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terça-feira, 5 de agosto de 2014

METALÚRGICOS ABC SÃO PAULO

Operários da Proema estão em greve. Unir empregados e desempregados e ocupar a fábrica contra as demissões em massa!
Erwin Wolf

Os quase 600 metalúrgicos da Proema, de São Bernardo do Campo, estão em greve, por causa de dois meses de salários atrasados, dívidas de férias e não recolhimento do FGTS (falta de depósitos), e não honrar o Acordo do pagamento das verbas rescisórias em 17 vezes, celebrado na Justiça do Trabalho.

O caso da Proema é mais uma demonstração da dependência tecnológica do capital nacional e de que quando chega a crise o patronato quer descarregar os custos nas costas dos trabalhadores.
A empresa “faz sistemas automotivos (colunas de direção, comando de câmbio, pedais e outros itens) passa por situação delicada, na sua avaliação, por falta de investimentos em novas tecnologias”, de acordo com o burocrata do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Morcegão. Este informou , ainda, que “muitas firmas já oferecem direção elétrica e a Proema continua com a mecânica”, disse Nelsi Rodrigues, o Morcegão, ao Diário do Grande ABC, 05/08/2014.

A crise na companhia já se arrasta há dez anos e a empresa chegou ao ponto de ser abastecida diretamente com material da montadora (para realizar a produção), por não arcar sequer com os custos dos insumos. A Proema desde o início do ano demitiu 300 metalúrgicos.

Ontem houve assembléia na porta da empresa para pressionar os patrões. A fábrica havia feito um “adiantamento” de apenas R$ 500 aos metalúrgicos, mas não apresentou nenhuma proposta. Hoje haverá nova assembléia, para informar os rumos da mobilização.

Diante desse de situação, os quase 600 metalúrgicos em greve devem ser unir com os outros 300 demitidos desde o início do ano, eleger um comando de greve e ocupar a fábrica, sem nenhuma ilusão na diretoria pelega do Sindicato do Metalúrgicos do ABC e exigindo da mesma todo apoio a esta luta e estas ações, reivindicando o pagamento imediato dos salários atrasados, das férias, os depósitos atrasados do FGTS e como a empresa não pagou as verbas rescisórias dos mesmos, que faça a reintegração dos demitidos pagando-lhes imediatamente os salários atrasados desde pretendida até hoje.