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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

TRANSPORTE

Derrotar Kassab, os empresários e a PM, unindo estudantes e trabalhadores! Passe Livre Já! Pela Estatização dos transportes coletivos sob controle dos trabalhadores!
Repressão policial à manifestação do dia 17/02 na Prefeitura de São Paulo
Em 2010, Kassab deu R$ 660 milhões aos donos das empresas de ônibus. Parte da verba foi desviada da construção de corredores de ônibus. Para 2011 já foram reservados mais R$ 743 milhões do Orçamento para novamente presentear os empresários do setor. Como se esta lambança não fosse suficiente e a passagem já não fosse tão cara para os estudantes e trabalhadores, o prefeito iniciou 2011 aumentando o valor da tarifa de 2,70 para 3,00 reais. Kassab está roubando dos pobres para dar aos ricos. É para isto que serve o Estado capitalista seja ele de uma cidade, de um estado ou de todo um país.

E, se por acaso, a juventude resolve protestar contra este roubo descarado, como ocorreu nos dias 13 de janeiro e 17 de fevereiro de 2011, nas ruas centrais da capital paulista, entra em cena outro departamento do Estado. A policia apresenta suas armas, utilizando os cassetetes, bombas de gás e de borracha para dissolver a manifestação. Bate, persegue e prende os manifestantes para amedrontá-los a fim de que não façam mais protestos. De forma cristalina a PM mostra para que serve: proteger os interesses da burguesia de seu Estado que amanhã aumentarão também as tarifas do trem e metrô.

Por isto, a luta para reverter este aumento e conter novos precisa avançar em direção a conquista do passe livre para todos. Para isto, é preciso impulsionar uma grande mobilização das vítimas deste assalto, os trabalhadores e estudantes para derrotar Kassab, os empresários, a PM, representados politicamente pelo DEM, PSDB, PV, PPS, que compõem a prefeitura e o governo do Estado.



Manifrestação contra o aumento das passagens na Avenida Paulista

Os partidos ligados ao governo federal (PT, PCdoB, PCR, Patria Livre, etc.) dizem fazer oposição à Kassab. Mas, apesar de dispor de um enorme aparato sindical, CUT, CTB, UNE, MST, UMES, DCEs e Grêmios dirigidos por esses partidos, comem na mão do governo Dilma, defensor dos capitalistas de todo o país e do imperialismo e, portanto, se opõem a lutar consequentemente contra o roubo de Kassab porque fazem o mesmo em nível federal.

Os partidos pequeno burgueses e entidades ditas de oposição, vinculadas ao PSOL, PSTU e cia. fingem lutar contra Kassab e o capitalismo, mas o fazem de forma inofensiva porque suas ideias estão domesticadas pelo regime “democrático” burguês. Defendem, somente com palavras, o passe livre, mas, mesmo sabendo que ele só pode ser assegurado com a expropriação das empresas de transporte coletivo privado, coisa que nenhum governo capitalista vai realizar, se opõem a organizar a luta pela estatização dos transportes coletivos sem indenização e sob o controle dos trabalhadores e pela tomada do poder pelos mesmos. Dirigem sindicatos como o dos metroviários paulistas, (PSTU, PSOL e o PPS burguês e governista e tucano), mas não colocam a máquina do mesmo a serviço da luta pelo passe livre no metrô, o controle deste importante meio de transporte por seus trabalhadores, nem tampouco mobilizam os metroviários para juntarem-se a nós. Acreditam que é preciso reformar a PM ao invés de lutar para dissolvê-la. Defendem a instalação de uma unidade pacificadora de polícia, as UPPs, em todas as favelas do país, como forma de "conter a violência urbana", ou seja, invocam a política truculenta e assassina  que nos espancou mais uma vez no dia 13/01 para combater a violência. Em uma palavra, são a esquerda legalista que jamais vai fazer sequer cócegas nos capitalistas e no seu Estado.

Diante destes tipos de partidos, com justa indignação muitos jovens aderem ao anarquismo de forma teórica ou prática, opondo-se por princípios aos partidos e a qualquer militância partidária, acreditando que o mundo pode ser transformado pela auto-organização dos indivíduos. Isto é um engano, porque sem uma organização formada por militantes regulares que combatam a ideologia burguesa, sem um partido que centralize e impulsione a luta direta das massas e tenha como fim a tomada do poder pelos trabalhadores e o controle da educação, transporte, saúde e de tudo mais pelos mesmos, nossa luta se dissipará e se desperdiçará. Os Kassabs que são muito mais organizados e disciplinados que nós continuarão levando a melhor, continuarão nos roubando. Não é por acaso que todas as muitas lutas pelo passe livre em várias cidades foram desviadas para a impotente pressão sobre as Câmaras dos Vereadores. É preciso construir um partido de novo tipo, revolucionário, dos trabalhadores e da juventude. É isto que deseja firmemente a Liga Comunista. Junte-se a nós!