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domingo, 29 de julho de 2018

AMÉRICA LATINA

Ofensiva imperialista e o estrangulamento da democracia semicolonial

Leon Carlos

Tendência Militante Bolchevique - TMB - tmb1917.blogspot.com.ar

Há alguns meses, o giro de Mike Pence, vice-presidente dos EUA, na América Latina visava criar entre governos lacaios da região um consenso político para uma nova escalada da agressão do imperialismo na Venezuela, cogitando até uma invasão da própria Venezuela. Nesse sentido, os EUA esperam contar com o apoio dos governos pró-imperialistas da Argentina, Brasil, Colômbia, Peru, Chile, Equador e Panamá.


Artigo publicado no FT29
O governo brasileiro anunciou que o Brasil entregará a Washington o controle da base de lançamento de Alcântara, localizada no Maranhão, para operações aéreas. Praticamente estabelecendo uma base militar ianque no Brasil. No mesmo sentido, a Colômbia, um país vizinho da Venezuela, ingressou na OTAN.


Atualmente, há uma ofensiva do imperialismo contra os povos de todo o continente e em particular contra os Estados da Venezuela, Nicarágua e o Estado operário de Cuba. A violência com que a oposição pró-imperialista na Nicarágua se manifesta, faz parte de um golpe destinado a enfraquecer a Aliança Bolivariana, para recolonizar a região, propósito no qual se enquadra a escalada das agressões à Venezuela, que inclui a manobra por sufocar economicamente aquele país.

Na Argentina, as políticas neocoloniais de Macri reconduziram o país ao FMI e estão aprofundando as tendências recessivas. O imperialismo procura blindar a Argentina como território econômico seu.

A vitória de Obrador no México mostra que há uma profunda tendência dos trabalhadores latino-americanos de rejeitar essa ofensiva e que quando podem os trabalhadores votam contra a direita e o avanço do imperialismo. Por isso, Lula foi preso e Cristina Kischer e Rafael Correa estão ameaçados de prisão. A fim de limitar o direito democrático dos trabalhadores de votar em quem quiserem e, assim, garantir um melhor controle no continente.

É necessário que o proletariado latino-americano, na luta por sua independência de classe, se prepare para derrotar os golpes do imperialismo. Tarefa para a qual é essencial que a vanguarda dos trabalhadores da região se agrupe com o objetivo de formar partidos revolucionários que lutem pela construção de governos dos trabalhadores, como parte da luta para a Federação Socialista das Américas.