TRADUTOR

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

REVISANDO O REVISIONISMO II

A herança que nós renunciamos da
política Frente Populista do Partido Obrero
Informativo da CRCI chamando voto no MAS
boliviano, uma frente popular em forma de partido
Fustigados por uma correspondência de uma recente ruptura do Partido Obrero argentino, a Tendencia Piquetera Revolucionária (TPR), a qual reproduzimos logo abaixo, fomos levados, a LC e a TMB, a realizar um acerto de contas com nossa origem política na corrente internacional dirigida por Jorge Altamira. Tratava-se de uma tarefa até então pendente para a LC que nunca foi resolvida pelo PCO, LBI, POR ou POM, organizações brasileiras que tiveram sua origem no altamirismo e que não por acaso carregam hoje os vícios desta vertente do pseudo-trotskismo. Quando esboçaram algum balanço de sua matriz estes agrupamentos no máximo realizaram convenientemente críticas do momento de sua ruptura em diante, sob o auto-engano de que tudo era correto e principista até o momento em que foram levados a romper, recusando-se a combater pela raiz a tradição altamirista. Lamentavelmente os companheiros da TPR incorrem no mesmo equívoco. Romperam organicamente com o PO, mas seguem reivindicando o “altamirismo das origens”. Sob a mesma influência deformada encontram-se em menor ou maior grau o conjunto dos agrupamentos do CRCI que até o momento não firmaram um combate contra as concepções de “governo de toda a esquerda”, de apoio crítico ao MAS Boliviano e ao Syriza na Grécia, de formação de frentes populares “anti-austeridade”.
Qual a importância deste debate hoje? Simples. Primeiramente para disputar a consciência política dos militantes honestos que militaram ou militam na base das organizações influenciadas pelo PO, na Grécia (EEK), Itália (Partito Comunista dei Lavoratori), Venezuela (Opción Obrera), etc. e também porque a direção do PO renega  o combate trotskista contra a política de frentes populares em favor da estratégia conciliacionista de “frentes de esquerda” ao mesmo tempo em que rechaça a tática da frente única antiimperialista aderindo como papagaio ao ombro esquerdo da OTAN nas campanhas militares de re-colonização do Oriente Médio em favor das reacionárias contra-revoluções árabes na Líbia e na Síria e do aborto dos levantes populares nos demais países da região. Por tudo isto, este debate assume uma importância capital para aqueles que se reivindicam marxistas em nosso tempo e lutam por fundir o comunismo com o movimento operário ativo, para aqueles que acreditam que sem este combate não é possível assentar as bases programáticas para as táticas e estratégias revolucionárias para a atual etapa histórica.


CARTA DA TPR PARA A LC

Compañeros:

Vimos en su blog el texto "A tática da Frente Única Antiimperialista e a estratégia da Revolução Permanente contra a atual ofensiva imperialista" del compañero Ret Marut de Socialist Fight de Inglaterra.

Como pueden ver en nuestra página (www.tpr-internet.blogspot.com), en nuestro periódico "EL PIQUETERO" N°1 (http://www.youblisher.com/p/216805-PIQUETERO-N-1-Ano-1-20-de-Diciembre-de-2011/), hemos publicado los textos de Altamira-Magri publicados en la Revista de la TCI (Tendencia Cuarta Internacionalista) en oposición a Moreno-Lambert en defensa del Frente Único Anti-imperialista.

Por lo tanto, más allá de que no compartamos en nada su posición sobre la revolución árabe, nos interesa conocer su posición al respecto. Si lo pueden mandar en español o inglés sería lo ideal. Por último, les dejamos nuestro último periódico: http://www.youblisher.com/p/360487-EL-PIQUETERO-N-2-ANO-2-JUNIO-2012/

Saludos.
Christian Armenteros,
por el Comité Central de la Tendencia Piquetera Revolucionaria (TPR) - Argentina


CARTA DE RESPOSTA DO CLQI A TPR

REVISANDO O REVISIONISMO II
A herança que nós renunciamos da
política Frente Populista do Partido Obrero

Companheiros de TPR,

Com prazer atendemos ao vosso pedido. Vos enviaremos o livro "A tática da Frente Única Antiimperialista e a estratégia da Revolução Permanente contra a atual ofensiva imperialista" na íntegra e em pdf, em anexo. Este documento apenas foi impresso em português e inglês. Assim, vos enviamos também a versão em inglês tal como ele foi impresso pelo Socialist Fight #8. http://suacs.files.wordpress.com/2012/03/socialist-fight-no-82.pdf

A LC e a TMB argentina agregaram, ao conteúdo do texto escrito pelos camaradas britânicos, uma introdução relativamente longa contendo uma revisão do revisionismo de nossas correntes matrizes. Nossas jovens correntes aproveitam a resposta a vossa carta para saudar contas com nossa origem política altamirista.

