quinta-feira, 14 de junho de 2012

PROFESSORES SÃO PAULO - FdT#13 - 1/3

Podem nossos salários e o ensino público sobreviverem ao parasitismo crescente do tucanato e seus sócios?
do FdT13, junho de 2012 para assembléia da Apeoesp (15/06/2012)
De um lado, os capitalistas sanguessugas dos recursos destinados a educação pública fazem a festa. Do outro lado, apesar do aumento orçamentário, nossos salários valem cada vez menos e os 15 mil mais precarizados passam meses pagando para trabalhar
Foi-se o tempo em que o investimento em educação pública era apenas um MEIO dos governos burgueses fazerem demagogia com os gastos sociais do Estado (saúde, educação, etc.) enquanto preparavam os filhos da classe trabalhadora para substituir seus pais na condição de explorados. Os alunos continuam sendo preparados para a escravidão assalariada, mas os governos tucanos (assim como os governos de Lula e Dilma seguindo as orientações do PNE privatista fabricado pelo Banco Mundial) montaram um verdadeiro esquemão em que a educação estatal tornou-se o FIM de um punhado de chupa-cabras capitalistas sócios do tucanato que através da privatização e terceirização do fornecimento de material escolar, uniformes, merenda, limpeza, segurança, obras, copiadoras, check-ups médicos, tudo superfaturado, desviam uma massa imensa de recursos estatais.

Trata-se então de um esquema que busca contingenciar cada vez mais as verbas para a educação em favor destes capitalistas e seus apadrinhados no Estado. Enquanto isto, as condições gerais do ensino são cada vez mais miseráveis e os salários da maioria vale metade do que valia há três décadas. Não é por acaso que a evasão de professores já ultrapassa a evasão dos alunos e faltam docentes em 1/3 das escolas. Por sua vez, uma nova maracutaia ocorre quando o governo Alckmin finge tratar da falta de professores. Atraves das contratações emergenciais, por 200 dias e sem praticamente qualquer direito trabalhista, sob a desculpa esfarrapada de “problemas de cadastramento” em plena era da internet, o governo Alckmin deixa nada menos que 15 mil professores da ultra-precrarizada categoria “O” até cinco meses pagando para trabalhar, sem receber seus salários. Este salário não pago resulta em mais de 60 bilhões de reais, que é aplicado em investimentos pela burocracia tucana para fazer caixa de campanha eleitoral ou simplesmente enricar suas fortunas.

Por isto, pensar que: “se os parasitas fossem menos gulosos, o orçamento daria para todos”. A lógica do capitalismo é o lucro, portanto não existe limite para o parasitismo e o orçamento maior, ao invés de saciar, aumenta a gula. Daí a necessidade de realizarmos não só a luta por salários e melhores condições de ensino, mas também de avançarmos com um programa estratégico para a organização dos trabalhadores para a conquista da gestão dos recursos estatais para a educação e do próprio Estado, que hoje é um comitê dos negócios dos capitalistas.
* Por salário igual para trabalho igual, pelo fim da terceirização e pela efetivação imediata e sem concurso de todos os trabalhadores precarizados e por novas contratações controladas pelo Sindicato;
* Verbas públicas só para a educação pública;
* Controle do Orçamento da Educação pelas organizações dos trabalhadores.
Ainda neste FdT:
> Um lembrete necessário: Os alunos são nossos aliados na luta contra o capital
> Por uma frente de oposição revolucionária na Apeoesp e Simpeem, para derrotar PT, PCdoB, PPS e a “situação alternativa”: PSTU, PSOL e seus satélites