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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

CONFERÊNCIA DE EDUCAÇÃO DA APEOESP 5/5

Não em nosso nome!
Não a redução da maioridade penal!
Não a criminalização de nossos alunos!
Folha do Trabalhador #16
O governo Alckmin já provou que é inimigo da educação, que reprime com o aparato policial e a justiça burguesa aos que lutam por melhores condições de ensino. O Estado e seu aparato repressivo estão a serviço dos capitalistas e contra os trabalhadores e a juventude. Sempre que pode busca encontrar uma brecha para criminalizar nossas lutas e oprimir aos setores mais rebeldes da população reprimirão, por isto desejam reduzir agora a maioridade penal, tratando a questão social como caso de polícia.

A violência nas escolas reflete ao conjunto da crescente bárbarie social capitalista. Ensino superior caro, empregos precários e baixos  salários causam a marginalização da juventude. Esta situação é agravada pela desvalorização do ensino por parte dos governos, principalmente, pela desvalorização dos professores. O desinteresse pelo estudo e a rebeldia contra a escola é uma reação espontânea a este sistema educacional falido. A pedagogia neoliberal, “escolonovista” adotadas toma medidas de desqualificação da educação como a aprovação automática, o arrocho salarial e a precarização crescente dos próprios professores.

CONFERÊNCIA DE EDUCAÇÃO DA APEOESP 1/5

Contribuição da Liga Comunista
Folha do Trabalhador #16

Nossa política educacional deve superar duas tendências que limitam a luta por melhores condições de trabalho e de vida.

A primeira, hegemônica na direção da Apeoesp, colabora com o governo tucano contra nossos interesses, acreditando que a miséria educacional pode ser resolvida no capitalismo. 
A segunda, despreza a luta teórica e limita-se às reivindicações salariais (economicistas), que, embora vitais, não nos desobrigam de lutar contra o avanço da reação ideológica, pois sem um combate tenaz neste terreno também, a categoria acaba caindo no canto de sereia de medidas que enfraquecem os trabalhadores e a juventude e fortalecem nossos inimigos, como a prova do mérito, a aprovação automática e a criminalização dos alunos.
Tais preocupações “subjetivas” são fundamentais para revigorar nossa força e coesão contra a barbárie capitalista que tanto adoece os professores. Por isto também, é nossa tarefa educar nossos alunos para o combate contra o capitalismo.

Sumário:
> A quem serve a “política educacional” do PSDB?
> 10% do PIB para quem? 100% das verbas sob o controle da comunidade escolar!
> Direção da Apeoesp “consensua” com governo do PSDB contra professores em Comissão Paritária
> Não em nosso nome! Não a redução da maioridade penal! Não a criminalização de nossos alunos!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

DA PALESTINA A PARAISÓPOLIS

“Não há capitalismo sem racismo!” 
Logo, é preciso acabar com o capitalismo
para livrar a humanidade do racismo!
por Geisa Amaral, Leon Carlos e Humberto Rodrigues


Todos os dias cerca de 20 pessoas são assassinadas em Gaza pelo exercito israelense. Aproximadamente a mesma quantidade de vítimas é fuzilada nos bairros proletários da grande São Paulo atribuídas a “motoqueiros fantasmas” que executam preferencialmente quem tenha passagem pela polícia, mas que ataca a toda a população pobre e trabalhadora, espalhando terror estatal “invisível”.

No gueto de Gaza as vítimas são palestinos impedidos de possuírem um Estado, exercito, marinha ou aeronáutica, a maioria criança, uma vez que boa parte da população adulta já foi massacrada ou se encontra presa nas masmorras de Israel.

No local de moradia da população trabalhadora paulista as vítimas são os de sempre: pobres, pretos e jovens trabalhadores, arrancados de casa ou perseguidos pelas ruas, capturados, torturados ou sumariamente fuzilados sozinhos ou nos bares. Ainda que os acontecimentos detonadores das duas guerras sejam completamente distintos, os massacres são cometidos por justificativas ideológicas igualmente racistas. Também nos dois casos, o objetivo é aterrorizar as vítimas com bombas de fósforo branco disparados por caças e ameaça de invasão de Gaza pelos tanques israelenses ou grupos de extermínio, que impõem um estado de sítio nas periferias e as ocupam militarmente. Ainda há a ameaça da a intervenção policial e militar em comunidades como Paraisópolis (na capital paulista) ou as UPPs no Rio de Janeiro em larga escala. O interesse motriz que está por trás de ambos é aumento da acumulação capitalista.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

ARGENTINA - MANIFESTAÇÃO DE 20 DE NOVEMBRO DE 2012

¡No a CFK, a la oposición burguesa de derecha y a las burocracias sindicales saboteadoras!
¡Si a una fuerte huelga nacional y a la construcción de un partido verdaderamente trotskista de la clase obrera para imponer una salida obrera independiente y revolucionaria!