PELO INTERNACIONALISMO PROLETÁRIO CENTRALIZADO DEMOCRATICAMENTE 
CONTRA O CAUDILHISMO CONCENTRADOR NACIONAL TROTSKISTA

A LC nasceu da LBI. A LBI é uma ruptura do PCO, o principal grupo criado pelo altamirismo no Brasil e no mundo, mas que já não faz parte da CRCI por razões convenientemente não publicitadas nem pela direção do PCO nem pela direção do PO. Trata-se de uma dissolução oportunista das relações políticas estabelecidas por mais de duas longas décadas. Todavia, efetivamente nunca houve uma construção de uma extensão orgânica de PO em parte alguma.

A direção do PO nunca quis ter uma disciplina orgânica nem tão pouco se dispôs a investir materialmente na construção internacional. A camarilha dirigente utilizando-se deformadamente do correto conceito bolchevique da profissionalização dos quadros, sempre se negou a prestar contas do uso dos recursos partidários em relação os meios de vida da propia camarilha. Portanto, sempre se opôs a um enquadramento a nível internacional a que – pelo menos formalmente – tivesse que prestar contas de sua ação política. Até 2004 a relação PO – PCO funcionava de um modo federativista anárquico. Mas, neste ano a direção do PO acredita ser necessário estender o caudilhismo concentrador que exerce no plano nacional ao plano internacional, tendo obviamente o PO a função de partido mãe e dando inclusive uma cobertura internacional sobretudo ao seu caudilhismo concentrador disfarçando seu nacional trotskismo, a causa ideológica da deformação na concepção de partido . A nova relação que o PO buscava impor, entra em choque com a direção do PCO, discípula bem formada no mesmo desvio caudilhista concentrador – que é a antítese do centralismo democrático – e se recusa a largar o vício em favor do partido mãe.

A TMB tem suas origens no PBCI, uma ruptura do PO. O PBCI dissolveu-se no início deste século, aproveitando a onda piquetera em 2001 para converter-se em uma ONG oportunista. Os companheiros que formam a TMB, a seu momento, militaram no PBCI quando este se juntou a LBI e formaram a Corrente Bolchevique por la IV Internacional (CBQI). Quando da ruptura da CBQI, convergiram com a LBI e vincularam-se a esta por algum tempo, mas depois se distanciaram da mesma. Cinco anos após sua fundação, em 2000, a própria LBI havia abandonado qualquer tentativa real de construção internacional ou inserção em organizações de massa, no movimento operário, estudantil ou camponês, manifestando também o veneno caudilhista concentrador de suas matrizes que acabou por atrofiar por completo aquela organização. Hoje, TMB, LC e SF fazem parte do Comité de Vinculación por la IV Internacional (cuja sigla é LCFI em inglês e CLQI em português).

“REVOLUÇÕES ÁRABES”
OU CONTRA-REVOLUÇÕES DEMOCRATIZANTES?

A TPR afirma que reivindica a tática da FUA através da estratégia da Revolução Permanente. Correto. A TPR critica o apoio do PO à contra revolução democratizante no mundo árabe e a impostura de embelezar às tendências ao fascismo aos golpes e a reação (Carta Aberta da TPR ao XX Congresso do PO, 07/2012). Correto. Todavia, contraditoriamente, a TPR se deixa influenciar pela propaganda de guerra pró-imperialista da “revolução árabe” que a CRCI e a LIT e todo o arco pseudo-trotskista reproduzem. Companheiros, em que lugar do mundo árabe ocorreu uma revolução? Em que lugar houve uma substituição da classe dominante no poder político? Que classe fez a revolução árabe? Contra quem foi realizada a revolução árabe? A revolução dispensa a necessidade da derrota da classe dominante?

Mesmo que façamos uma analogia com revoluções derrotadas como a Revolução Russa de 1905, há que se destacar que se tratou de um processo onde as massas superaram todos os limites da luta sindical e da greve política com o advento dos sovietes. Na Bolívia de 1952 ou na Nicarágua em 1979 os regimes burgueses se desintegraram, dando lugar a governos kerenkistas ou frente populistas que assumiram o poder político para abortar a revolução social. Onde estão os governos kerenkistas da “revolução árabe”? Os que apelam para o argumento que na Líbia ou na Síria, pelo menos a princípio, existiram “de forma embrionária” legítimos processos revolucionários, “revoluções democráticas” ou “revoluções de fevereiro” que não alcançaram sua fase “outubro”, contestamos reivindicando que nos mostrem onde se encontram os organismos de duplo poder independentes da burguesia (para não dizer do imperialismo)? O revisionismo morenista da “revolução democrática” e suas variantes desprezam a análise do fenômeno do ponto de vista dos interesses históricos da classe trabalhadora, rompe com a teoria da revolução permanente e serve ao imperialismo ao apoiar as contra-revoluções democratizantes.

