terça-feira, 15 de setembro de 2015

GREVE DO INSS E CONGRESSO DA FCT

Saudação ao I Congresso da FCT
de um camarada e ativista da greve do INSS

Raimundo Dias, trabalhador do INSS, simpatizante da FCT e colaborador do Folha do Trabalhador.

Saúdo os camaradas da FCT por ocasião de seu 1º Congresso, por ser um marco político na luta pela construção de um verdadeiro partido revolucionário da classe trabalhadora.

A atual conjuntura demonstra que por maior que seja a disposição de luta dos trabalhadores, está não será suficiente para arrancar conquistas significativas dos patrões se suas reivindicações estiverem limitadas à uma pauta meramente econômica. Tal fato pode ser facilmente constatado com a greve das diversas categorias do funcionalismo público federal, inclusive do INSS, categoria a qual faço parte, onde toda disposição de luta e ações cada vez mais radicalizadas (por exemplo, ocupações de quase todas superintendências do INSS) não apresentou qualquer avanço nas negociações, muito pelo contrário.


Apesar de o Governo ter fechado um acordo ultra rebaixado com diversas categorias, onde previa uma recomposição salarial de 10,8% em dois anos, quando os índices oficiais, sabidamente manipulados, já bateu os 7% apenas em 2016, voltou atrás e anunciou o adiamento do reajuste para agosto de 2016, no bojo de um conjunte medidas de austeridades cujo único destinatário será o conjunto da classe trabalhadora, numa clara demonstração de quem o governo do PT escolheu para pagar a conta da crise.

Por isto, mais do que nunca é necessário a construção de uma verdadeira organização política da classe operária, que não só organize suas lutas, mas que objetive munir os trabalhadores ideologicamente de um programa que una a luta econômica à luta contra o capital, contra o imperialismo e pelo socialismo. Esta Organização deve ser uma alternativa às atuais direções pequeno burguesas, como Psol/PSTU, que no campo sindical limitam a luta a uma pauta econômica, na política nacional fazem frente com a direita reacionária contra o governo do PT e no campo internacional fazem frente com o imperialismo na luta contra as nações que com ele se enfrenta, como é o caso da Líbia e Síria. Desta forma, criam confusão no proletariado de quem são seus verdadeiros aliados e encaminham a inevitáveis derrotas.

Portanto, a luta pela construção do partido revolucionário é uma luta viva e cada vez mais urgente, o que demonstra a justeza da iniciativa de vossa organização.