A LC reproduz o panfleto da TMB (seção do CLQI) para o 20N em Buenos Aires

El triunfo de las luchas de los trabajadores es la única garantía capaz de evitar una salida reaccionaria. Para hacer que los conflictos se encamine a en una tendencia hacia la huelga general indefinida . Por una salida independiente y obrera.

El cristinismo, como todo gobierno burgués, ésta haciendo de los trabajadores la principal variable de ajuste para descargar sobre ellos los costos del fin de fiesta del ciclo de los Kirchner. Esto se ve claramente en la erosión de los salarios por vía de la inflación y en las leyes flexibilizadoras como la reforma de las demandas por accidentes de trabajo. En donde el cristinismo no tuvo problema en votar junto a la oposición de derecha – en este caso el macrismo-que tanto condena.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

DECLARAÇÃO DO CLQI SOBRE A RECOLONIZAÇÃO DA LÍBIA


Quão estranho é o rosto da "libertação" na Líbia hoje!
Resposta a Michael Pröbsting e ao RCIT 


A Liga Comunista publica abaixo a declaração do Comitê de Ligação pela IV Internacional composto pelo Socialist Fight britânico, pela Tendencia Militante Bolchevique argentina e pela LC brasileira, em resposta a Tendência Revolucionária Comunista Internacional (RCIT) dirigido pelo RKOB austríaco. O RKOB é uma ruptura da Liga pela 5ª Internacional dirigida pelo Workers Power britânico.
 
A importância deste debate em meio a atual ofensiva da OTAN e de Israel sobre a Síria e a Palestina deriva do fato de que o RKOB compartilha das mesmas ilusões da maioria da chamada esquerda trotskista que acreditam que a Líbia e a Síria vivem “revoluções democráticas" (no Brasil, o PSTU, o PSOL e POR) ou simplesmente “revoluções” (PCO, LER e MR) e que de alguma forma uma luta conduzida por direções pró-imperialistas possa servir aos interesses dos trabalhadores por direitos democráticos e sindicais.

1. O artigo de 10.800 palavras de Michael Pröbsting “Lutas de libertação e interferência imperialista – O fracasso do sectárismo ‘anti-imperialista’ no Ocidente: Algumas considerações gerais do ponto de vista do marxista sob o exemplo da revolução democrática na Líbia em 2011” publicado no Boletim “Comunismo Revolucionário” da Tendência Revolucionária Comunista Internacional (RCIT), No.12, 2012/10/24 merece alguma consideração, pois procuram defender sua indefensável posição pró-imperialista sobre a Líbia e ataca aqueles que tomaram uma posição de princípio. [1]

2. No entanto, rejeitamos a identificação das posições do Comité de Ligação pela Quarta Internacional (LCLQI) com as da ICL/espartaquistas e do Grupo Internacionalista/LFI:

Os sectários ‘anti-imperialistas’ no entanto, colocam-se ao lado do reacionário regime de Gaddafi contra a revolução popular. Exemplos de grupos que assumiram tal posição reacionária são o Comité de Ligação da Liga Comunista (Brasil), do Grupo Revolucionário Marxista (África do Sul) e do Luta Socialista (Grã-Bretanha), a ICL/espartaquistas, o LFI/Grupo Internacionalista de Norden e o grupo stalinista "Partido Comunista da Grã-Bretanha (‘marxista-leninista’)”.

Existem grandes diferenças, esses dois grupos e a Tendência Bolchevique Internacional. O terceiro membro da "família Spartaquista", se recusou a defender a Líbia contra os rebeldes dirigidos pela CIA em Benghazi na guerra contra Gaddafi desde o início e nunca teve a orientação de princípios da Frente Unida Anti-Imperialista, adotando a linha mais light e incorreta de "bloco militar" contra as posições do Comintern sob Lênin e Trotsky e contra as posições que Trotsky defendeu até seu assassinato em 1940. [2]

domingo, 11 de novembro de 2012

ATO NACIONAL CONTRA O EXTERMÍNIO INDÍGENA

Somos todos Guaranis e Kaiowas contra o genocídio a mando do agronegócio e seus lacaios: o Supremo Tribunal Federal, Dilma e o PT!

