agravamento da situação política em seu pais, nação historicamente estratégica em todos os conflitos envolvendo o velho mundo (Europa, África, Ásia-OrienteMédio). Não poderia ser diferente na atual guerra fria, onde o governo de Erdoğan e seu partido, o AKP, realiza uma verdadeira guerra civil preventiva contra a população trabalhadora turca e, sobretudo seu setor mais precarizado, o povo oprimido curdo, para cumprir o papel que a OTAN lhe incube. O aparato estatal vem realizando atentados terroristas contra a própria população, com a ajuda do Estado Islâmico, a quem o governo diz combater. O aquecimento do conflito mundial também vem fazendo com que o governo Erdogan dê um giro qualitativo à direita adquirindo características semifascistas.

Logo, o enganoso "Processo de Solução" (para os capitalistas representados pelo governo Erdoğan-AKP) mostrou a que veio. Após as eleições de 7 de junho, começaram ataques contra o povo curdo, impondo um chauvinismo turco violento, de agressão brutal. Simultaneamente, tem sido construída novas delegacias de polícia em todo o país, impondo uma nova legislação e medidas de segurança para suprimir a maré crescente da oposição, “processo” que mobiliza não só a força policial e o exército, mas também se apoia nas forças paramilitares, que começaram a massacrar a onda de revolta do povo curdo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

ATAQUES EM PARIS

Tudo que a OTAN precisava para invadir a Síria
Defender os imigrantes da repressão imperialista!
Defender a Síria da OTAN!

Marcos Silva, Frente Comunista dos Trabalhadores

Os ataques terroristas do Estado Islâmico em Paris, capital da França, um país imperialista membro da OTAN, alarmaram todos os países ocidentais. Nas principais mídias ocidentais, CNN, BBC, e no Brasil a Globo, o que se viu foi um intenso alarmismo e uma campanha direcionando a população a exigir uma reposta mais dura dos países ocidentais e a incursão de mais uma "guerra ao terrorismo 2.0" supostamente contra o Estado Islâmico.

Desde atentados de 2001, os governos da França têm apoiado as intervenções dos EUA constantemente no Oriente Médio e no Norte da África, além de intervenções nas suas ex-colônias em toda África. Mais recentemente a França, desde 2011, sob os governos  de Sarkozi e depois François Hollande, apoiou com bombardeios aos mercenários que derrubaram Kadaffi na Líbia, e desde o princípio também apoiou  mercenários que lutam para derrubara Bashar Al Assad na Síria.

domingo, 8 de novembro de 2015

ELEIÇÕES ARGENTINAS

Eleições, ofensiva imperialista e as tarefas dos trabalhadores

Versión en Castellano - Tendencia Militante Bolchevique - Argentina, seção do Comitê de Ligação pela IV Internacional

Kirchnerismo chegou à conclusão que seguir aprofundando suas relações com o núcleo composto por Rússia e China poderia colocá-lo em perigo frente as manobras do imperialismo, como ficou demonstrado na fabricação do caso Nisman [ 1 ], na própria campanha golpista pró Estados Unidos no Brasil, o golpe político eleitoral guatemalteco, etc.

SCIOLI: A PRÉ CAPITULAÇÃO DO KIRCHERISMO AO IMPERIALISMO

Dadas as manobras golpistas do imperialismo, a nível nacional e internacional, o kichnerismo capitulou por antecipação, ante a ofensiva imperialista, impulsionando a candidatura de Scioli. Na candidatura de Scioli, o "cristinismo" (de Cristina Krichner) elegeu um representante da ala conservadora do kichnerismo, interessado em reatar os laços com os Estados Unidos. Assim, a candidatura de Scioli pelo kichnerismo mostra um aprofundamento da sua linha pró-imperialista.