No mundo árabe uma fração burguesa que dirigia o Estado capitalista foi substituída por outra fração da classe dominante árabe (Líbia e talvez Síria) que é apoiada por uma coalizão de Estados imperialistas através de organismos de aliança militar e diplomáticos como a OTAN e a ONU. O governo parido da “revolução líbia”, por exemplo, se apóia nos principais órgãos de dominação política e militar do capital imperialista e desde então que se apossaram da máquina estatal foram fiéis agentes do imperialismo em seu país. O mesmo destino está reservado para a Síria segundo os planos do grande capital internacional.

Os verdadeiros marxistas costumam ser criteriosos quando se trata de definir o objetivo de sua atividade militante, a revolução. Não buscam confundir as massas ou euforizar sua base militante e seus leitores chamando de revolução as contra-revoluções ou as alterações cosméticas operadas pelo regime de seus inimigos de classe. A burguesia age segundo o aforisma de Giuseppe di Lampedusa, “as coisas precisam mudar para permanecer como estão”. Nosso rigor não é um capricho, fazemos isto porque sabemos que nossos fins só serão alcançados com a derrubada violenta de toda ordem social existente.

Mesmo após a ditadura monárquica czarista cair sob a pressão de uma insurreição popular, que obrigou a burguesia a governar apoiando-se no controle que os mencheviques exerciam sob os sovietes, Lenin questiona o engano das massas pelos conciliadores de classe de sua época em nome de “revolução”.

“Por mais alto que gritem os capitalistas e seus lacaios [referindo-se aos mencheviques], afirmando o contrário, sua mentira não deixará de ser mentira. O que não faz falta neste momento é que as frases obscureçam o entendimento e embotem a consciência. Quando se fala de ‘revolução’, de ‘povo revolucionário’, de ‘democracia revolucionária’, etc; em nove de cada dez casos se trata de mentiras ou auto-engano. É preciso perguntar ‘que classe faz a revolução?’ Contra quem se fez a revolução?’. Contra o Czarismo? Neste sentido, na Rússia são hoje revolucionários a maioria dos latifundiários e capitalistas. Uma vez que virou fato consumado (a revolução política de fevereiro) até os reacionários se baseiam nas conquistas da revolução. Na atualidade, o modo mais frequente, mais abjeto e mais nocivo de enganar as massas é elogiar a revolução neste sentido. A conclusão é clara, só o poder do proletariado, apoiado pelos semiproletários, pode dar ao país um poder realmente firme e verdadeiramente revolucionário. Será realmente firme, estável pois não se baseará, por necessidade, no conciliacionismo instável dos capitalistas com os pequenos proprietários, dos milionários com a pequena burguesia.” (Acerca do poder revolucionário firme, 06/05/1917).

Reconhecemos os levantes populares que ocorrem na Tunísia, Egito, Bahrein, etc. Levantes espontâneos como os que ocorreram em Londres em 2011 ou na Argentina em 2001. Mas, nem todos os processos são espontâneos. Os casos do Sudão do Sul, da Costa do Marfim, da Líbia e da Síria a TPR caracteriza como “revoluções”? Em todos estes verifica-se claramente a visível mão do imperialismo e da CIA armando e orientando a oposição burguesa de um modo não muito distinto de Haiti, Honduras e Paraguai. Se no Egito vemos a ditadura seguir governando pela via de eleições fraudulentas e a colaboração da Irmandade Muçulmana, na Líbia, desde o princípio se articulou um golpe de Estado para substituir a ditadura de Kadafi por outra ditadura mais afinada com os interesses econômicos do imperialismo anglo-saxônico contra os interesses do bloco burguês russo-chino.

Os movimentos do mundo árabe evoluíram para duas variantes hegemônicas: 1) os levantes espontâneos sem direção revolucionária e protagonismo operário organizado como no Egito foram cooptados e manobrados pelo imperialismo; 2) a dinâmica dos processos como na Líbia e Síria é desde sua gênese diretamente controlada por agentes do imperialismo. No caso líbio, podemos assinalar o fusilamento massivo de operários por parte das forças do CNT. Operários que em sua maioria originários da África Subsaariana e que por sua vez, compõem a maior parte da classe operária Líbia. Os que depois disto não viram onde se encontrava a trincheira de classe não merece ser chamado marxista.
http://www.youtube.com/watch?v=FzmamhtoAPU. Técnicos, engenheiros, os setores aristocratizados da classe operária na Líbia, geralmente de origem européia, de fato não foram atacados mas repatriados. 1

OS PSEUDO-TROTSKISTAS
E SUA FRENTE ÚNICA PRÓ-IMPERIALISTA

Sob o impacto da ofensiva capitalista decorrentes da crise econômica e da recolonização democrática no mundo árabe vemos as correntes centristas tradicionais transitarem em direção ao oportunismo. Os advogados da “revolução líbia” vão ter que demonstrar como pode se començar uma revolução aliado-se a OTAN e exterminando o proletariado. O que nos indica que a “revolução líbia” não passou de uma sanguinária, anti-operária e racista contra-revolução pró-imperialista. E por mais que os pseudo-trotskistas seguindo a CNN digam o contrário e apóiem a propaganda de guerra da rapina imperialista, sua mentira não deixará de ser mentira e o SU, LIT, CRCI, COREP,UIT, FT, FLTI e todos os outros revisionistas não passarão de caixa de ressonância do imperialismo, ou seja, realizam literalmente uma Frente Única Pró-Imperialista.