No dia 9 de novembro de 2012 ocorreram atos em defesa dos povos guarani-kaiowas em 50 cidades do Brasil. Em São Paulo, a maior manifestação nacional contou com mais de três mil pessoas que se concentraram no MASP desde as 13h até as 18h. Primeiramente, no início da tarde, os manifestantes se dirigiram à sede do Tribunal Regional Federal da Avenida Paulista para entregar a “Carta dos Movimentos Populares” pedindo a urgência na demarcação de terras e a anulação dos despejos. A segunda concentração, às 17h, marchou da Avenida Paulista até o Vale do Anhangabaú e encerrando-se às 21h.

Desde a chegada dos portugueses a estas terras, há mais de meio milênio, o dia 9 de novembro entrará para a história como a data em que mais aconteceram protestos pela causa dos povos originários e contra o Estado capitalista em toda a história do Brasil.
O movimento ganhou força quando os Guarani-Kaiowás no Mato Grosso do Sul passaram a ser ameaçados de extinção. Quando os portugueses chegaram havia aproximadamente 10 milhões de índios no país. Hoje não chegam a 1 milhão. Enquanto a população brasileira cresceu para quase 200 milhões de habitantes, o avanço do latifúndio capitalista sobre o qual se assentou a economia da colônia no princípio e agora da semi-colônia fez com que a população aborígine retrocedesse violentamente. Graças ao servilismo de todos os governos burgueses, o país nunca passou de uma economia agro-exportadora a serviço do grande capital internacional.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

ESTRUTURA BRASILEIRA E PERSPECTIVAS CONJUNTURAIS 2/2

A base material reacionária do
gradualismo sem rupturas em todo
processo político brasileiro

É bem sabido que o Brasil não possui tradição de partidos políticos. Como uma serpente que muda de pele, a cada 40 anos a burguesia renova 100% de suas principais agremiações. Este não é um padrão burguês mundial, mas uma característica nacional. Nesta questão, o Brasil é diferente dos EUA, Inglaterra, França, Argentina, Índia ou México.

A inconsistência dos partidos políticos burgueses é uma característica típica do modo de conservação do poder pela classe dominante do Brasil, fenômeno que se combina com outro, a falta de processos de ruptura mesmo nos marcos capitalistas, como revoluções vitoriosas (Inglaterra, França, EUA,) ou abortadas (países semi-coloniais).

Acontecimentos como a independência, a instauração da república, o fim da escravidão, a mudança de regimes ditatoriais para regimes democráticos não aconteceram sem rupturas nos outros países 1. No entanto, no Brasil todos estes processos se deram de forma “lenta, gradual, segura e sem revanchismos” 2.

ESTRUTURA BRASILEIRA E PERSPECTIVAS CONJUNTURAIS 1/2

A insustentável leveza1 dos partidos burgueses
brasileiros e a necessidade de criar um forte
partido trotskista da classe operária

dO Bolchevique #13
Ainda que sem consciência de seus interesses históricos, a massa dos trabalhadores resiste como pode cada vez mais desiludida com a democracia dos ricos. Mesmo sendo obrigada a votar e sob um intenso bombardeio ideológico dos partidos do regime e do Estado, que fez destas as eleições mais caras da história do país (quase 600 milhões de reais), os votos brancos, nulos e abstenções nacionais subiram para 26,6%. Até em São Paulo, capital econômica do país, onde a acirrada disputa inter-burguesa entre os dois principais partidos hegemônicos na classe dominante, nucleadores da situação e da oposição, PT e PSDB, fizeram grande apelo para ao eleitor, a rejeição foi de 30%. Cerca de 2,5 milhões de eleitores não votaram em nenhum candidato. Destes, 800 mil foram às urnas em meio a sol e chuva intensos que marcaram o clima no segundo turno para votar branco ou nulo.

Além disto, estas eleições foram recordistas em disputas nos 2º turnos. Também os candidatos oposicionistas foram vitoriosos sobre os candidatos situacionistas em cada município. Por sua vez, foi a eleição com o menor índice de reeleições desde que foi criado este artifício 2.

Os partidos que se reivindicam socialistas que compuseram a “Frente de Esquerda” (PSOL, PSTU e PCB) em 2006 foram completamente incapazes de influenciar progressivamente a desilusão popular com as eleições burguesas porque simplesmente coligaram-se aos partidos capitalistas, aderindo ao cretinismo eleitoral que tanto enoja de forma crescente os setores mais avançados da classe trabalhadora. O PSOL consolidou sua condição de pequeno partido burguês, aliando-se com todo o espectro nacional, dos governistas PT e PCdoB à direitona do PP de Maluf e Bolsonaro e do DEM de Demóstenes e Caiado, para eleger a todo custo e custeados pelas empresas capitalistas, 49 vereadores e seus primeiros dois prefeitos.