segunda-feira, 21 de novembro de 2011

ATO NACIONAL CONTRA A INTERVENÇÃO IMPERIALISTA NA LÍBIA

“Fora OTAN, fora já daí!
Fora o imperialismo de Obama e Sarkozy!”
Reproduzimos abaixo uma nota do Comitê Antiimperialista sobre
ao protesto realizado no Rio de Janeiro em que a LC também participou.
No dia 17 de novembro foi realizado no Rio de Janeiro um importante ato nacional contra a agressão imperialista à Líbia. O protesto teve dois momentos, um em frente ao Consulado francês e outro no Consulado dos EUA.

Estiveram presentes militantes da Liga Comunista, da Refundação Comunista, do PCB, do Coletivo Lenin e do Reagrupamento Revolucionário. A LC e a RC estavam no ato do Rio representando também o Comitê Antiimperialista de São Paulo. As falas dos agrupamentos presentes denunciaram o massacre de 60 mil pessoas nesta mais recente aventura militar da OTAN em busca de se apropriar das riquezas energéticas dos países oprimidos e a imposição do governo fantoche do CNT, e reivindicaram a defesa da resistência antiimperialista naquele país africano.


As falas também denunciaram as invasões do Afeganistão, Iraque e Haiti e a ameaça eminente de novas invasões contra a Síria, Irã, Cuba e Coréia do Norte. Em cada um dos atos os manifestantes gritaram em alto e bom som: “Fora OTAN, fora já daí, Fora o imperialismo de Obama e Sarkozy!”

"Esta é a aplicação prática da frente única anti-imperialista."
Abaixo, Saudação do Socialist Fight da Grã Bretanha, agrupamento membro do Comitê de Ligação pela IV Internacional (CLQI), lida no Ato antiimperialista no Rio de Janeiro.
Protesto em frente ao Consulado da França no Rio de Janeiro em 17 de novembro
Camaradas,

O grupo Socialist Fight envia calorosas saudações fraternas ao Comitê Anti-Imperialista e as dez organizações que organizam o Ato Nacional de solidariedade à resistência anti-imperialista contra a OTAN e o governo fantoche do CNT, no Consulado francês do Rio de Janeiro. Esta é a aplicação prática da frente única anti-imperialista.

Na noite de 21-22 de agosto 2011, Tripoli foi tomada pelas forças “rebeldes da OTAN” do imperialismo mundial, com o auxílio de bombas da OTAN e as Forças Especiais de vários países imperialistas e as tropas do Qatar e os Emirados Árabes Unidos. Apesar do fato de que a resistência continua poderosa, é claro que a OTAN e os seus lacaios, os “rebeldes” do CNT, desferiram um duro golpe na independência da Líbia. Não nos dá satisfação em ver as nossas piores previsões confirmadas. A Declaração sobre a Líbia  assinada pela Liga Comunista do Brasil, o Grupo Revolucionário Marxista da África do Sul e o Socialist Fight da Grã-Bretanha em 21 de Abril 2011, disse:

“A maior prova de que os “rebeldes” líbios não passam de carniceiros agentes do imperialismo é o fato de invocarem o bombardeio da OTAN contra o seu próprio povo, como fizeram os colaboracionistas em todos os momentos da luta de classes, desde Thiers na Comuna de Paris (1871) até o Líbano (2006). A cada dia que passa fica mais evidente que os agentes nativos do imperialismo são meros abre-alas para a intervenção multinacional no país. São racistas e xenófobos, inimigos da classe operária negra africana que trabalha na Líbia. Em nome da caçada aos ‘mercenários de Gadafi’, perseguem os negros para de fato desvalorizar ainda mais a força de trabalho no país, preparando-a para a super-exploração da nova era de extrema rapina imperialista. Os ‘rebeldes’ líbios são um bando burguês, de trânsfugas do regime Gadafi a serviço do grande capital internacional.”

Na Líbia, uma derrota do imperialismo não  permitiria ao regime kadafista restabelecer seu status quo. Kadafi seria obrigado a prometer a re-nacionalização da indústria petroleira e a realizar o armamento das massas. Como Trotsky argumentou sobre o Brasil:

“Se a Inglaterra saísse vitoriosa, ela colocaria outro fascista no Rio de Janeiro e fortaleceria o controle sobre o Brasil. Se o Brasil, pelo contrário, se saísse vitorioso, isto daria um poderoso impulso à consciência nacional e democrática do país e levaria à derrubada da ditadura Vargas. A derrota da Inglaterra, ao mesmo tempo, desferiria um golpe sobre o imperialismo britânico e daria um impulso para o movimento revolucionário do proletariado britânico. Realmente, é preciso não ter nada na cabeça para reduzir os antagonismos mundiais e os conflitos militares à luta entre o fascismo e a democracia. É preciso saber distinguir os exploradores, os escravagistas e os ladrões por trás de qualquer máscara que eles utilizem!” 

Como nos primeiros anos do Comintern nós consideramos esta tática como uma extensão natural da tática da Frente Única, tática que na luta de classes interna, aponta para uma unidade de ação sindical com a direção do movimento sindical na luta contra os patrões sempre que possível, e contra eles, sempre que necessário para levar a luta para a vitória.

Saudações comunistas.
Gerry Downing, Pelo Socialist Fight.