Estas correntes atuam como “extrema esquerda do bloco imperialista ango-saxão, inclusive por interesses economicos como é o caso da ONG haitiano Batay Ovriere financiada pela CIA e parceira do PSTU brasileiro, da LIT e da Conlutas; e também pela ala do bloco europeu hegemonizada pelo imperialismo francês – agora que o Estado imperialista francês parece retomar a política da III República, ou seja, de uma continuação continental das ilhas britânicas.

Não podemos deixar a pressão ideológica pós-moderna, inimiga mortal do materialismo dialético, nos confundir entre o que seja uma contra-revolução ou uma revolução. Esta verificação elementar nos orienta programaticamente para uma frente CONTRA ou COM o imperialismo. Sobre isto recomendamos a leitura de:
“REVOLUÇÃO” OU REAÇÃO “COM FORMA DEMOCRÁTICA”?

1983:
PO PROPÕE UMA FRENTE POPULAR “ANTIIMPERIALISTA”
COM OLIGARQUIAS REGIONAIS REPRESENTADAS NO PJ,
APOIADORES DA DITADURA E DA TRIPLE A

No Brasil, Altamira afirmou que a crise econômica havia borrado os conceitos trotskistas vigentes desde 1938 até 2008. A partir de então, seria necessário construir novas frentes políticas com base em novos programas. O resultado desta revisão são a FIT (acertadamente apontada pela TMB como “La unidad del electoralismo convertese en la izquierda del modelo nac & pop de CFK”) e pior, o apoio liquidacionista da CRCI ao Siriza grego. Todavia, os camaradas de TPR deixam passar que o curso da degeneração política do CRCI já havia se imposto quase três décadas antes de sua formalização teórica escandalosamente oportunista. Nós próprios temos que reconhecer que seja na Argentina ou com os discípulos brasileiros do PO, quando ingressamos no PO ou no que originou o PCO na década de 1980, as bases da degeneração frente populista atual já estavam consolidadas.

Após seu nascimento em 1964, na década seguinte, Politica Obrera vincula-se por um curto período de 1972 a 1979 ao setor anti-pablista da IV Internacional (constituído pelas correntes que se referenciavam no velho CI), aproximando-se do CORCI lambertista ao qual também estava ligado federativamente o POR Boliviano. Acertadamente, no final dos anos 1970 Politica Obrera rompe com o giro frente populista do lambertismo que irá apoiar Mitterrand e fundar uma breve corrente oportunista internacional com o morenismo. Altamira e Lora seguem juntos em um comitê de ligação federativo chamado TQI que se extingue quase por inanição em 1985 devido ao nacional-trotskismo e o messianismo auto-proclamatório de ambos, tomando Lora a iniciativa de formaliza seu desinteresse em alimentar relações políticas internacionais. É só a partir de então que Altamira deixa de embelezar e passa a criticar o papel oportunista do POR Boliviano na Revolução de 1952. A direção pequeno burguesa, a ausência de organicidade com a classe operária, o objetivismo, empirismo e impressionismo que caracterizam sua base social, o caudilhismo organizativo e a estratégia de construção nacional trotskista cobram seu preço ao PO fazendo com que o giro democratizante do grupo tenha início com a democratização do regime burguês em 83, quando Politica Obrera converte-se em Partido Obrero e a seu modo reproduz a mesma dinâmica que havia tido o morenismo antes do MAS, em 73, com a fundação do PST.

PO convoca "Por uma Frente Antiimperialista de toda a esquerda" para as eleições de 30 de outubro de 1983. Propõe uma série de bandeiras, “pontos programáticos comuns” e convoca para a frente “antiimperialista” o PC argentino, o Partido Intrasigente, o grupo Intrasigência Peronista, Partido Socialista Popular, Partido Socialista Autentico, MAS, PL, Partido del Trabajo y del Pueblo. (do livro “Que es el Partido Obrero”, pág 118). Trata-se na verdade de um truque em que por trás da causa antiimperialista o PO camufla seu chamado a uma frente popular eleitoral com setores da burguesia argentina e seus agentes reacionários, com Intasigencia Peronista, dirigida por Saddi, um dirigente do PJ, um instrumento da dominação burgesa completamente pro-imperialista e membro de uma das oligarquias regionais mais reacionárias de Catamarca 2; com o PC que apoiou a ditadura militar genocida; com o PTP que apoiou a Triple A (Aliança Anticomunista Argentina, um esquadrão da morte de extrema direita)!!! Mesmo quando propunha uma frente única de ação com a social democracia e com o PC contra o fascismo – e não com os apoiadores do fascismo como é o caso do PO – Trotsky alertava:

“Nenhuma plataforma comum com a social-democracia ou com os chefes dos sindicatos alemães, nenhuma edição, nenhuma bandeira, nenhum cartaz comum: marchar separadamente, lutar juntos. Combinação apenas nisto, como combater, quem combater e quando combater ... Foi unicamente graças a isto que vencemos.” (Carta ao operário comunista alemão do PCA, 08/12/1931).

