segunda-feira, 21 de julho de 2014

ATO EM SÃO PAULO EM DEFESA DA PALESTINA CONTRA ISRAEL

Pela vitória da resistência antifascista
e antiimperialista na Palestina!
Em 19 de julho, cerca de quatro mil pessoas saíram às ruas em São Paulo para protestar contra a ofensiva nazi-sionista contra a faixa de Gaza que já matou cerca de 550 palestinos, feriu milhares e afugentou de suas casas 100 mil pessoas, contra 20 mortos israelenses. Foi a maior manifestação por uma causa internacional realizada no Brasil nos últimos cinco anos. Boa parte dos manifestantes era composto de militantes da causa árabe e palestina em São Paulo e por ativistas do MTST, centrais sindicais (CTB, CUT, Conlutas) e organizações de esquerda como a Liga Comunista, o PSOL, PSTU, LER, TPOR, OT. 

Houve protestos também em Londres, Paris, Santiago no Chile, dentre várias outras cidades. Em São Paulo, a manifestação concentrou-se na Av. Luis Carlos Berrini, na Zona Sul da capital paulista, em frente a Rede Globo, monopólio das comunicações brasileiro integrado a rede mundial de propaganda de guerra imperialista contra os povos oprimidos e em especial contra os palestinos, e se dirigiu até o Consulado israelense em São Paulo, na Rua James Joule 92. A manifestação fechou as duas faixas da Av. Luis Carlos Berrini, cantando frases como "Estado de Israel, Estado assassino. Viva a luta do povo palestino".

Um verdadeiro massacre comandada pelo fascínora primeiro-ministro Benjamin Netanyahu vem sendo cometido contra a população palestina desde oito de julho, quando aconteceu o primeiro ataque aéreo. Milhares de pessoas tornam-se novos refugiados, centenas de crianças vem sendo despedaçadas pelos mesmos que torturam crianças palestinas há quase 70 anos. Vários palestinos têm denunciado o uso de armas proibidas pelo direito internacional humanitário, como o urânio empobrecido e as bombas de fragmentação que disparam cerca de 10.000 pequenas flechas (“flechettes”) em várias direções. Simultaneamente a derrubada do avião malaio, ato criminoso usado para acuar a Rússia e aumentar a ofensiva contra os povos de Donbass, no Leste da Ucrânia, Israel recrudesceu a ofensiva com a invasão por terra da Faixa de Gaza que fez disparar o número de vítimas palestinas.

A LC defende incondicionalmente a resistência palestina e suas organizações como o Hammas e o Hezbollah, na luta contra o Estado nazi-sionista.

O SIONISMO SE DESENVOLVEU COMO UM COMPONENTE ORGÂNICO DO IMPERIALISMO

Esse massacre comprova mais uma vez a falência da concepção que defende a coexistência pacífica entre o povo palestino e o Estado sionista. A convivência harmoniosa entre judeus e palestinos só pode voltar a existir, como antes do mandato britânico sobre a Palestina, com a destruição do Estado de Israel.

A LC reivindica o legado teórico de Abrahan Leon, que formulou a teoria de que os judeus são um povo que se coesionou historicamente no período pré-capitalista como uma classe social mercantil e financeira sob um manto ideológico-religioso de "povo escolhido", um “povo-classe”. Acreditamos que se encerrou o período que historicamente denominou-se de "diáspora judia". Hoje os judeus podem optar a viver em Israel ou em suas comunidades nacionais. Existe cada vez menos identidade entre as categorias de judeu e israelense. Também há dentro de Israel cada vez maior diferenciação entre os judeus sionistas e a população nativa de israel não judia (árabes, drusos, etc.).

A nação judia israelense foi artificialmente fabricada pelo imperialismo, desde quando o barão de Rothschild e outros banqueiros judeus se opõem a migração em massa dos judeus da Europa oriental para a Europa ocidental, e por isso lhes era conveniente criar um Estado sionista. Tese que depois foi aproveitada pelo imperialismo anglo-saxão e seus aliados para constituir enclaves estratégicos em áreas neuvralgicas do planeta. O próprio nazismo também cogitou criar um Estado "judeu" no Magadascar.

Com o ingresso do capitalismo em sua fase senil, de um setor do judaísmo se desenvolve o sionismo, aproveitando-se da justa resitência contra os pogrons pelo czarismo e depois pelo nazismo, para encarnar a defesa dos interesses imperialistas anglo-saxônicos e seus aliados como a França da III República. O sionismo se desenvolveu como um componente orgânico do imperialismo, na região mais disputada do globo por sua localização geoestratégica, encruzilhada entre Europa, Ásia e África, e por sua riqueza energética. Portanto, consideramos que a questão judia foi deformada pelo imperialismo. Em segundo lugar, não reconhecemos direitos territoriais e nacionais à nação artificialmente criada pelo imperialismo.

O direito de auto-determinação nacional dos israelenses judeus para nós está condicionado a adesão à luta antiimperialista, o que não exclui, mas agrega aos israelensenses judeus que hoje molecularmente se somarem a luta antiimperialista contra seus próprios fascínoras como Benjamin Netanyahu, aos quais reconhecemos os mesmos direitos nacionais que aos palestinos, exigência que inclusive extendemos ao nacionalismo árabe. Com base nesta tática, nossa estratégia é a destruição do Estado nazi-sionista, a edificação de um Estado Operário Palestino Multiétnico de Conselhos operários das diversas etnias rumo a uma Federação Socialista Soviética do Oriente Médio.

Paremos o bombardeio de Gaza!
Pelo direito de retorno de todos os refugiados palestinos!
Abolição do apartheid israelense sobre os Palestinos!
Esmagar o Estado sionista de Israel!