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sábado, 6 de agosto de 2011

EUA, O INIMIGO PRINCIPAL ESTÁ EM CASA! 1/3

Obama desfere o mais brutal ataque à população trabalhadora dos EUA em toda a história
dO Bolchevique #6

Protesto contra os cortes dos gastos sociais:
"TIRE AS MÃOS DO MEU SEGURO SOCIAL,
MEDICARE (assistência de saúde para pobres e deficientes) MEDICAID (assistência aos idosos)!
Os EUA acabam de ampliar sua capacidade de seguir alimentando com trilhões de dólares a máquina de guerra imperialista e ao grande capital ianque de conjunto. Os custos desta operação serão pagos inicialmente com o incremento da miséria social no país. A administração do democrata negro Obama entrará para a história como a que desferiu o maior ataque contra o proletariado dos EUA, ameaçando todas as reformas sociais conquistadas no século XX.


Para “salvar os ricos” da crise econômica, entre 2007 e 2010, o Estado imperialista “emprestou” 16 trilhões de dólares (segundo a auditoria realizada pelo Government Accountability Office, GAO, sobre o FED, a Reserva Federal ianque) ao grande capital financeiro. Como sinal dos tempos, ou melhor, do retrocesso na luta de classes pós-URSS, após a crise de 2008, o mesmo Estado de “super bem estar social” para os grandes capitalistas, destruirá o que resta de assistência social à população pobre estadunidense, criado após a crise de 1929 e ampliada pela pressão das lutas na década de 1960 (momento de maior ascenso das lutas sociais naquela nação). Justamente no sentido oposto do que fez através do “New Deal” para evitar uma catástrofe humanitária maior na época, agora a Casa Branca vai retirar perversamente as mínimas condições de saúde e previdência social de uma população já miseravelmente sacrificada com a recente crise econômica. Depois da queda, o coice.

Trata-se do maior plano de ajuste e corte de gastos estatais já realizado no planeta. Os EUA realizarão este ataque de forma retardatária em relação a Europa e América Latina que já puseram em ação seus cortes pós-crise. Mas vai reanimar os demais governos a promover novos ataques. Desde meados do século passado são os EUA que regulam a dinâmica da ofensiva capitalista global. No entanto, a nova ofensiva anti-operária não foi propriamente um raio no azul do céu. No início de 2011, o alarme foi soado pelo governador republicano de Wisconsin, Scott Walker, que tomou medidas contra os direitos salariais e sindicais do funcionalismo público.

A esquerda revisionista e pequeno burguesa, no máximo, citou que as medidas do governo americano recairão sobre os pobres. Todavia, o problema da miséria e da destruição das conquistas históricas agora ameaçadas é muito mais grave, profundo e de impacto mundial. Defender os setores mais frágeis e indefesos da classe trabalhadora faz parte da defesa do proletariado que deve ser preservado a todo custo da decadência e da ruína. Nós precisamos frear este ataque contra os pobres do mais rico país do mundo. Se for vitorioso, este recairá em efeito cascata sobre as massas oprimidas de todo o mundo imperializado.

Por sua vez, ao longo da história, a guerra tem sido a causa principal do aumento da dívida nacional. Uma das razões da enorme dívida do Estado imperialista nazi-ianque é o militarismo. Ao mesmo tempo, o militarismo é o dínamo da economia capitalista em sua etapa decadente.

Neste momento, os EUA vem fazendo um profundo incremento em sua política militar. Enquanto vergonhosamente suspende os gastos com as missões espaciais, a administração Obama vem fazendo caixa para desatar uma nova cruzada belicista no planeta.

* Segundo auditoria do Government Accountability Office do Federal Reserve, divulgada pelo senador Bernie Sanders, entre 1 de Dezembro de 2007 e 21 de Julho de 2010, o FED proporcionou empréstimos a bancos dos EUA e estrangeiros que totalizavam US$16,1 trilhões, uma soma maior do que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA. Vejam quem foram os beneficiados:

Citigroup: $ 2.5 trilhões ($ 2.500.000.000.000)
Morgan Stanley: $ 2.04 trilhões ($ 2.040.000.000.000)
Merrill Lynch: $ 1,949 trilhões ($ 1.949.000.000.000)
Bank of America: $ 1,344 trilhões ($ 1.344.000.000.000)
Barclays PLC (United Kingdom): $ 868 bilhões (868 bilhões U.S. dólares)
Bear Stearns: $ 853 bilhões ($ 853,000,000,000)
Goldman Sachs: $ 814 bilhões (814 bilhões U.S. dólares)
Royal Bank of Scotland (UK): $ 541 bilhões (541 bilhões U.S. dólares)
JP Morgan Chase: $ 391 bilhões (391 bilhões U.S. dólares)
Deutsche Bank (Germany): $ 354 bilhões (354 bilhões U.S. dólares)
UBS (Switzerland): $ 287 bilhões (287 bilhões U.S. dólares)
Credit Suisse (Switzerland): $ 262 bilhões ($ 262,000,000,000)
Lehman Brothers: $ 183 bilhões (183 bilhões U.S. dólares)
Bank of Scotland (UK): $ 181 bilhões (181 bilhões U.S. dólares)
BNP Paribas (France): $ 175 bilhões (175 bilhões U.S. dólares)
Wells Fargo & Co. $ 159 bilhões (159 bilhões U.S. dólares)
Dexia SA (Belgium) $ 159 bilhões (159 bilhões U.S. dólares)
Wachovia Corporation $ 142 bilhões (142 bilhões U.S. dólares)
Dresdner Bank AG (Germany) $ 135 bilhões (135 bilhões U.S. dólares)
Societe Generale SA (France) $ 124 bilhões (124 bilhões U.S. dólares)
All others: $ 2.6 trilhões ($ 2.639.000.000.000)
Total: $ 16.115 trilhões ($ 16.115.000.000.000)

Fim da parte 1/3