Eis que o PO tratou de sugerir plataformas, bandeiras, e o que fosse possível dentro de um campo político comum forçosamente unificado em torno da genérica qualificação de “esquerda”. Longe de uma frente de ação com objetivos comuns antiimperialistas e diferenças políticas bem delimitadas, o que pretende o PO é atrair parceiros para uma aventura eleitoral misturando-se como se todos fizessem parte de uma grande família chamada “esquerda”.

“Os bolcheviques realizaram acordos práticos com as organizações revolucionárias pequeno-burguesas para o transporte clandestino de publicações revolucionárias e, algumas vezes, para a organização comum de uma manifestação, ou para responder aos grupos de "pogromistas". Quando das eleições para a Duma, recorreram, em certas circunstâncias e no segundo grau [A eleição de deputados para a Duma era realizada através de colégios eleitorais em segundo e terceiro graus], à blocos eleitorais com os mencheviques ou com os socialistas revolucionários. Isso é tudo. Nem "programas" comuns, nem organismos permanentes, nem renúncia a criticar os aliados circunstanciais. Este tipo de acordos e compromissos episódicos, estritamente limitados a objetivos precisos – os únicos que Lenine tomava em consideração – nada tinham em comum com a Frente Popular, que representa um conglomerado de organizações heterogêneas, ... por uma política e um programa comum: por uma política de ostentação, de declamação e de poeira nos olhos.A política da Frente Popular é uma política de traição. A regra do bolchevismo, no que se referia aos blocos, era a seguinte: Marchar separados, vencer juntos! A regra dos atuais chefes da Internacional Comunista é: Marchar juntos para ser derrotado separadamente.” (Leon Trotsky, A França na Encruzilhada, 28/03/1936).

Através da mais escandalosa ostentação o PO ressalta “a esquerda deste país tem uma plataforma programática que a diferencia claramente do conjunto das forças tradicionais” (Carta a los Partidos y Corrientes de Izquierda, 14/07/1983, in Que es el Partido Obrero, p.115). A quem se referem? Seria Saddi claramente diferente das forças tradicionais? E o PO prossegue embelezando a quem qualifica de esquerda argentina “Só a esquerda e ninguém mais que ela levanta um programa de características antiimperialistas... Só as medidas contempladas nas plataformas da esquerda podem abrir um curso de saída a esta situação,... que se reconheça que em nossas plataformas existe a base de um acordo principista” (idem, páginas  116 e 117). Toda uma política de declamação e de poeira nos olhos que em nada deixa a desejar em relação ao proselitismo stalinista. Para atrair seus aliados a sua frente completamente sem princípios, o PO despudoradamente anuncia compartir princípios comuns com o PC que apoiou a ditadura assassina de 30 mil lutadores sociais e ao PTP que apoiou os esquadrões da direita fascista que auxiliaram a ditadura nesta guerra suja.

O PO realiza o caminho oposto convoca uma frente não para a ação antiimperialista mas para as eleições burguesas com setores da burguesia sob uma programa comum. Para os autênticos marxistas, mesmo quando se trata da social democracia

“os acordos eleitorais, arranjos parlamentares feitos entre o partido revolucionário e a social-democracia servem aos interesses da social democracia. Acordos práticos para ações de massa, para fins de combate, servem sempre a causa do partido revolucionário.” (Carta ao operário comunista alemão do PCA, 08/12/1931).

Certamente que o bloco proposto pelo PO servia aos interesses dos setores burgueses e oportunistas, no entanto foi outro partido pseudo-trotskista com uma década de experiência oportunista a frente do debutante PO quem protagonizou o projeto de Frente Popular, o MAS. Se depois de 1983 o PO se colocou a esquerda do MAS foi porque o MAS já havia lhe tomado seu pretendido espaço político, uma vez que já gozava do know how adquirido desde 1973, com o PST. Foi somente a partir de 1991, quando se processa a crise do MAS de 90-91 com a restauração capitalista na URSS e Leste Europeu onde PO lhe claudica o restauracionismo e passa a ocupar o espectro e inclusive o caráter político da corrente morenista.

Por que então deveríamos nos surpreender o fato do PO festejar o ascenso da frente popular da Esquerda Européia, da Frente de Esquerda Francesa, do Syriza ou do Die Linke se há 30 anos Altamira já tomava a iniciativa de propor na própria argentina a fundação de uma frente popular com partidos oportunistas e burgueses do quilate do PC argentino, do Partido Intrasigente, do Intrasigência Peronista e do PTP?

