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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

METALÚRGICOS – CAMPINAS / SP

Resistir e lutar contra as demissões pela vitória
da 16ª greve dos metalúrgicos da CAF!


Os metalúrgicos da CAF entraram em greve no dia 21 de janeiro de 2016. Pararam 100% dos operários da fábrica. A paralização por tempo indeterminado é uma reação contra a demissão de 135 metalúrgicos, 109 da prod. + 26 adm.. Os operários foram informados pela empresa das demissões por telegrama.

A CAF (Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles) é uma empresa espanhola fabricante de trens e vagões. No Brasil, a multinacional se instalou em 2009. A sede da empresa multinacional é em Hortolândia e que faz parte do cinturão industrial de Campinas (SP). Nesse período, a CAF fabricou os vagões para os trens da CPTM /SP e para os Metrôs de São Paulo, Belo Horizonte e Recife.

A empresa, juntamente com outras grandes multinacionais do ramo, esteve envolvida no escândalo de desvio de recursos do metrô de São Paulo, onde o governo tucano é denunciado por desviar 30% dos recursos destinado para a expansão necessária dos transportes que servem ao numeroso proletariado da metrópole. Mas, nos últimos dois anos a empresa vem ameaçando que vai fechar as portas no Brasil, a exemplo do que fez no Chile e México, devido a recessão e falta de novos projetos e contratos estatais, uma vez que os governos estaduais são os únicos compradores da mercadoria produzida na CAF.

Esta é a 16ª greve da fábrica desde 2009. Provavelmente a CAF está entre as empresas que mais fizeram greve no país em seu curto tempo de existência. Nelas os metalúrgicos conquistaram vitórias importantes como o reajuste semestral de 5,17% além do que conquistam nas greves da campanha salarial da data base anual.

Desde o 11º Congresso dos Metalúrgicos de Campinas, em 2013, nós da Vanguarda Metalúrgica, núcleo operário impulsionado hoje pela Frente Comunista dos Trabalhadores (Liga Comunista, na época), alertamos contra a tese majoritária da ASS em nossa tese que a tendência da política econômica dos governos brasileiros submissos ao imperialismo é a desindustrialização/reprimarização e que era necessário preparar-se para batalhas mais duras, organizar caixas de socorro mútuos, fundos de greve e lutar contra as demissões até ocupando as fábricas, se assim os trabalhadores desejarem lutar e aprovarem tais medidas em assembleia. De lá para cá, desgraçadamente a história nos deu razão e o peso da indústria no PIB nacional encolheu para 10%, o menor índice desde a década de 1950.

Agora é preciso resistir com todas as forças, lutar para derrotar a política de liquidação da empresa feita pela multinacional, contra as demissões, pela redução da jornada e assegurando todos os empregos e direitos da peãozada.