domingo, 24 de março de 2013

PLR

Nossa posição acerca da PLR


A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) converteu-se em um pequeno alívio nas dívidas acumuladas pela classe trabalhadora principalmente durante a era lulodilmista, ou seja, durante os governos burgueses do PT que se opõem a reposição das perdas salariais, ao reajuste real dos salários e ainda maquiam os dados econômicos reais para apresentar uma inflação menor do que a que sentimos. Estes governos enganam os trabalhadores e favorecem ao grande capital através da expansão do crédito (nós já tratamos dos riscos deste "truque" em "Medidas ‘anti-crise’ de Dilma, matando a sede com águasalgada, Editorial d'O Bolchevique #10").

SISTEMA DE BARRACÃO DE PLÁSTICO

Com salários corroídos e sendo obrigados a endividar-se não apenas para realizar alguns miseráveis “sonhos de consumo” (TV LCD, celulares, iphones, notebooks, carro 0, etc.) aos quais são induzidos pelo bombardeio sistemático do marketing burguês, mas sobretudo para sobreviver os trabalhadores brasileiros do século XXI sofrem uma nova versão da escravidão por dívida, uma versão “moderna” do sistema de “barracão”, onde os colonos da fazendas não viam a cor do dinheiro e sempre estava sobre-endividados com o Barracão do dono da fazenda. O cartão de crédito é o barracão de plástico.

Historicamente, desde a III Internacional de Lenin e Trotsky e da Internacional Sindical Vermelha, os marxistas se caracterizam a participação nos lucros como um engodo capitalista. No Brasil, muitas vezes os patrões empurram goela abaixo o sistema de metas para conceder a PLR tentando converter os trabalhadores em cúmplices de sua exploração e de seu assédio moral. Foi assim no acordo escravocrata estabelecido entre o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, dirigido peal CSP-Conlutas-PSTU, e a maior multinacional automobilística do planeta, a GM.

POR UM DÉCIMO QUARTO SALÁRIO PARA O PROLETARIADO

Nós da LC, cientes do sobreendividamenteo proletário não nos opomos a que os trabalhadores se aliviem recebendo a PLR, lutamos para que isto ocorra sem metas de produção, etc e buscamos convertê-la em um 14º salário com valor correspondente a maior PLR já reivindicada por cada categoria. Por isto, discordamos da reivindicação acrítica da PLR e denunciamos que a PLR é um engodo patronal, reivindicando a incorporação do que é pago como PLR, assim como o conjunto das gratificações e abonos salariais, reivindicamos a reposição de nossas perdas históricas e a antecipação da campanha salarial.