Reivindicando o PO e a CRCI de 2004 contra o PO pós-2009 os camaradas da TPR nada mais fazem do que embelezar todo o desvio frente populista anterior que apenas agora atinge sua expressão mais cristalizada.

Em 1983, o PO proporá uma frente eleitoral platônica “antiimperialista” com setores da direção burguesa representandos no PJ. Todavia, diante da ofensiva imperialista nos Balcãs, Afeganistão, Iraque, Líbia o PO rechaçou uma frente única antiimperialista real e necessária com as direções nacionalistas burguesas. De fato, a “frente antiimperialista” proposta por PO nunca foi uma frente política e militar contra o imperialismo, mas sim uma frente com interesses cretinamente eleitoralistas com as direções stalinistas que apoiaram os verdugos de 30 mil lutadores sociais argentinos e os setores mais reacionários da burguesia nacional e inclusive completamente pró-imperialistas como o PJ.

“O PO Argentino e a LIT reivindicam o campo militar da ditadura Argentina contra o imperialismo na guerra das Malvinas. Mas, agora, na Líbia e Síria, em nome do combate a ditadura aderiram a propaganda de guerra imperialista, tomam o campo imperialista da “primavera árabe” contra as atuais nações oprimidas sob ataque. Estes partidos demonstram que seu antiimperialismo não passa de nacionalismo ou patriotismo latino americano; um “sentimento” que mesmo sendo progressivo, quando se trata da luta pelas reivindicações nacionais da nação oprimida, nada tem a ver com o antiimperialismo e anticolonialismo de Marx, Lenin e Trotsky.” (Declaração da CVCI - Malvinas: a ofensiva imperialista no atlántico sul: Diante da impotência do governo argentino e da nova ofensiva imperialista, construir uma resposta operária e internacionalista).
http://lcligacomunista.blogspot.com.br/2012/05/malvinas-ofensiva-imperialista-no.html

Se em 1989 a postura do PO foi de defender os militantes do MTP e criticar a vergonhosa posição do MAS de solidarizar-se com os militares genocidas do assalto ao quartel de La Tablada, em 1997, para agradar seus eleitores de classe média o PO criminaliza o grupo ETA, acusa-o de terrorista e objetivamente serve a propaganda do Estado terrorista espanhol contra a guerrilha nacionalista basca (PO 548). ante los atentados de la ETA señalando que la postura de PO. De forma retardada e bem mais lentamente o altamirismo reproduz o fenômeno da dinâmica do MAS nos anos 80. Todavia, o PO, ao contrário do MAS, sobreviveu a derrota histórica que significou o fim da URSS e dos demais Estados operários do Leste Europeu, assim como da China provocou um imenso giro à direita na pequena burguesia e também em seus aparatos partidários pretensamente socialistas, comunistas ou trotskistas. Se entre 1979 e 1981 PO critica a política anti-defensista e democratizante do morenismo de combater a ocupação soviética do Afeganistão (uma medida burocrática de defesa das fronteiras da URSS e do governo frente populista pró-Moscou) e de defender a consigna “Todo Poder ao Solidariedade!”, sindicato nacional polonês de base operária mas direção pró-Vaticano manietada pela CIA, na década posterior, no momento em que a contra-revolução democratizante estava restaurando o capitalismo nos Estados operários Altamira junta-se ao coro dos anti-defensistas.

O PO DIANTE DA RESTAURAÇÃO CAPITALISTA NA URSS:
ESQUIZOFRENIA EXTREMA E/OU ESCANDALOSO OPORTUNISMO

Em 1981, o PO afirmava: "Em 1980, o CI (Comitê Internacional) se colocou contra a defesa incondicional da URSS na guerra entre esta e as guerrilhas feudais no Afeganistão... continuam defendendo a URSS como estado operário, mas suas colocações demonstram que estão a ponto de trocar de camiseta... No estado operário burocratizado, a burocracia deve defender, frente ao capital, as conquistas sociais do proletariado, que são a base dos seus privilégios (‘As teses do Comitê Internacional’ — Jorge Altamira e Júlio Magri, revista Internacionalismo Nº3), contraditoriamente em agosto de 1991, é o próprio Altamira que troca de camiseta quando Yeltsin derrota os estalinistas do “bando dos 8”. O PO defendeu "nas lutas dos últimos 5 anos e na derrota do golpe dos últimos dias as massas abriram o caminho da revolução política e agora abertamente social" (En defensa del Marxismo, nº1, outubro/1991). Assim, o PO embeleza não só de revolução política mas já de “revolução social” a própria contra-revolução social que restaurou o capitalismo. Parafraseando as palavras do próprio documento de Altamira-Magri ao polemizar contra o Comitê Internacional de Lambert e Moreno, um dos eixos centrais de nossa polêmica de anos contra o PO [e todo arco centrista antidefensista] foi apontar que o PO não sabia se localizar no ABC da luta de classes, isto é, “distinguir a revolução da contra-revolução”.

