quarta-feira, 11 de junho de 2014

PEDAGOGIA, FUTEBOL, POSMODERNISMO E DESINDUSTRIALIZAÇÃO

Em defesa da educação coletivizada!
Humberto Rodrigues e Leon Carlos
A despeito de nossas profundas diferenças políticas com Mao, não sendo stalinofóbicos, reivindicamos a frase seguinte onde ele faz um apelo à juventude prévio a revolução cultural, uma afronta a educação burguesa, individualista, competitiva, que hoje sob o pós-modernismo reforça cada vez mais a meritocracia:

"Os estudantes deveriam ter o direito de consultar-se durante as provas e de colar. Deveriam poder apresentar-se em uma prova com o nome de outro candidato. A única coisa que importa é ter boas respostas e é positivo que estas sejam copiadas pelos outros. Os estudantes devem, por outro lado, ter o direito de dormir quando as aulas são dadas por professores ruins.", Mao Tse Tung em "Instruções de 13 de fevereiro de 1964". 

Mao buscava um método educativo em um país que faltavam professores, no fundo realizava uma adaptação do método de Lancaster para o Estado operário, e não por casualidade, tanto na Inglaterra como na China, este método pedagógico foi empregado quando começava a urbanização do país, quando rapidamente a força de trabalho deveria adquirir novos conhecimentos, mas que todavia não haviam educadores suficiente para fazê-lo e era necessário suprir esta carência com o trabalho em equipe e inclusive foi nesta época que se estimulou e se desenvolveram no mundo anglo-saxão os esportes em equipe, como o futebol (uma vez que como todos sabemos, o esporte também educa).

Era preciso superar o trabalho individual, próprio de camponeses e artesãos, para desenvolver o trabalho em equipe com maior rendimento próprio da industrialização. Não por acaso, em uma era decadente do pós-moderno e individualismo que vivemos no ocidente imperializado (a exceção é Cuba), que tem como base infraestrutural a desindustrialização, mesmo o futebol é cada vez mais visto, como espetáculo, e menos jogado. Já não se forma tanto uma aprendizagem em equipe, mas esportes cada vez mais barbarizados e individualistas, que marcam uma tendência reacionária.