Todavia, surpreendentemente nas palavras iniciais do ponto 1. das “Teses Programáticas para a IV Internacional (CRCI)” o PO defende: “Las características que distinguen a la presente etapa histórica han sido determinadas a partir de la disolución de la Unión Soviética y de la restauración del capitalismo que se encuentra en curso, en distinto grado, en Rusia, en China y en el conjunto de los ex estados obreros degenerados.” O PO “esqueceu-se” completamente que apoiou a caída da URSS como uma “revolução social”!!! Se o PO é conseqüente com a analise das Teses da CRCI deve concluir que diante do maior fato a nível internacional, fato que - segundo suas palavras – “determinam as características da presente etapa histórica” em que vive a atual geração de trabalhadores o PO foi, nem mais nem menos, um partido contra-revolucionário que esteve no campo do imperialismo. Diante deste zig-zag do PO só podemos chegar a duas conclusões: 1) a camarilha altamirista padece de esquizofrenia, de “múltipla personalidade” o que exige assistência psiquiátrica urgente uma vez que não só põe em perigo a si mesmo mas também a quem a acompanha; 2) estamos diante dos maiores oportunistas de todos os tempos. Seja como for, inconsciente ou consciente, o PO serve a reação mundial. Mas francamente, pelo que conhecemos de longas datas desta corrente, atualizados agora pelas denúncias da TPR que trata-se indubitavelmente da segunda hipótese.

SEM O MAS PARA LHE ECLIPSAR
E SOB A PRESSÃO REACIONÁRIA DA RESTAURAÇÃO CAPITALISTA NOS ESTADOS OPERÁRIOS
AS TENDÊNCIAS OPORTUNISTAS LATENTES NO PO DESDE 1983
SEGUEM SEU CURSO LIVREMENTE

A partir deste momento que já não se faz necessário nem possível ao PO ocupar o papel de opção de esquerda ao MAS então, o papel histórico na luta de classes ocupado pelo morenismo vai ser ocupado pelo altamirismo que gira cada vez mais a direita. Ingressa no mesmo ano de 1991 no pântano frente populista latino americano do Foro de São Paulo em conjunto com o PT brasileiro e o PRD mexicano.

No VII Congresso embora cercado de partidos satélites como o PCO do Brasil que camuflam seu nacional trotskismo o PO literalmente afirma messianismo nacional: “o VII Congresso destacou a esterilidade teórica de qualquer caráter das discussões, reagrupamentos e cisões que se têm processado nos cenáculos trotskistas internacionais" (Prensa Obrera 477), reivindicando "a vitalidade política da luta ideológica do Partido Obrero no Foro de São Paulo" (idem).

Diante do levante popular argentino de 2001, a política do PO não passa no teste da luta de classes. Embora o PO embeleze demagogicamente o levante popular caracterizando a situação como revolucionária, sem apontar que faltava efetivamente para a mobilização popular criar uma situação revolucionária (a entrada em sena da classe operária estruturada com seus próprios métodos de luta) e militar ativamente por isto, o partido de Altamira apresenta como eixo de sua agitação demandas democratizantes (Assembleia Constituinte) voltadas a projeção eleitoral do PO. Como parte de sua demagogia eleitoralista e assistencialista, o PO modifica o sujeito social da revolução, do proletariado estruturado como reivindicam historicamente os marxistas para a organização dos desocupados (uma fração do exército industrial de reserva) mediante subsídio do Estado capitalista (planes trabajar), demandando mais subsídios e planos sociais do que trabalho efetivo 3.

O PO glorificou a este levante como um substituto da luta contra a dominação da burocracia sindical tradicional (em seus distintos setores tanto as diferentes vertentes peronistas como a não peronista, sectores da CTA, etc) e como uma justificação de sua própria acomodação assim como as correntes morenistas a esta burocracia. Assim, promoveu a mentira de que o levante piqueteiro – sem a participação da classe operária de forma organizada – poderia por si só fornecer a direção revolucionária e não havia necessidade de lutar pela direção da classe operária organizada através do esforço militante e da organização de base para edificar uma direção revolucionária defensora do Programa de Transição nos sindicatos.

Por trás das mobilizações midiáticas o PO, como vários outro agrupamentos pseudo-trotskistas, agem como força de contenção social a serviço da re-estabilização do regime burguês. Esta política resultará em fracassos eleitorais consecutivos durante toda a última década, permitindo a recomposição do regime através do mais tradicional partido burguês argentino e da geração do regime nac & pop do qual a FIT, encabeçada pelo PO se converterá em sua ala esquerda bem comportada.

Em 2005, o PO aprofunda seu curso frente populista que criticou quando do apoio da OCI lambertista a Mitterand, e apóia Evo Morales candidato a presidência da Bolívia pelo MAS, uma frente popular em forma de partido.

Consideramos progressivos os primeiros estudos da realidade argentina realizados pelos camaradas, tarefa indispensável para elaborar um programa e de uma estratégia revolucionários, tarefa que o PO sempre desprezou privilegiando a elaboração de plataformas eleitorais.

O PO não participa das eleições burguesas ou nas eleições sindicais no sentido que os bolcheviques leninistas participaram da Duma russa. Não compreendem estas disputas como complementares e integrantes da luta de classes e de uma plataforma para difundir o programa revolucionário entre a classe trabalhadora a fim de construir uma nova direção, por isto capitulam frente as ilusões reformistas e pequeno burguesas de que o socialismo pode ser alcançado através do sufrágio universal, daí as constantes alianças frente populistas sem princípios com outras forças centristas como também com o nacionalismo burguês.

A TPR está começando a realizar o caminho que nós começamos há 20 anos atrás, com a vantagem que em função do desenvolvimento desigual e combinado, provocado pela expulsão prematura do PO, abancaram mais rápido na ruptura orgânica mas ainda não iniciaram o processo de ruptura política. Todavia, acreditamos que a perspectivas dos camaradas da TPR de tentar sacar do pântano ao PO, a FIT e o CRCI tende a conduzi-los a atolar-se também no pântano, limitando já de agora a TPR a frágil condição de conselheira de esquerda e ilusoriamente como grupo de pressão contra a degenerada direção altamirista. Entendemos que a origem desta estratégia equivocada corresponde a educação política que receberam da fase mais movimentista e frente populista do PO.

Por fim, em 2012, encabeçando a FIT e sentindo-se plenamente legitimado para dar exemplo ao mundo Altamira reivindica a edificação de frentes políticas e governos “de toda a esquerda”. Como ensinava Freud, os vícios não tratados durante a infância voltam a se manifestar durante a vida adulta.

Por isto, fomos obrigados a defender o trotskismo e desmascarar Altamira em seu próprio debate:
PALESTRA DE JORGE ALTAMIRA EM PORTO ALEGRE
Uma aula de oportunismo, sectarismo e personalismo
Altamira foi tão desmoralizado por uma única intervenção política de um camarada da LC que seus seguidores no Brasil apelaram para ameaças gangsteris contra as quais fizemos a seguinte denúncia:
TROTSKISMO VS OPORTUNISMO GANGSTERIL DA CRQI
Representante do Partido Obrero no Brasil copia os métodos da máfia que assassinou o militante do PO Mariano Ferreyra na Argentina e ameaça simpatizante da LC no Rio Grande do Sul

Ao final, sugerimos a realização de uma reunião entre a TPR e os camaradas da TMB com o objetivo de explorar mutuamente as posições políticas de nossas correntes e alguma forma de trabalho em comum.

Humberto Rodrigues, Liga Comunista
Leon Carlos, TMB da Argentina
Gerry Downing, Socialist Fight britânico

COMITÊ DE LIGAÇÃO PELA IV INTERNACIONAL

1. O fato de que sejam de origem européia não os faz culpados de nada, o problema é seu caráter de aristocracia operária, nossa concepção é de classe, não de etnia.
Esta foi nossa posição frente a guerra civil na Líbia:
DECLARAÇÃO AOS TRABALHADORES DO MUNDO E À SUA VANGUARDA INTERNACIONALISTA
Em defesa incondicional da Líbia contra o imperialismo!
Frente Única Militar com Gadafi para derrotar a OTAN e os “rebeldes” armados pela CIA!
Nenhuma confiança no governo de Trípoli! Somente pelo armamento de todo o povo e pela revolução permanente nós poderemos vencer esta luta!
Nossa posição contra a intervenção imperialista a Síria e ao Irã:
¡FUERA EL IMPERIALISMO DE IRAQ, AFGANISTAN, SIRIA E IRAN!
¡Por la victoria de los pueblos de Medio Oriente y Asia Central  y por la derrota del imperialismo¡
DECLARACIÓN DEL COMITÉ DE VINCULACIÓN POR LA IV INTERNACIONAL
(TMB / Argetina - LC / Brasil - SF / Gran Bretaña)

2. O domínio dos Saddi nesta província declinou a partir de 91 pelo caso Maria Soledad desde que o velho patriarca morreu seu filho Ramon tornou-se seu herdeiro político. Soledad foi uma adolescente violentada e assassinada pelos "filhos do poder", isso provocou as manifestações que acabaram com a dinastia dos Saddi na província

3. Não negamos que em determinadas condições políticas, o trabalho sobre a massa de desocupados possa ser fundamental, mas orientamos tal tarefa militante em direção a convergência entre os trabalhadores desocupados e ocupados, única garantia de vitoria inclusive parcial. Obviamente, assinalamos que nossas reivindicações – embora a nível imediato seja pelo seguro desemprego nacional mais que por planos sociais que alimentam o asistencialismo e o clientelismo – sem negar-nos a lutar por arrancar concessões materiais a burguesia, nosso objetivo para com os desocupados é obter a garantia de sua reincorporação ao processo de produção.